Após quase três décadas como o rosto principal do Jornal Nacional, William Bonner inicia uma nova etapa no Globo Repórter, dividindo a apresentação com Sandra Annenberg. A mudança marcou o fim de uma das passagens mais longas da TV brasileira e abriu espaço para um olhar mais aprofundado sobre a trajetória do jornalista. Entre as curiosidades que cercam sua vida profissional estão seu nome verdadeiro, sua formação acadêmica fora do jornalismo e o início como locutor.
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Da despedida do JN à chegada no Globo Repórter
A decisão pela mudança
Em novembro de 2025, Bonner deixa a bancada do telejornal de maior audiência do país. O motivo não foi a falta de reconhecimento, mas sim a busca por equilíbrio pessoal. O Globo Repórter, exibido semanalmente, oferece uma rotina menos desgastante, permitindo a ele mais tempo para projetos particulares e família.
A nova parceria com Sandra Annenberg
Ao lado de Sandra, Bonner assume o desafio de comandar um programa que combina jornalismo investigativo e narrativas humanas, voltado a temas de ciência, cultura, saúde e comportamento. A dupla simboliza uma transição sem ruptura, mantendo o padrão de credibilidade que o público já conhece.
Primeiros passos na televisão
A estreia em 1985
Bonner começou na TV Bandeirantes, inicialmente como locutor. Rapidamente conquistou espaço e, em menos de meio ano, passou a apresentar o Jornal de Amanhã.
Experiência na Manchete
Na TV Manchete, ampliou repertório como apresentador e jornalista, acumulando funções e mostrando versatilidade. Essa fase abriu portas para o convite da Globo.
Consolidação na Globo
Em 1986, ingressou no SPTV – 3ª Edição, e logo também comandava o SPTV 2ª Edição. Atuou ainda no Globo Rural, Fantástico e substituiu colegas no Jornal Hoje. Essa experiência diversificada foi essencial para a chegada ao Jornal Nacional em 1996.
A era no Jornal Nacional

A entrada na bancada
Sua estreia ocorreu ao lado de Lillian Witte Fibe. Dois anos depois, passou a dividir o posto com Fátima Bernardes, parceria que durou até 2011.
Função dupla: âncora e editor-chefe
Em 1999, assumiu também o cargo de editor-chefe do JN, acumulando por quase 30 anos a responsabilidade de definir pautas, revisar reportagens e conduzir a linha editorial. Essa dupla função ajudou a consolidar sua imagem como referência no telejornalismo.
O segredo do sobrenome Bonner
Nome de batismo
Poucos sabem que William Bonner nasceu William Bonemer Júnior. Seu pai, médico pediatra de mesmo nome, tinha receio de ser confundido com o filho quando este começou a aparecer na televisão.
A escolha do nome artístico
Para evitar confusões, o jornalista adotou o sobrenome “Bonner”, inspirado em Yelena Bonner, ativista soviética de origem judaica. O nome curto e sonoro ajudou na construção de sua identidade profissional.
Formação acadêmica
Publicidade em vez de jornalismo
Apesar de se tornar um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, Bonner não se formou nessa área. Estudou Publicidade e Propaganda na Universidade de São Paulo (USP).
Impacto dessa formação
A experiência em publicidade contribuiu para sua habilidade de comunicação clara e de adaptação ao público, diferenciais que o ajudaram a se destacar como apresentador e editor.
Perfil e legado
Um profissional versátil
Ao longo da carreira, Bonner se destacou pela capacidade de transitar entre diferentes formatos: jornalismo rural, programas de variedades e, claro, o telejornalismo de maior repercussão do país.
Reconhecimento e credibilidade
Sua postura firme, a clareza na condução das notícias e a liderança editorial fizeram dele um dos jornalistas mais respeitados da televisão brasileira.
Uma nova fase
A ida para o Globo Repórter não significa fim de carreira, mas a adaptação a um ritmo que valoriza mais a vida pessoal. Bonner passa a conciliar a experiência acumulada com a necessidade de novas formas de narrar o Brasil.
Linha do tempo da carreira
| Ano/Período | Marco da carreira |
|---|---|
| 1985 | Estreia na Band como locutor e apresentador |
| 1986 | Ingresso na Globo pelo SPTV |
| 1987–1995 | Atuação em programas como Globo Rural e Fantástico |
| 1996 | Estreia no Jornal Nacional |
| 1999 | Torna-se editor-chefe do JN |
| 1998–2011 | Divide bancada com Fátima Bernardes |
| 2025 | Deixa o JN e migra para o Globo Repórter |
Considerações finais
A carreira de William Bonner ilustra como escolhas pessoais e profissionais moldam um legado. Do nome artístico criado para proteger o pai à formação em Publicidade, passando por quase três décadas à frente do Jornal Nacional, Bonner sempre buscou alinhar credibilidade e identidade. A chegada ao Globo Repórter simboliza mais do que uma transição: representa a continuidade de um estilo jornalístico sólido, agora voltado a conteúdos aprofundados e à qualidade de vida.













