Ser mãe não é uma tarefa fácil e mesmo que algumas possam se dedicar aos cuidados dos filhos e da casa, é sempre exaustivo. E nem sempre o pai e companheiro está envolvido e engajado em ajudar. E essas mulheres precisam de ajuda sim, afinal, lidar com tudo isso sozinha, mesmo que seja a realidade de muitas, é duro.
Tudo isso motivou um desabafo dessa mãe: Celeste Erlach, de 38 anos. Ela tem duas crianças pequenas e resolveu escrever uma carta aberta ao marido, expressando suas dificuldades e como estava se sentindo. A mãe começa contando um episódio do dia anterior, quando o companheiro se levantou durante à noite para cuidar do bebê que estava chorando, enquanto ela tentava dormir mais um pouco.
Desabafo:
Em poucos minutos, sem sucesso em fazer o filho parar de chorar, ele o levou para o berço ao lado de Celeste, indicando que era a vez dela de tentar.

“Eu queria gritar com você. Queria começar uma briga épica naquele momento. Eu fiquei com o bebê e nosso filho o dia todo. Eu levantaria para amamentar o bebê a noite toda. O mínimo que você podia ter feito era ficar com ele por duas horas naquela noite para que eu descansasse um pouco.”, desabafa no relato. Ela continua, lembrando sobre os padrões sociais em que a mulher costuma trocar fraldas, alimentar e cuidar da criança enquanto o pai ajuda na educação e em outras “áreas”, apenas.
“Nos vejo caindo nessa mesma dinâmica a cada dia. Minha responsabilidade de alimentar a família, manter a casa limpa, cuidar das crianças é esperada, mesmo quando chego do trabalho.”, conta. Celeste fala sobre como gostaria de dar conta de absolutamente tudo, assim como suas amigas aparentam conseguir.

Pede ajuda:
E, muito magoada, confessa que precisa da ajuda do marido nas tarefas diárias e nos cuidados com as crianças, mesmo deixando claro que ele é um bom pai. Ela também pede por mais reconhecimento pelas coisas que faz:
“Por fim, preciso ouvir que você é grato por tudo que eu faço. Quero saber que você nota a roupa limpa e o jantar pronto. Quero saber que você aprecia que eu amamente em demanda livre e use a bombinha quando estou no trabalho, quando seria mais fácil eu dar leite em pó ao bebê. Espero que note que nunca te peço para ficar em casa quando você tem algum evento ou vai a algum jogo.”, pede.

“Queria, também, não precisar de elogios por fazer coisas que a maioria das pessoas esperam das mães. Mas levantei a bandeira branca e admiti que sou apenas humana. Estou lhe dizendo o quanto preciso de você e que, se eu continuar no ritmo que estou, vou surtar. Isso machucaria você, as crianças e a nossa família. Porque, sejamos sincero: você precisa de mim também.”, finaliza.

Muitas mães se identificaram com o relato e aproveitaram para admitir que também precisam de ajuda. Outros pais, por sua vez, contaram o que fazem pelas esposas e filhos. O importante é que Celeste falou sobre o que estava sentindo e sobre os padrões de “perfeição” na maternidade.
Foto: Reprodução/ Facebook
Fonte: Awebic