A gravidez é um momento esperado por muitas mulheres. Mas você já ouviu falar sobre a gravidez psicológica? Esse problema emocional, também chamado de pseudociese, pode ocorrer principalmente com quem quer muito engravidar ou possui muito receio disso acontecer, podendo acontecer inclusive com animais domésticos, como cadelas castradas.
A mulher apresenta todos os sintomas de uma gestação normal: enjoos, sonolência, produção de leite materno, desejos e é possível observar o crescimento da barriga. Mas a diferença é que não há nenhum feto, pois esses sintomas são estimulados por estímulos psicológicos. Para descobrir se a mulher está ou não esperando um bebê, o procedimento é o mesmo, através de ultrassom, exames de sangue ou teste de farmácia. Só que nem sempre esses resultados são suficientes para convencê-la de que não há gravidez – em alguns casos é necessário um acompanhamento psicológico.
A história de Paul Servat, de 35 anos e Barbara Bienvenue, de 37 ilustra exatamente isso e os danos que o problema emocional podem causar não só na mulher, mas em seus relacionamentos intrapessoais e familiares. O casal se conheceu no verão passado pela internet e em setembro, dois meses depois de se encontrarem pela primeira vez, Barbara contou ao seu companheiro que estava esperando um filho. Paul não podia estar mais radiante com a notícia.
Em poucas semanas, Barbara contou a ele que se consultou com o médico especialista em quatro ocasiões diferentes e que ele diagnosticara que ela esperava mais filhos. O total de 5! Claro que saber que teria quíntuplos foi um baque, mas logo Paul e seus amigos e familiares começaram a se mobilizar, comprando e doando coisas para os novos bebês que estavam por vir. Todos estavam ansiosos e empolgados.
Ao chegar na 34ª semana de gravidez, o casal foi ao hospital Sainte Justine de Montreal, no Canadá, para o parto. Mas algo inesperado aconteceu: após realizar inúmeros exames, os médicos do local afirmaram que Barbara nunca esteve grávida e também nunca tinha comparecido para realizar qualquer acompanhamento, como dissera ao seu companheiro.
Paul terminou o relacionamento logo em seguida, por considerar a mentira devastadora: “Ela me deixou escolher os nomes”, conta Paul. “Meus pais tinham muita vontade de ter netos. Eu perdi toda minha vida.”
Segundo ele, os seus familiares tinham estranhado alguns aspectos da gravidez, como a barriga inchada, mas não o suficiente para quem esperava quíntuplos. Paul disse que devolverá todas as coisas que recebeu para os bebês que nunca chegaram a existir e que é uma boa pessoa e não quer se relacionar com esse tipo de situação.
Já Barbara está fazendo um acompanhamento psicológico por conta da pseudociese. Seu irmão contou que ela já passou por algo conhecido anos atrás.
Que história em! Você conhece alguém que já passou por algo parecido? Foto: Reprodução/Internet/Facebook