Todos nós sabemos como é o primeiro dia de aula, não é mesmo? Aquele dia coberto de tensão, com muitas apresentações e novidades, mas que no final acaba bem. Porém, não foi bem assim que aconteceu com uma menininha do interior de São Paulo.
A pequena Emanuelle Calheiros, de apenas 4 meses foi levada a creche Escola Casinha do Saber pela primeira vez em sua vida e em algumas horas, veria seus pais novamente. Depois de algum tempo, a criança passou mal e acabou falecendo por broncoaspiração maciça por alimento na creche, na declaração de óbito emitida pelo Instituto Médico Legal.
A morte se tornou ainda mais revoltante para a família quando a escolinha divulgou uma nota dizendo de quem era a culpa: “A primeira pergunta que se faz: por que Deus? Por que com esse anjinho? Por que com a nossa escola? Por que com nossa equipe? Certamente, pela vontade de DEUS!”

A nota ainda terminou com uma despedida: “Não havendo palavras que possam confortar a dor imensurável, com a qual compartilhamos, senão pela fé em Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, quem certamente confortará a todos e dará o merecido descanso à sua alma e ao seu espírito ao lado do Pai Eterno”.
O G1 apurou que o Ministério Público fez um ofício à prefeitura pedindo para que analisem se a escola está funcionando de forma irregular.
A creche, por sua vez, se defende e conta que um fiscal apareceu no dia seguinte a morte e constatou que a escola pode funcionar.

Apesar disso, o tio da menina está inconformado, pois alega que a mãe de Emanuelle deu à escolha um travesseiro adequado para que ela não tivesse problemas. “A menina não tinha problemas de saúde. Eu sou da [área de] saúde e comprei pra ela o travesseiro antirrefluxo. A mãe levou e entregou na mão deles e não colocaram. O dono da escola não soube dizer por quê”, disse Devair.
Qual a sua opinião? A escola deve ser responsabilizada ou foi apenas uma fatalidade?
Fotos: Devair Maciel / Arquivo pessoal












