Especialistas alertam: Esses são os piores efeitos da trombose não tratada
A trombose, muitas vezes subestimada, é uma das condições cardiovasculares mais perigosas quando não recebe o devido acompanhamento médico. Trata-se da formação de coágulos que obstruem parcial ou totalmente a circulação sanguínea, podendo acometer veias profundas (trombose venosa profunda) ou mesmo artérias. Embora o tratamento adequado evite a progressão da doença, o descuido ou o diagnóstico tardio podem desencadear complicações de alta gravidade, com consequências que vão desde limitações crônicas até risco iminente de morte.
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O que é a trombose e como ela se desenvolve
Formas de trombose
A trombose se manifesta, sobretudo, em duas formas:
- Trombose venosa profunda (TVP): afeta veias profundas, especialmente das pernas.
- Trombose arterial: afeta artérias, podendo causar eventos como infarto e AVC.
Fatores de risco
Entre os fatores mais comuns para o desenvolvimento da trombose estão:
- Imobilidade prolongada
- Cirurgias recentes
- Uso de anticoncepcionais
- Gravidez e pós-parto
- Histórico familiar
- Obesidade
- Tabagismo
Complicações graves da trombose não tratada

1. Embolia pulmonar: o perigo silencioso
O que é
É a complicação mais temida da trombose venosa profunda. Ocorre quando o coágulo se desprende e se desloca até os pulmões, bloqueando uma artéria pulmonar.
Sintomas
- Falta de ar repentina
- Dor torácica
- Tosse seca ou com sangue
- Palpitações
- Tontura ou desmaio
Risco de morte
Sem intervenção rápida, a embolia pulmonar pode levar à morte em poucas horas. É uma emergência médica que exige atendimento imediato.
2. Síndrome pós-trombótica: sequelas permanentes
Entendendo a condição
A síndrome pós-trombótica é um conjunto de sintomas que ocorre como consequência de lesões nas veias após um episódio de TVP. O fluxo sanguíneo fica comprometido, gerando pressão venosa anormal.
Manifestações clínicas
- Inchaço crônico
- Dor e peso nas pernas
- Escurecimento da pele
- Desenvolvimento de úlceras venosas
Impacto na qualidade de vida
A síndrome pode comprometer a mobilidade, aumentar o risco de infecções e causar dor contínua. Mesmo com o uso de meias de compressão, muitos pacientes enfrentam limitações permanentes.
3. Insuficiência venosa crônica: danos irreversíveis na circulação
O que caracteriza
É uma condição progressiva em que as veias não conseguem retornar o sangue eficientemente ao coração. Acontece por disfunção das válvulas venosas danificadas pela trombose.
Sintomas
- Varizes salientes
- Sensibilidade e cansaço nas pernas
- Coceira e inflamações
- Áreas com coloração acastanhada
Evolução
Quando não tratada, a insuficiência venosa pode levar a complicações infecciosas e úlcerações persistentes, exigindo acompanhamento vascular constante.
4. Úlceras venosas: feridas de difícil cicatrização
Como surgem
São lesões abertas que se formam geralmente nas regiões inferiores das pernas, especialmente próximas aos tornozelos. Resultam da estagnação do sangue e da pressão venosa excessiva.
Sintomas e riscos
- Feridas que demoram a cicatrizar
- Secreção e mau cheiro
- Dor intensa
- Risco elevado de infecção secundária
Tratamento
Requer acompanhamento com profissionais especializados, uso de curativos especiais e, em casos avançados, procedimentos cirúrgicos.
5. Trombose recorrente: o ciclo que se repete
Por que ocorre
A reincidência da trombose é comum em pacientes que não realizam corretamente o tratamento ou que possuem fatores de risco persistentes. Estima-se que até 30% das pessoas que já tiveram trombose venham a ter novos episódios.
Consequências
Cada novo episódio aumenta o risco de complicações como embolia pulmonar e síndrome pós-trombótica, agravando o quadro clínico e limitando a capacidade funcional.
Prevenção: a melhor estratégia contra a trombose
Mudanças de hábito
- Praticar atividade física regular
- Manter hidratação adequada
- Evitar longos períodos sentado ou deitado
- Controlar peso e doenças como hipertensão e diabetes
Avaliações preventivas
Em casos de cirurgias ou viagens longas, medidas preventivas devem ser adotadas, como uso de meias de compressão e medicação anticoagulante, quando indicada por um profissional de saúde.
Considerações finais
Ignorar os sinais da trombose ou negligenciar seu tratamento pode resultar em complicações de alto impacto físico e emocional. Desde a embolia pulmonar à recorrência de coágulos, cada desdobramento evidencia a gravidade dessa condição. A atuação precoce, somada à adesão ao tratamento e à prevenção, é a chave para evitar um ciclo de complicações potencialmente incapacitantes ou letais. Cuidar da circulação é cuidar da vida.


