Será que seu cãozinho ama mais você ou um pedaço de salsicha? Pode parecer uma pergunta com uma resposta óbvia, mas não é bem assim. Os pesquisadores decidiram se unir para entender melhor como isso funciona.
Tudo foi feito a partir de testes. Desde os análogos aos de neurociência que já foram realizados em pessoas. Um deles envolvia exatamente esse processo: oferecer uma salsicha ou simplesmente dizer elogios para algum cachorro. O mais interessante de tudo é que eles descobriram que o centro de recompensa de seus cérebros respondeu aos elogios e a à comida da mesma forma.
Sem falar que 20% deles se atraíram mais com a atenção dos donos do que o alimento. E isso não é tudo. Quando mostraram rostos humanos e objetos para eles, perceberam que eles dedicavam parte de seus cérebros para processar os rostos. Ou seja, os cães estão programados para reconhecê-los. O que isso indica? Basicamente que eles nasceram com isso e não adquiriram conforme a convivência.
O bom nisso tudo é que isso pode, talvez, no futuro, ajudar cães em abrigos a lidar melhor com a agressividade. Assim, talvez analisando seus cérebros, eles consigam achar uma alternativa à eutanásia. Não seria maravilhoso?!
”A principal coisa que esses estudos me trouxeram, pessoalmente, foram sérios questionamentos sobre como tratamos os animais. Pense em como criamos animais em grandes centros industrializados, onde eles ficam confinados por boa parte de suas vidas e depois são abatidos, muitas vezes de forma cruel. Se os animais têm ciência de seu sofrimento—e eu acredito que eles tenham—nós deveríamos repensar a forma como os tratamos”, revela o Dr. Gregory Berns, neurocientista da Universidade de Emory, em Atlanta.
O que você achou dessa descoberta?
Fotos: Dustin Chambers/NYT.