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Modelos acusam sócios da Playboy de assédio sexual. É preciso ter estômago para ouvir o que eles ofereceram a elas

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Mulher tem o direito de ir e vir fazendo o que quiser. Mulher deve ser respeitada independente da roupa que estiver usando, seja um vestido de mangas e comprimento longo até um espartilho. A mulher tem o direito de dizer “não”. Aliás, ela deve dizer “não” no momento que bem entender.

Mas parece que, em alguns lugares, as pessoas custam a entender isso, até mesmo nas empresas de grande nome, como é o caso de uma revista, por exemplo.

Acontece que algumas modelos acusaram dois sócios, André Luís Sanseverino e Marcos Aurélio de Abreu Rodrigues e Silva, da PBB Entertainment, detentora dos direitos de publicação no Brasil da revista Playboy, de assédio.

Elas foram contratadas em 2016 para trabalhar na recepção de um evento vestidas como as personagens clássicas da revista: as “coelhinhas”. O que não imaginavam era a tamanho falta de respeito que teriam de passar com pessoas, até então, influentes.

Um dos sócios, Sanseverino, prometia às mulheres, por meio do aplicativo WhatsApp, fama e sucesso, chegando a dizer que garantia que elas apareceriam em novelas como atrizes, mas, em troca, desejava fotografia das candidatas nuas e favores em sexo. Já Rodrigues, teria assediado as modelos durante a festa.

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Em reportagem do último domingo, 23, no programa Fantástico, da TV Globo, Rodrigues desmentiu completamente os fatos alegando que no evento daquela noite estava ao lado de sua esposa, dizendo então que era impossível ele ter conversado com elas de alguma forma.

Sanseverino, por outro lado, afirmou que as conversas não passavam de uma tática dele para saber se realmente valia a pena contratar uma mulher para sua revista. Se caso ela aceitasse as propostas, como o sexo e as fotos nuas, estaria imediatamente descartada de uma possível seleção, pois não se comportou adequadamente.

Mas o que ele não soube explicar foi o fato de que, assim que cada uma das mulheres respondiam “não” àquilo que ele havia pedido, o empresário afirmava prontamente que não precisava mais dos serviços delas.

Em nota, a revista “Playboy” declarou que “repudia toda forma de desrespeito contra a mulher” e a empresa PBB informou que decidiu pelo afastamento de André Sanseverino, por prazo indeterminado, de qualquer atividade relacionada à revista, até que possam apurar os fatos.

Uma mulher tem seu lugar no mundo e sua marca, mas infelizmente, passa por uma triste realidade. Qualquer ramo de qualquer carreira que ela seguir, haverá algum homem achando que poderá se aproveitar pelo fato dela ser um “sexo frágil”. Mas venhamos e convenhamos, de frágil uma mulher não tem nada.

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Pelo simples fato de ter que passar por essas coisas todos os dias já a deixa muito mais acima do que qualquer simples perspectiva. A mulher é muito e pode muito mais e, seguir em frente sem esses tipos de homens no caminho é o melhor a se fazer.

Se uma pode dizer “não”, qualquer outra também pode. Todas podem! Todas devem! Nunca se intimidar pelo cargo ou influência dele. Seus sonhos não dependem de qualquer um, e sim, apenas de você.

Fotos: Reprodução

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