Stan Larkin, aos 25 anos, tinha uma rotina muito parecida com a de outros jovens da sua idade, ele se divertia com sua família, andava de carro com os amigos e sempre jogava basquete. Mas havia algo de diferente em Stan, ele não tinha um coração.
Ao ser diagnosticado com cardiomiopatia, uma condição genética que afeta o músculo do coração, Stan foi subemtido a uma cirurgia para retirar o órgão. Morador da cidade de Ypsilanti, no estado de Michigan, ele viveu desde 2014 com um coração artificial temporário. O equipamento pode ser carregado em uma mochila, permitindo que Stan vivesse normalmente enquanto esperava por um transplante.
A máquina, que pesa pouco mais de 6kg, funciona conectada por dois tubos que saem do corpo do paciente e ficam ligados em uma máquina que garante energia para o funcionamento do coração artificial, permitindo que o sangue seja bombeado pelo corpo.
E depois de 555 dias usando esse equipamento, os médicos finalmente encontraram um doador compatível para Stan, que já foi operado e está em casa com sua família. “É impressionante como ele levou uma vida ativa com o dispositivo, até jogando basquete”, disse em entrevista o médico Jonathan Haft, que fez ambas as cirurgias no Centro Cardiovascular Frankel da Universidade de Michigan. “Ele obviamente queria o transplante, queria se livrar da mochila e de todo o trabalho envolvido, mas em termos de independência e qualidade de vida foi realmente extraordinário ver como ele se saiu bem”, conclui o cirurgião.
Essa tecnologia não ajudou somente Stan, mas também seu irmão mais novo, Dominique, de 24 anos, que descobriu que tem a mesma doença. Ele teve seu coração removido um mês depois do irmão, mas ficou apenas seis semanas com o equipamento, pois conseguiu um transplante rapidamente.
