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Mãe adota menina e sonha em amamentá-la. Dias depois, veja o que a bebê faz ao se sentar em seu colo

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Quem diria, não é mesmo?! Quem poderia imaginar que uma mulher, sem filhos, seria capaz de amamentar?

Bem, esta é a história da jornalista Ana Regina Fritsch que optou pela adoção após várias e várias tentativas falhas para engravidar. “O processo é complicado, parece que eles querem que você desista. Tem que estar 150% certa de que se quer adotar”, disse ela.

Mas após três anos de espera, Ana conseguiu realizar seu sonho. Ela recebeu uma ligação da Vara da Infância e Juventude para falar o dia que a sua menininha nasceria. Alice veio ao mundo no dia 13 de janeiro, emocionando sua nova mamãe seis horas depois quando conseguiu ficar em seu colo.

Durante o tempo que esperava por seu nascimento, contudo, Ana não ficou parada e começou a pesquisar mais sobre a ”amamentação adotiva”, revelada por sua irmã Sabrina, fisioterapeuta e doula. Segundo ela, a ”amamentação é um processo cerebral.”

“Nunca imaginei que conseguiria ter um bebê recém-nascido em meus braços, muito menos poder amamentar!”, revelou a jornalista. Após muito estudo e consultas médicas, Ana descobriu que sim, seria possível amamentar sem ter dado à luz.

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Segundo a pediatra neonatal Simone Reichert, que esteve ao lado da mãe durante todo o tempo, a lactação ocorre por meio de hormônios e por movimentos de sucção nos mamilos que indicam para o corpo que é hora de produzir leite materno. Não é à toa que uma preparação psicológica e um grande desejo por amamentar sejam essenciais para isso ocorrer. Além disso, Ana contou com a ajuda de uma substância, a lactogogos que aumentam a produção de hormônios que ajudam na lactação.

“Foi muito natural, não teve cobrança, eu não esperava isso de mim”, revelou. Para ela, as principais questões que evitam que uma mulher consiga amamentar é o cansaço, estresse, ansiedade e autocobranças. “É a maior experiência que eu poderia ter como mãe. A Alice precisa de mim, e enquanto estou com ela, sou só dela. A mamadeira qualquer um dá, o peito não”, disse.

Mas vem cá, você sabia de tudo isso? Que é possível amamentar sem ter gerado um bebê? Pois é. E tudo por meio de uma lactação induzida para mulheres com dificuldades ou mesmo que não produzem leite.

Segundo Juliana Oliveira, enfermeira do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, ”A mulher deve ainda hidratar-se muito bem (recomenda-se ao menos 3 litros de água ao dia), alimentar-se bem (não existem alimentos específicos para o aumento da produção de leite, mas a alimentação saudável e frequente – de 3 em 3 horas – é importante) e procurar ter momentos de descanso.

O bem estar materno é um fator de grande influência para a manutenção da amamentação, enquanto o estresse e o cansaço dificultam a produção de leite.”

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Além disso, uma forma de estimular a lactação é por meio da sucção do bebê. Ou seja, no caso de mães adotivas, pode-se utilizar o método de relactação, estimulando o bebê a realizar sucções na mama da mulher. No começo, usa-se muito um leite artificial para a técnica de modo que a criança sinta o alimento e continue com a sucção. Logo, será mais fácil quando a mãe de fato começar a produzir seu próprio leite.

Para quem não sabe, a relactação consiste em ”fixar com uma fita adesiva (micropore) uma das extremidades de uma sonda na região areolar da mãe e mergulhar a outra extremidade da sonda em um recipiente contendo leite. Posicionar o bebê na mama, de forma que ele abocanhe a região areolar e a sonda.

A sonda funcionará como um “canudinho”, conforme o bebê sugar a mama, ele puxará o leite que está no recipiente. Recebendo leite, o bebê permanecerá sugando e a sucção estimulará a produção de leite pela mãe. Conforme a produção de leite aumentar, o bebê conseguirá extrair o leite da própria mama e não precisará mais da sonda para manter a sucção”, revela a profissional.

Outras formas de estimular a lactação é por meio de bombas extratoras de leite, apesar de que elas não devem substituir a sucção do bebê.

”O contato físico do bebê com a mãe estimula uma maior liberação hormonal, além de que o movimento feito pelo bebê é mais complexo e muito diferente do movimento feito pela bomba. Pode-se associar os dois estímulos, posicionar o bebê no seio e após a mamada utilizar a bomba para continuar estimulando e promover maior esvaziamento da mama”, diz a enfermeira.

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E sim, se você achava que o seu emocional era o principal fator que te impedia de produzir leite, você acertou. É tanta cobrança, insegurança e ansiedade que muitas passam por esse perrengue. Por isso, lembre-se de sempre descansar bastante, se cuidar e tratar isso como uma função natural do corpo.

Quer ler o resto da entrevista? Veja aqui.

Fotos: Arquivo Pessoal//”Não passei pela gestação, mas consigo amamentar minha filha adotiva”/CLAUDIA, Arquivo Pessoal/CLAUDIA), Reprodução.

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