O que você faria em uma situação como essa? Desespero total foi o que veio na cabeça desta mãe que foi buscar sua filha de 4 meses, Emanuelle Calheiros Maciel, na creche, mas quando chegou, receberia a pior notícia.
A mãe teria deixado a menina às 13h na Escola do Saber, para seu primeiro dia e deveria retornar as 15h e, as 14h até recebeu uma mensagem da creche: “Tia está fazendo ela dormir. Está bem, mamãe”, dizia junto a uma foto onde uma das funcionárias a segurava no colo.
Porém, quando a mãe chegou, a bebê estava completamente roxa. “Disseram pra ela: ‘Mãe, ela está dormindo num sono muito profundo. É assim mesmo?’ A mãe correu pra ver e a criança estava roxa. O corpo estava quente ainda. Ficaram mais ou menos 10 minutos depois disso e não conseguiriam fazer nada. Ficaram perdidos balançando a criança”, conta o tio, Devair Maciel, técnico de enfermagem.

Aparentemente, eles não conseguiram chamar uma ambulância e a mãe e uma das funcionárias foram até o hospital a pé, a duas quadras dali. “Chegou no hospital, os médicos tentaram de tudo, mas já estava em óbito. […] A escola não fez nada, não ajudou em nada, não se colocou à disposição pra nada. Só pediram pra gente: ‘me preocupo em sujar o nome da escola'”, revelou o tio.
Ainda, segundo ele, tudo o que a creche havia dito foi que a menina não tinha mamado a mamadeira. Além do que, Emanuelle deveria usar um travesseiro antirrefluxo, o qual não estava no berço quando a mãe chegou.
Segundo o IML de Campinas, a bebê foi vítima de sufocamento por alimento maciço, mais especificamente,”broncoaspiração maciça por alimento na creche”. “O termo ‘maciça’ indica que o volume do alimento foi muito grande. Houve uma sufocação total”, disse Edvaldo Messias Barros, diretor do Instituto de Criminalística. A família, é claro, não deixou de registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil como ”morte suspeita”.


O que se sabe, por hora, é que a escola não possui alvará de funcionamento e um fiscal já foi até lá para que eles deem entrada para regularizar a situação. Serão dados até três dias úteis para protocolar toda a documentação. Se isso não ocorrer, a Casinha do Saber poderá ser multada e intimada a encerrar as atividades. A advogada da escola, Juliana Beatriz de Souza Pereira deve esperar o laudo para se posicionar diante da situação.
A Casa de Saúde de Campinas não deixou de publicar uma nota a respeito: “Esclarecemos que foram adotados todos os procedimentos e protocolos médicos e de enfermagem indicados para a gravidade do quadro que se apresentava, inclusive por meio de tentativas de reanimação, sem sucesso.”
O que você achou? Foi negligência?
Fotos: Reprodução/Felipe Boldrini / EPTV, Devair Maciel / Arquivo pessoal.












