Você já ouviu falar de útero retrovertido? Calma, não precisa se desesperar. Pode parecer algo estranho quando vemos dessa forma, mas não é nenhum bicho de sete cabeças, acredite.
Apesar de ser bem mais comum encontrá-lo virado para frente, inclinando sobre a bexiga, o útero pode estar na direção oposta, conhecido como o útero retrovertido. “Isso não é um problema, significa apenas que ele está mais próximo do intestino do que da bexiga”, revela Ricardo Cavalli, ginecologista da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
Na realidade, isso nem é considerado uma doença, tanto é que muitas mulheres nem sabem que têm o útero assim até passarem por um exame de ultrassom.
Mas por que isso acontece?
O útero, como você sabe, não é um órgão fixo. Ou seja, ele é capaz de se movimentar durante uma gravidez ou mesmo durante as relações sexuais. Inclusive, ele sai de seu local original durante a gestação, viu?! “Ele aumenta de tamanho e ocupa toda a pelve, assim não faz diferença se antes estava virado para frente ou para trás”, diz Cavalli.
Logo, não precisa se preocupar. É realmente comum e não vai atrapalhar em nada na gestação.

Mito ou Realidade?
“Não há redução significativa, mas o posicionamento do colo do útero pode diminuir um pouco as taxas de gravidez natural”, é o que revela José Carlos Torres, ginecologista da Universidade Estadual de Campinas.
E, em relação a endometriose, não há por que se preocupar, pois não existe comprovação científica de que a posição do útero leve a doença. “O que acontece é que quando a mulher com útero retrovertido tem a doença, ela tende a ser mais profunda e atingir o septo reto-vaginal, onde o tratamento é mais complicado”, conta o médico.
É preciso tratar?
No geral, não. Mas algumas mulheres podem sentir certos desconfortos por se localizar na parte de trás do corpo, como dificuldade e dor para urinar e evacuar. Só assim é possível fazer cirurgias para corrigir o caso.
E aí? Mais tranquila agora?
Fotos: Carolina Horita/Bebê.com.br













