Apresentadora expõe problema que atinge milhares de mulheres após os 40
Durante uma recente entrevista, a apresentadora Eliana, conhecida por sua longa carreira na televisão brasileira, compartilhou com o público um problema de saúde que a afetou profundamente nos últimos tempos. Ela foi diagnosticada com síndrome do ombro congelado, condição médica que compromete severamente a mobilidade da articulação e pode surgir com mais frequência em mulheres durante a menopausa.
A declaração trouxe visibilidade a uma enfermidade ainda pouco falada, mas que é bastante recorrente em determinadas faixas etárias, principalmente entre os 40 e 60 anos, quando as alterações hormonais intensificam processos inflamatórios no corpo.
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O que é a síndrome do ombro congelado?
Características da condição
Popularmente chamada de ombro congelado, a condição é conhecida na medicina como capsulite adesiva. Trata-se de uma inflamação que endurece e engrossa a cápsula que envolve a articulação do ombro, provocando dores progressivas e limitação extrema de movimentos.
Como a síndrome evolui
A evolução da doença é dividida em três etapas:
- Fase inflamatória: dores constantes, especialmente à noite, e início da perda de amplitude de movimentos.
- Fase de rigidez: o ombro literalmente “congela”, e o paciente não consegue realizar movimentos simples.
- Fase de recuperação: aos poucos, a articulação volta a funcionar, mas esse processo pode durar até dois anos.
Como a menopausa interfere no surgimento da síndrome?
Hormônios e articulações
Durante a menopausa, ocorre uma queda acentuada na produção de estrogênio — hormônio que ajuda a preservar o equilíbrio inflamatório no organismo. A ausência dessa proteção pode favorecer o surgimento de inflamações nas articulações, como no caso do ombro.
População mais afetada
A condição atinge principalmente:
- Mulheres acima dos 45 anos;
- Pessoas com alterações hormonais;
- Indivíduos com histórico de diabetes ou problemas na tireoide;
- Pessoas que passaram por longos períodos de imobilização do braço.
O relato de Eliana e o impacto do diagnóstico
Quando os sintomas começaram
Segundo a própria apresentadora, os primeiros sinais surgiram como uma dor persistente no ombro direito, que se agravava durante a noite. A dor se intensificou ao ponto de afetar sua rotina e limitar completamente os movimentos do braço.
Dificuldades para obter diagnóstico
Eliana revelou que, mesmo com acompanhamento médico, o diagnóstico correto demorou a ser feito. Inicialmente, os sintomas foram confundidos com tendinites ou problemas musculares comuns. Apenas após exames específicos, como ressonância magnética, o quadro foi corretamente identificado como capsulite adesiva.
Sintomas mais comuns da síndrome

Como reconhecer a doença
A capsulite adesiva costuma se manifestar de maneira insidiosa. Entre os principais sintomas relatados estão:
- Dor contínua no ombro, que piora ao movimentar o braço;
- Dificuldade crescente para realizar tarefas básicas, como vestir roupas ou pentear o cabelo;
- Rigidez que impede o levantamento do braço acima da cabeça;
- Sensação de travamento articular mesmo sem lesão evidente.
Diagnóstico da capsulite adesiva
Avaliação médica e exames
O diagnóstico é, em muitos casos, clínico, ou seja, feito com base nos sintomas relatados e na análise física realizada pelo ortopedista. A confirmação pode exigir exames de imagem como:
- Ultrassonografia: útil para excluir outras causas;
- Ressonância magnética: permite visualizar alterações na cápsula articular;
- Radiografia: ajuda a descartar fraturas ou artroses.
Tratamento e possibilidades de recuperação
Abordagem conservadora é a mais comum
Grande parte dos pacientes é tratada sem a necessidade de cirurgia. Os principais métodos incluem:
- Fisioterapia especializada: essencial para manter e recuperar a mobilidade do ombro;
- Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos: para controle da dor;
- Infiltrações com corticoide: em casos de dor severa;
- Aplicação de calor local: ajuda a relaxar os músculos e reduzir a rigidez.
Procedimentos invasivos são raros, mas eficazes
Nos casos em que a recuperação não avança com métodos tradicionais, o médico pode optar por:
- Manipulação sob anestesia: em que o ombro é mobilizado com o paciente anestesiado;
- Cirurgia artroscópica: para liberar as aderências da cápsula.
Essas opções são indicadas apenas quando o tratamento conservador falha após meses de acompanhamento.
A importância da fisioterapia no tratamento
Técnicas de reabilitação
A fisioterapia é parte fundamental da recuperação. O objetivo é restaurar gradualmente o movimento e reduzir a dor. Entre os exercícios usados estão:
- Alongamentos passivos e ativos;
- Movimentos pendulares com o braço;
- Exercícios com bastões e elásticos;
- Estímulos com eletroterapia para analgesia.
Frequência e paciência são cruciais
A reabilitação exige disciplina. O tratamento é diário ou semanal, e pode levar meses até o paciente recuperar completamente a função do ombro. Interromper as sessões precocemente pode comprometer o resultado.
Como prevenir o ombro congelado?
Estratégias para reduzir os riscos
Embora não seja possível prevenir todos os casos, algumas medidas podem diminuir as chances de desenvolver a síndrome:
- Manter-se ativo fisicamente, mesmo durante a menopausa;
- Evitar longos períodos com o ombro imobilizado;
- Tratar doenças como diabetes ou hipotireoidismo adequadamente;
- Buscar orientação médica diante de dores persistentes.
Saúde feminina: o silêncio sobre dores reais
Invisibilidade de condições comuns entre mulheres
O caso de Eliana traz à tona um problema frequente: muitas mulheres convivem com dores articulares sem procurar ajuda médica por considerarem o sintoma “normal” da idade. A falta de informação contribui para o atraso no diagnóstico.
Papel das figuras públicas na conscientização
Ao expor sua condição, Eliana deu visibilidade a um tema pouco discutido na mídia. Sua atitude incentiva outras mulheres a reconhecerem sinais de alerta e buscarem apoio profissional o quanto antes.