Muitas pessoas têm o costume de deixar seu cão lamber seu rosto e dar beijos diretamente no animal de estimação. Contudo, ainda que seja uma prática comum, existem cuidados que devem ser tomados com essa prática. O assunto tomou mais atenção quando o caso de uma mulher de 70 anos desenvolveu uma infecção grave depois de receber lambidas de seu cachorro.
De acordo com os dados do hospital da Universidade College London, na Inglaterra, a paciente foi infectada por uma bactéria presente na gengiva de alguns cães e gatos. Ela assumiu que não recebia nenhum tipo de mordida ou arranhão de seu animal, mas que permitia que ele a lambesse com frequência. Os sintomas começaram a aparecer quando no meio de uma ligação com um familiar, ela parou de responder repentinamente. Quando percebeu que aquilo não era normal, o parente acionou os paramédicos que encontraram a senhora caída, inconsciente e a levaram imediatamente para o hospital.
No dia anterior ela não apresentava nenhum sintoma grave ao não ser uma dor de cabeça e cansaço do dia anterior. Depois de vários exames feitos durante quatro dias, ela mostrou novamente confusão mental, dores de cabeça, diarreia, calafrio e febre alta. Novas análises de sangue e fezes e urina, foi detectada a bactéria rara em seu organismo. Ela precisou de alguns dias de tratamento ser internada durante um mês, até ser liberada. Atualmente ela passa bem e não teve mais nenhuma crise.
A bactéria Capnocytophaga canimorsus foi descrita pela primeira vez em 1976. Ela habita as gengivas de cães e gatos e é considerada rara em humanos. Desde 1990, apenas 13 casos relacionados a bactéria foram registrados no Reino Unido.De acordo com o estudo, a taxa de mortalidade pela infecção é de 26%, com 60% dos casos relatando a transmissão da bactéria por mordida de cachorro, mas também há registros de contágio por arranhões e lambidas.As infecções pela bactéria foram relatadas em humanos de todas as idades. Porém, os idosos se mostraram mais suscetíveis a infecções por terem a imunidade mais baixa. Ampliar