E eles conversam muito!
Para iniciar essa matéria eu preciso dizer que: devemos parar de nos colocar como os únicos seres super evoluídos. É sério! Nós, humanos, sofremos desse mal de acreditar que somos sempre os melhores. Em tudo. Mas a verdade é que cada espécie reage e vive de um modo, e são super evoluídos a sua maneira. Como a águia que voa, como o camaleão que muda de cor, como o polvo que sente sabores em seus oito tentáculos. Diferenças.
Outra ideia errônea que nos acompanha, é que de que somos os únicos capazes de se comunicar. Toda espécie se comunica entre si, dentro de padrões, sons e gestos que emitem. Como por exemplo os cetáceos (baleias, golfinhos e toninhas), que possuem sua linguagem própria, acreditem. Um estudo recente, publicado na Nature Ecology & Evolution, revela que essas criaturas possuem características de comportamento social e cooperativo sofisticadas (muito parecidas com as que são encontradas na cultura humana).
Essa foi a primeira pesquisa a criar um conjunto de dados de tamanhos e comportamentos sociais do cérebro de cetáceos. No total, eles coletaram informações sobre 90 espécies diferentes de golfinhos, baleias e toninhas.

De acordo com a Universidade de Manchester, a longa lista de semelhanças comportamentais inclui:
– Relações complexas de alianças – trabalhando em conjunto para benefício mútuo
– Transferência social de técnicas de caça – ensinar a caçar e usar ferramentas de caça cooperativa
– Vocalizações complexas, incluindo dialetos de grupos regionais – “conversando” entre si
– Mimetismo vocal e “apitos de assinatura” únicos para os indivíduos – usando reconhecimento de “nome”
– Cooperação inespecífica com seres humanos e outras espécies – trabalhando com diferentes espécies
– Copaternidade – cuidar de jovens que não são seus próprios
– Convívio social
(Lista retirada do site Hypeness)
“Como humanos, nossa capacidade de interagir socialmente e cultivar relacionamentos, nos permitiu colonizar quase todos os ecossistemas e meio ambiente no planeta. Nós também sabemos que as baleias e golfinhos têm cérebros excepcionalmente amplos e anatomicamente sofisticados e, portanto, criaram uma cultura baseada em marinha semelhante”, diz a Dra. Susanne Shultz, bióloga da Escola de Ciências da Terra e do Meio Ambiente de Manchester
“Isso significa que a aparente co-evolução dos cérebros, a estrutura social e a riqueza comportamental dos mamíferos marinhos fornece um paralelo único e impressionante para os grandes cérebros e a hiper-socialidade dos humanos e outros primatas em terra. Infelizmente, eles nunca imitarão nossas grandes metrópoles e tecnologias porque não evoluíram polegares opostos”.













