Mãe é vista aplicando insulina no filho, mas descobrem que ela não estava tentando salvá-lo

Os bebês, ainda muito pequenos, são indefesos e precisam dos pais para tudo – comer, se locomover, tomar banho, dentre outras coisas. Eles precisam de amor, carinho e atenção, mas as vezes não é isso o que encontramos.

Um caso que chamou a atenção recentemente foi: a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou um casal por tentativa de homicídio contra o próprio filho de 2 meses, ao injetar insulina nele. De acordo com o que foi apurado, os pais da criança planejavam forjar um quadro de hiperinsulinismo congênito – distúrbio que causa defeitos em genes importantes responsáveis por regular a secreção de insulina em células pancreáticas, fazendo com que o pâncreas produza hormônio em grande quantidade.

Com a doença, eles planejavam causar comoção nas pessoas e arrecadar dinheiro para o suposto “tratamento”. Eles negam que tenham tentado matar a criança, mas dois irmãos dele morreram com o mesmo quadro no ano passado, quando o casal pediu ajuda financeira nas redes sociais – o caso agora corre em segredo de justiça e foi denunciado ao Ministério Público.

Levantaram suspeitas:

Em junho, a criança foi internada no Hospital Universitário de Brasília (HUB) após ter convulsões e seu caso passou a ser investigado pela equipe da delegada Ana Cristina Melo Santiago após os pais dele relatarem que dois filhos morreram e outro também teve a mesma doença. Depois dos exames terem se mostrado inconclusivos, os profissionais concluíram que o quadro era proposital e o menino foi levado para a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) e a família tinha acesso limitado ao menino.Lá, ele apresentou um novo quadro de hiperinsulinismo e a mãe acionou uma equipe de enfermagem para atendê-lo. O hospital analisou as gravações das câmeras de segurança, que mostraram o que a mãe do menino fazia com ele: “em movimento que sugere a administração exógena de substância que se acredita tratar de insulina de ação rápida, o que justifica a alteração do quadro de hipoglicemia exposto”, diz a investigação do caso.

Nesse momento, a ação foi denunciada à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ao passo de que uma seringa foi encontrada com a mãe, que alegou depois ter de fato injetado insulina no filho por ele estar “com a glicêmia muito alta”. Os investigadores acreditam que o marido da mulher, que trabalha em uma farmácia, pode ter conseguido o produto.

Desdobramentos do caso:

Os pais não puderam ter mais contato com a criança e ele e seus outros três filhos foram levados para um abrigo, onde estão há dois meses. O menino está melhorando e já apresenta um quadro mais estável.

Com a apuração feita pela delegada encarregada do caso Ana Cristina Melo, ela está certa de que os pais estão sim relacionados com a doença do filho e podem ter também matado seus outros dois filhos, que faleceram pelo mesmo motivo.

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