A Boa do Dia

Conheça a história do homem que explodiu a própria esposa por amor

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Uma história de amor que terminou em tragédia? O que você acha? Difícil de analisar vendo de fora, principalmente após toda a loucura em que este senhorzinho se meteu.

Tudo começou em um fábrica paulista, na zona leste de São Paulo, onde o casalzinho Nelson Golla e Neusa se conheceram. Não demorou para que eles, enfim, começassem a namorar e, se casassem já em janeiro de 1967. Deste casamento surgiu três filhos.

Até então, tudo certo. A ideia de Nelson era trabalhar para sustentar a família enquanto a mulher cuidava da casa e das crianças, mas assim que as coisas começaram a apertar, Neusa começou a ir em busca de um trabalho. Aos poucos, as coisas foram se resolvendo e o casal foi vivendo a vidinha pacata, viajando nos finais de semana.

Mas conforme o tempo ia passando, eles iam se lembrando dos sonhos que haviam adquirido durante os anos: um deles era, já na velhice, gastar a aposentadoria para viajarem juntinhos, aproveitando cada segundo da vida. Porém, o destino havia criado um obstáculo em suas vidas que eles jamais conseguiriam ultrapassar: a saúde.

Nelson havia adquirido um problema no braço enquanto que Neusa passou por dois AVCs, sendo obrigada a ser internada em uma clínica para idosos. Com a ajuda das enfermeiras, ela conseguiria ir levando a vida aos poucos. A única questão, contudo, foi que a mulher simplesmente não conseguia admitir o seu estado e, infelizmente, entrou em depressão.

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Cada vez mais quieta e desanimada, a mulher claramente não queria mais viver, mesmo sabendo que seus males físicos não eram assim tão graves. E nem Nelson conseguia mais botar um sorriso em seu rosto.

Para piorar, Neusa chegou em um estado em que passou a se alimentar por sonda e, a única coisa que conseguia deixá-la um pouco melhor era o marido que dava, vez ou outra, sem a permissão dos médicos, um pouco de água de coco, bebida que ela adorava.

Como qualquer pessoa, a mulher sabia que aquela não era uma vida digna e, por isso, de alguma forma arranjou forças suficientes para simplesmente chegar no marido e dizer: ”me tira daqui, eu quero morrer”. Em choque, Nelson não sabia o que fazer e manteve aquele pensamento em sua cabeça.

Um dia, então, ele se pegou assistindo a um jogo de futebol e ouviu certos rojões explodindo e foi aí que teve a ideia: corajoso, o homem comprou bombas, manipulou-as e criou um único artefato com elas. Escondida sob seu casaco, Nelson foi até o hospital, preparado para fazer o que ninguém esperava: matar sua esposa.

Rapidamente, o idoso acionou o explosivo e abraçou a esposa, dizendo que finalmente iriam embora dali. Dentro do porta-luvas de seu carro, deixou a seguinte mensagem:

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“Sei que para alguns vai ser considerado um ato de loucura. Mas cansado e preocupado com o meu futuro e de minha esposa, dei um fim no sofrimento de ambos. Que meus filhos me perdoem, mas será um descanso para todos. Desculpem o trabalho que vou dar, mas isso é necessário.

Sabedor de que nem eu nem ela temos recuperação, que Deus receba de braços abertos a companheira, e que me perdoe. Eu, Nelson Irineu Golla e Neusa Maria Golla fomos muito felizes. Lembrem-se de nós nos momentos de alegria. Adeus.”

Por ironia do destino, o plano não funcionou bem do jeito que ele esperava. Sua esposa, de fato, morreu, porém, com a explosão, ele apenas voou longe, mas sobreviveu e foi levado às pressas para receber atendimento. Ao acordar, a surpresa: o homem estava algemado junto a policiais. O fato era que Nelson seria levado para a cadeia assim que se recuperasse. Afinal, ele estava sendo acusado de assassinato.

Realmente uma história impactante, não?! Ela pode ser lida no livro-reportagem ”O Último Abraço”, do jornalista Vitor Hugo Brandalise e nos deixa a seguinte reflexão: Nelson agiu certo ao matar a esposa que definhava no hospital? Foi assassinato ou foi um ato de amor?

Até hoje, o caso segue em processo. “O processo segue em fase de audiências. E Nelson continua levando a vida, como ele diz, um dia de cada vez. Faz terapia de grupo com outros idosos, ajuda nas tarefas cotidianas em casa e, de vez em quando, participa de rodas de música com amigos do bairro”, disse o jornalista em entrevista a UOL.

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Qual a sua opinião sobre o caso?

Fotos: Reprodução.

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