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Você acorda cansado mesmo dormindo? Médicos explicam as causas e como resolver

Por que acordamos cansados mesmo após horas de sono?

Dormir por tempo suficiente deveria ser sinônimo de descanso e renovação. No entanto, muitas pessoas relatam acordar exaustas, mesmo após oito horas de sono. Esse sintoma, que se tornou comum na rotina moderna, pode indicar uma série de disfunções físicas, emocionais ou comportamentais. A fadiga matinal constante não deve ser ignorada, pois pode impactar diretamente a qualidade de vida, o desempenho no trabalho e a saúde a longo prazo.

Especialistas em sono apontam que esse tipo de cansaço pode ser causado por diversos fatores, que vão desde distúrbios do sono até hábitos de vida prejudiciais. Compreender as causas é o primeiro passo para encontrar soluções duradouras.

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Causas mais comuns do cansaço ao acordar

Sono superficial ou fragmentado

Um dos principais motivos para acordar cansado é não atingir os estágios mais profundos do sono. Mesmo dormindo por muitas horas, se o sono for interrompido frequentemente, o cérebro não consegue completar os ciclos necessários para a recuperação física e mental. Estímulos como barulhos, luzes, temperatura inadequada ou o uso do celular antes de dormir podem fragmentar o descanso.

Apneia obstrutiva do sono

A apneia é uma condição em que a respiração é interrompida várias vezes durante o sono. Essas pausas causam microdespertares constantes, muitas vezes sem que a pessoa perceba. Além do cansaço, a apneia pode causar roncos intensos, sonolência diurna e dores de cabeça matinais. Trata-se de um distúrbio que exige diagnóstico médico e, muitas vezes, o uso de aparelhos específicos para correção.

Transtornos de humor e ansiedade

Problemas emocionais também interferem no sono. A ansiedade, por exemplo, impede que a mente relaxe completamente, dificultando o início e a manutenção do sono profundo. Já a depressão pode levar a alterações no ciclo circadiano, fazendo com que o indivíduo durma muito, mas sem qualidade. Em ambos os casos, é comum acordar com sensação de cansaço, mesmo após longas horas na cama.

Má alimentação e desidratação

O que comemos — e o que deixamos de comer — tem grande impacto sobre o descanso. Dietas pobres em nutrientes essenciais, como ferro, magnésio e vitaminas do complexo B, prejudicam o funcionamento celular, incluindo a produção de energia. Além disso, a desidratação pode provocar queda de pressão, dores musculares e letargia ao acordar.

Consumo de substâncias estimulantes

Cafeína, álcool, cigarro e medicamentos podem alterar a estrutura do sono. Mesmo que o álcool provoque sonolência inicial, ele fragmenta os ciclos durante a noite. Já o excesso de café, especialmente no final da tarde, prejudica o início do sono e reduz o tempo em sono profundo.

Distúrbios hormonais

Alterações hormonais, como hipotireoidismo, síndrome da fadiga crônica, disfunções na glândula adrenal ou alterações no cortisol noturno, podem estar associadas ao cansaço persistente ao despertar. Nestes casos, apenas exames laboratoriais e acompanhamento médico podem confirmar o diagnóstico.

Hábitos que pioram a qualidade do sono

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Imagem – Bestofweb/Canva

Falta de rotina

Dormir e acordar em horários diferentes todos os dias prejudica o relógio biológico do corpo. Essa irregularidade atrapalha a liberação natural de melatonina, o hormônio responsável pela indução do sono.

Exposição à luz artificial à noite

Luzes de telas como celulares, televisores e computadores inibem a produção de melatonina. Isso faz com que o corpo “acredite” que ainda é dia, atrasando a sensação de sono e reduzindo o tempo de descanso profundo.

Ambiente inadequado para dormir

Temperatura elevada, colchão desconfortável, travesseiros inapropriados e ruídos no quarto podem impedir que o corpo entre nos ciclos profundos de sono. Esses fatores, quando combinados, contribuem significativamente para um despertar cansado.

O que fazer para acordar mais disposto

Crie uma rotina de sono consistente

Tente dormir e acordar sempre nos mesmos horários, inclusive nos fins de semana. Essa regularidade ajuda a sincronizar o relógio biológico e melhora a liberação dos hormônios relacionados ao sono e ao despertar.

Evite telas e luzes fortes antes de dormir

Ao menos uma hora antes de se deitar, reduza o uso de celulares, computadores e televisores. Aposte em luzes amarelas, leituras tranquilas ou técnicas de relaxamento como respiração profunda e meditação.

Invista em um ambiente adequado

Mantenha o quarto escuro, silencioso e fresco. Se necessário, use cortinas blackout, protetores auriculares ou máquinas de ruído branco para eliminar distrações externas.

Pratique exercícios físicos

A atividade física regular melhora a qualidade do sono, principalmente quando feita durante o dia. No entanto, evite exercícios muito intensos no período noturno, pois podem deixar o corpo em estado de alerta.

Alimente-se com inteligência

Evite refeições pesadas à noite, assim como o consumo de álcool ou cafeína após as 17h. Priorize alimentos leves no jantar e mantenha a hidratação ao longo do dia. Deficiências nutricionais, como falta de ferro ou vitaminas do complexo B, podem impactar diretamente a energia ao acordar.

Exponha-se à luz solar pela manhã

A luz natural é um dos principais reguladores do nosso relógio biológico. Passar alguns minutos ao sol nas primeiras horas do dia ajuda a regular o ritmo circadiano e a melhorar a disposição.

Tire cochilos curtos, se necessário

Sonecas de 15 a 30 minutos após o almoço podem melhorar o desempenho mental e físico, desde que não atrapalhem o sono noturno. Evite dormir longos períodos durante o dia.

Quando é hora de procurar ajuda médica?

Sinais de alerta

Se você dorme mais de sete horas por noite, mantém uma boa rotina de sono e ainda assim acorda diariamente exausto, é importante buscar avaliação profissional. Outros sinais que merecem atenção incluem roncos intensos, acordar com falta de ar, sonolência excessiva durante o dia, dificuldades de concentração, alterações de humor ou queda de produtividade.

Exames e diagnóstico

O médico poderá solicitar exames como polissonografia, para avaliar a qualidade do sono e detectar distúrbios como apneia, além de exames laboratoriais para investigar questões hormonais ou deficiências nutricionais. O tratamento vai depender do diagnóstico, podendo incluir mudanças de estilo de vida, uso de equipamentos respiratórios, suplementação alimentar ou terapia comportamental.

Considerações finais

Acordar cansado com frequência é um sintoma que deve ser levado a sério. Embora muitas vezes esteja relacionado a maus hábitos ou ao estresse, também pode indicar distúrbios do sono ou condições clínicas mais complexas. Cuidar da qualidade do sono é essencial para manter a saúde física, mental e emocional em dia. Mudanças simples na rotina, combinadas com acompanhamento profissional quando necessário, podem transformar suas manhãs e devolver a disposição para enfrentar o dia com energia e clareza.


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