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Uso excessivo de telas pode afetar a saúde mental dos idosos: entenda os riscos e como evitar

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Excesso de telas na terceira idade: um alerta para a saúde mental

Com a digitalização da vida cotidiana, o uso de dispositivos eletrônicos deixou de ser exclusividade dos mais jovens. Cada vez mais, pessoas com mais de 60 anos adotam smartphones, tablets e televisores conectados como parte da rotina. No entanto, o uso desmedido desses aparelhos pode trazer consequências negativas à saúde mental dos idosos, como ansiedade, solidão e perda de memória.

Estudos recentes apontam que o tempo de exposição às telas está diretamente relacionado ao surgimento de sintomas psicológicos e até mesmo a alterações cognitivas em indivíduos da terceira idade. Embora a tecnologia seja um canal valioso de interação e informação, seu uso precisa ser moderado e consciente.

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Por que os idosos estão usando mais telas?

A tecnologia como ponte social

Durante a pandemia de Covid-19, o isolamento físico levou muitos idosos a depender da tecnologia para se manterem próximos da família. Chamadas de vídeo, redes sociais e aplicativos de mensagens se tornaram essenciais.

Facilidade de acesso à informação e serviços

Além da comunicação, muitos serviços públicos e bancários migraram para o ambiente digital, forçando a adaptação dos idosos ao uso de aplicativos e sites para resolver questões do dia a dia.

Influência da rotina dos familiares

Com os familiares sempre conectados, muitos idosos também adotaram o uso frequente de dispositivos eletrônicos para se sentirem inseridos.

Principais efeitos do uso excessivo de telas na saúde mental

Ansiedade e irritabilidade

A dependência de estar sempre conectado pode gerar ansiedade quando o idoso está sem acesso ao celular. Isso pode evoluir para irritabilidade e nervosismo diante da ausência de notificações ou interações virtuais.

Queda na concentração e na memória

A sobrecarga de estímulos digitais, como mensagens, vídeos e notificações constantes, pode afetar a capacidade de foco e memorização, contribuindo para o declínio cognitivo natural da idade.

Isolamento disfarçado

Embora o uso de redes sociais pareça promover a interação, ele pode mascarar um isolamento real. Muitos idosos deixam de buscar encontros presenciais e passam a viver apenas no universo digital.

Transtornos do sono

A exposição contínua à luz azul das telas, especialmente à noite, prejudica a produção de melatonina, o hormônio do sono. Como resultado, o idoso pode ter dificuldade para adormecer e apresentar noites mal dormidas.

Desinteresse por outras atividades

O hábito de passar horas diante de dispositivos pode levar à redução de atividades como leitura, caminhadas, jogos de tabuleiro e encontros sociais, que são fundamentais para a saúde física e mental.

O que é a nomofobia e como ela afeta os idosos?

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Imagem – Bestofweb/Freepik

A nomofobia — medo irracional de ficar sem acesso ao celular — tem sido observada com frequência entre os mais velhos. Embora mais comum entre os jovens, esse comportamento também vem ganhando espaço na terceira idade, especialmente entre aqueles que passaram a usar smartphones recentemente e dependem deles para quase todas as tarefas.

Essa fobia se manifesta por meio de sintomas como angústia quando o celular fica sem bateria, pânico ao esquecer o aparelho em casa ou a necessidade constante de verificar mensagens.

Sinais de alerta para a dependência digital em idosos

Alguns comportamentos podem indicar que o uso de telas está se tornando um problema:

  • Uso prolongado de celular ou tablet, mesmo sem necessidade prática
  • Dificuldade em interromper o uso, mesmo em momentos de convívio familiar
  • Irritabilidade quando está sem conexão ou sinal
  • Troca de atividades prazerosas por tempo em frente a telas
  • Sensação de vazio quando não está interagindo online

Como promover um uso saudável de telas na terceira idade?

Estabeleça horários para o uso de dispositivos

Definir horários específicos para usar o celular ou o computador ajuda a criar limites saudáveis e evita o uso indiscriminado ao longo do dia.

Incentive atividades presenciais

Conversas em família, caminhadas, artesanato e jogos em grupo são alternativas importantes para manter o idoso ativo e socialmente engajado, reduzindo a dependência digital.

Estimule pausas regulares

A cada hora de uso de telas, é recomendado fazer pausas de pelo menos 10 minutos para descansar os olhos, movimentar o corpo e se desconectar mentalmente.

Oriente sobre segurança digital

Ensinar os idosos a evitar golpes, reconhecer fake news e utilizar senhas fortes é essencial para que se sintam seguros e confiantes ao navegar pela internet.

Invista em educação digital

Oferecer oficinas, cursos rápidos ou mesmo orientação familiar sobre o bom uso das tecnologias é uma forma de incluir e proteger a população idosa na era digital.

Considerações finais

O uso da tecnologia por pessoas idosas representa um avanço positivo em termos de inclusão digital e autonomia. No entanto, o tempo excessivo em frente às telas deve ser acompanhado com atenção, pois pode comprometer a saúde emocional, a vida social e o bem-estar físico de quem está na terceira idade.

Com orientação, equilíbrio e apoio familiar, é possível garantir que o contato com o mundo digital seja benéfico e não se transforme em um risco. O cuidado com a saúde mental dos idosos também passa pela forma como eles interagem com a tecnologia.

Uso excessivo de telas pode afetar a saúde mental dos idosos: entenda os riscos e como evitar
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