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Contra a intolerância religiosa, evangélicos ajudam em reconstrução de terreiro de Candomblé

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Evangélicos ajudam na reconstrução de terreiro

Atualmente vivemos uma intensa onda de intolerância religiosa. Nesse momento, é preciso parar e refletir. Cada religião tem seus dogmas, crenças e particularidades e deve ser respeitada. O amor entre as pessoas deve prevalecer acima das diferenças. É isso que todas essas pessoas que pregam esse ódio devem entender. Muitas vezes, é um ódio também contra o desconhecido.

As pessoas estão morrendo em desavenças religiosas e lutas para impor sua crença, no Brasil e no mundo. E é nesse momento que a compaixão e solidariedade deve surgir e se disseminar.

Terreiro destruído:

O terreiro de Conceição d’Lissá, que recebe praticantes do Candomblé há mais de 17 anos, foi atingido por fogo em 2014. O ‘incidente’ foi mais um dos ataques que o local sofreu. Conceição acredita que eles têm cunho religioso, já que nada foi levado, coisas de valor que poderiam trazer dinheiro, como conta à BBC.

Evangélicos ajudam na reconstrução de terreiro

O problema fica ainda maior quando olhamos para um cenário mais amplo. O caso não é exclusivo somente a esse terreiro. Segundo dados da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, 71,5% dos casos de intolerância religiosa que ocorreram no Rio de Janeiro foram contra grupos de matriz africana. E os números se estendem para o resto do país. Esse preconceito contra as religiões africanas não é de hoje!

“É um fenômeno nacional, agora com essa face cruel, que já se expressou em 2008 e vem desde a década de 90, que são os traficantes instrumentalizados por grupos neopentecostais que atacam os templos religiosos nas periferias e favelas”, conta o babalaô Ivanir dos Santos. Ele é interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.

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Respeito e solidariedade:

O terreiro de Conceição recebeu uma ajuda inesperada, mas muito bem-vinda. O local está sendo reconstruído com a ajuda de evangélicos! A pastora Lusmarina Campos, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil organizou uma campanha para arrecadar fundos para a reconstrução do templo, no ano passado. Na época presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do estado (Conic-Rio e conseguiu levantar mais de R$ 12 mil para as obras.

Evangélicos ajudam na reconstrução de terreiro

A entrega do dinheiro aconteceu ainda no fim do ano passado, em um evento inter-religioso no terreiro de Conceição.

Em fevereiro, Lusmarina foi ao terreiro com três voluntários para ajudar na remoção dos entulhos, em especial do segundo andar do local, atingido pelo fogo. E ela dá uma explicação linda sobre o motivo do apoio: “Logo que a gente ouviu sobre a destruição do terreiro, eu pensei: ‘Se em nome de Cristo eles destroem, em nome de Cristo nós vamos reconstruir’. É extremamente importante dar um testemunho positivo da nossa fé, porque o Cristo que está sendo utilizado para destruir um terreiro está sendo completamente mal interpretado.”

Evangélicos ajudam na reconstrução de terreiro

‘Divisor de águas’

Segundo o babalaô Ivanir, o ato é um marco na luta contra a intolerância religiosa no Brasil. Apenas da atitude solidária, muitas pessoas que participaram do evento no ano passado ou que ajudaram na reconstrução enfrentaram duras críticas e ameaças, em especial de evangélicos. Até quem estava colaborando admitiu que já teve ideias preconceituosas sobre a religião:

“O candomblé sofre preconceito desde que era a religião professada pelos nossos antepassados, que vieram para o país escravizados”, comenta Conceição. “As pessoas hoje endemonizam o candomblé como se tivéssemos uma relação estreita com essa figura chamada diabo, sem saber que o diabo não faz parte do nosso panteão de divinizados. É uma visão eurocristã que não tem nada a ver conosco.”

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Frutos da iniciativa:

Após essa linda inciativa, a direção nacional do Conic criou o Fundo de Solidariedade para o Enfrentamento de Violências Religiosa. Eles já começaram a levantar fundos e a ideia é ajudar como reconstruções como essa.

“Essa repercussão já significou um racha na base de um grande bloco de igrejas que parecia mais ou menos uniforme”, diz Lusmarina. “Embora uma parte das igrejas e de pessoas dentro de igrejas não tenha apoiado a nossa ação, a grande maioria das pessoas apoiou e a grande maioria das igrejas prefere o respeito à violência, prefere o amor, a aproximação…que é de fato a mensagem central do evangelho. Esses são valores fundamentais dos quais não podemos abrir mão.”

Que mais pessoas tenham atitudes como essa e se preocupem mais em conhecer a outra religião do que a disseminar o ódio. Em tempos de intolerância, que prevaleça o respeito às adversidades!

Foto: Reprodução/ Ana Terra/ BBC Brasil

Fonte: BBC Brasil 

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O chef gaúcho que perdeu restaurantes nas enchentes cozinha para centenas de desabrigados.

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“Enquanto eu não conseguir fazer absolutamente nada com meus negócios, eu vou seguir cozinhando para essas pessoas”. Foi assim que Tiago Venturella Both respondeu quando a reportagem da BBC News Brasil perguntou sobre o seu futuro imediato na quarta-feira (15/05).

As inundações no Rio Grande do Sul causaram a morte de pelo menos 149 pessoas, segundo boletim da Defesa Civil estadual divulgado ontem, às 12h.

A estimativa é de que 806 pessoas ficaram feridas e outras 108 estejam desaparecidas. O Rio Grande do Sul tem 538 mil pessoas desalojadas e 76,5 mil em abrigos.

E em meio àquele que é considerado o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul, Both se encaixa, ao mesmo tempo, em duas categorias: ele é vítima e voluntário.

Desde que as águas do Rio Guaíba começaram a subir e venceram a resistência do sistema de proteção da capital gaúcha, há duas semanas, seus dois restaurantes foram invadidos pela enxurrada.

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Os dois ficam no Quarto Distrito, uma das regiões de Porto Alegre mais afetadas pelas enchentes.

“A subida lá foi lenta e gradativa. A gente ia recebendo fotos enviadas pelos vizinhos e eles iam dizendo: ‘Está subindo’,‘Aqui faltam uns dois centímetros’ ou ‘Começou a entrar água’. E aquilo vai te gerando uma ansiedade para saber se tu vai ter perda”, contou Both à BBC News Brasil.

Both trabalhou durante 13 anos como bancário até abandonar o setor financeiro e se dedicar à sua verdadeira vocação: a culinária. Em 2015, ele se formou em gastronomia.

No início de sua carreira, trabalhou em diversas posições em restaurantes gaúchos. Saiu de assistente de cozinha a dono dos seus próprios restaurantes em menos de 10 anos.

Prejuízo de R$ 100 mil

“A área (onde os restaurantes estão) ficou completamente inacessível e, até hoje, pra chegar lá só é possível de barco. A gente precisava ajudar de alguma maneira”, contou.

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Idoso de 102 anos que estava ilhado em casa é resgatado em Santa Tereza, no RS

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Em meio à devastação causada pelas enchentes em Santa Tereza, no interior do Rio Grande do Sul (RS), um idoso de 102 anos que estava preso em casa por dias foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros.

Teodorico Mezzomo ficou ilhado com uma parte da família na zona rural da cidade, uma área conhecida como Nova Esperança. As estradas que davam acesso ao local alagaram e se transformaram em rios de lama.

Felizmente, após várias tentativas, o resgate foi possível graças a uma pausa de dois dias de chuva. Teodorico agora está na casa de familiares em uma área considerada segura.

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Voluntários dão as mãos e fazem corrente humana para resgatar pessoas no RS

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Voluntários foram flagrados fazendo uma ‘corrente humana’ para salvar moradores ilhados em meio às enchentes no Rio Grande do Sul (RS).

As imagens foram capturadas no bairro Mathias Velha, em Canoas. Nas cenas, é possível ver moradores formando um “cordão humano” para puxar barcos e realizar os resgates.

À medida que eles vão salvando as vítimas, aplausos e gritos de felicidades são ouvidos. Em meio a tragédia que vive o estado, cenas como essas aquecem nossos corações e mostram que juntos somos mais fortes!

Imagens impactantes

As imagens viralizam no Instagram e mostram um exemplo de união para superar as adversidades.

Com as ruas do bairro completamente alagadas, os moradores encontraram um jeito super efetivo para ajudar a locomoção do barco com as vítimas resgatadas.

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Vários deles deram as mãos, formando uma longa corrente de pessoas. Depois, com a força da união, eles iam puxando os barcos por uma longa corda.

Assim, era possível se deslocar em meio às inundações e ajudar o máximo de vítimas possíveis.

Moradores comemoram

Vários moradores também estavam nos telhados e sacadas das casas e a cada barco que era puxado pela corrente, ouvia-se uma chuva de comemorações.

Os voluntários se abraçavam e era possível ouvir vários aplausos e gritos de comemoração.

Cidade atingida

A cidade de Canoas está entre as 334 afetadas pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.

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Dados atualizados da Defesa Civil confirmam a morte de ao menos 75 pessoas no Estado.

Há ainda mais de 80 mil desalojados e 103 desaparecidos.

Apesar do desastre, uma onda de solidariedade tomou a internet para ajudar o povo gaúcho.

Saiba que você também pode fazer a diferença!

Como ajudar?

Nós do Só Notícia Boa e do Sò Vaquinha Boa também entramos nessa rede de apoio e união.

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Junto com o servidor público Kaká D’Ávila, que faz um trabalho maravilhoso com a população gaúcha, você pode ajudar a levar milhares de cestas básicas para as famílias atingidas.

Já entregamos mais de 5 toneladas de alimentos e roupas e queremos levar muito mais!

Você pode ajudar no Pix: ajudars@sovaquinhaboa.com.br ou pelo site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

Juntos podemos fazer muita coisa!

Veja a cena de compaixão que viralizou na internet:

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