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Aluno suspenso por comentário racista consegue o direito de voltar para a faculdade

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Ele foi suspenso após chamar um colega de escravo em grupo de Whatasapp

Tudo aconteceu em São Paulo, no último dia 7 de março, onde Gustavo Metropolo compartilhou em um grupo de Whatasapp a foto de um jovem negro no campus de sua faculdade (FGV), escrito: “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”.

Um dos integrantes do grupo vazou a foto e ele foi suspenso da instituição por 90 dias. Agora, Gustavo conseguiu o direito de retornar para a faculdade após entrar com uma ação na 25ª Vara Cível Federal de São Paulo.

Segundo os advogados do garoto, a FBG descumpriu as suas próprias leis ao fornecer a ele o direito de defesa, e sua suspensão o fez perder um semestre de estudos.

Além disso, o acusado adicionou uma nova versão a história, em que afirma ter perdido o aparelho celular 4 meses antes, por conta de um assalto a mão armada.

Metropolo, que chegou a assinar uma confissão do crime de racismo, afirma que só o fez porque “estava com medo e se sentindo pressionado” e que “diante da situação ficou acuado e assinou a confissão de algo que não havia feito”.

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Racismo em segundo plano

O requerimento de Gustavo foi aceito parcialmente, e ele tem o direito de voltar as aulas. Porém, a Fundação Getulio Vargas pode instaurar um segundo inquérito para a suspensão ou expulsão do rapaz.

É importante enfatizar que, de acordo com a decisão da Justiça, o crime de racismo não foi levado em conta para a tomada desta decisão. E sim, se a Fundação cumpriu ou não com as suas normas de dar uma chance de defesa ao acusado.

Foto: Instagram Gustavo Metropolo

“Aqui se discute, tão somente, o respeito ou não a postulados de estatura constitucional como condição para imputação de responsabilidade”.

Isso pode soar como um banho de água fria para quem acredita que atitudes como essas devem ser rigorosamente repreendidas.

Fonte: Buzzfeed

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