Para quem deseja conhecer outros países sem passar pelo processo de emissão do passaporte, uma boa notícia: brasileiros têm a possibilidade de visitar vários destinos internacionais apenas com o documento de identidade, o famoso RG. Isso é possível graças a acordos firmados com nações vizinhas e à integração promovida pelo Mercosul.
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Acordos internacionais permitem viagens sem passaporte
O que é o Mercosul e por que ele facilita a entrada com RG?
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco regional formado por países da América do Sul com o objetivo de promover cooperação econômica, política e social. Entre as facilidades oferecidas aos cidadãos dos países-membros está a liberdade de circulação. Por isso, brasileiros podem entrar em diversos países sul-americanos apenas com a carteira de identidade, desde que a viagem tenha caráter turístico.
Além dos membros plenos (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia), outros países associados como Chile, Peru, Equador e Colômbia também aderiram a esse modelo de entrada facilitada.
Países que aceitam o RG dos brasileiros
Lista atualizada de países que não exigem passaporte
Se você é brasileiro e pretende viajar apenas com o RG, pode se planejar para conhecer os seguintes países:
- Argentina
- Uruguai
- Paraguai
- Bolívia
- Chile
- Colômbia
- Peru
- Equador
- Venezuela (recomenda-se cautela por instabilidade política)
Esses países reconhecem o RG como documento suficiente para entrada, desde que esteja dentro das condições exigidas, como boa conservação e data de emissão recente.
Condições para o uso do RG em viagens internacionais

O RG precisa estar atualizado?
Sim. Embora não exista uma regra oficial fixando o prazo de validade do RG para viagens internacionais, os países que aceitam esse documento geralmente exigem que ele tenha sido emitido há menos de 10 anos. Isso porque um RG antigo pode conter uma foto desatualizada, o que dificulta a identificação do portador.
Em quais situações o RG não é aceito?
Mesmo entre os países que aceitam o RG, ele só pode ser utilizado em viagens de turismo. Caso a intenção da viagem seja estudar, trabalhar ou morar, é obrigatório apresentar o passaporte e cumprir outros requisitos de imigração, como visto.
Além disso, documentos como CNH (Carteira Nacional de Habilitação) ou carteiras profissionais (OAB, CRM, CREA, etc.) não substituem o RG e não são aceitos para fins de imigração.
Vantagens de viajar apenas com o RG
Economia e praticidade
A principal vantagem de utilizar o RG em vez do passaporte é a economia de tempo e dinheiro. Emitir um passaporte custa R$ 257,25 (valor atualizado em 2025) e pode levar algumas semanas, dependendo da cidade. O RG, por outro lado, tem um processo mais simples, com prazos menores e, em muitos estados, gratuidade na primeira via.
Planejamento de última hora
Quem decide fazer uma viagem de última hora para algum país da América do Sul pode se beneficiar desse acordo, pois não precisará aguardar a confecção do passaporte. Basta verificar se o RG está válido, bem conservado e dentro do prazo de 10 anos desde a emissão.
Fortalecimento da integração sul-americana
Esses acordos entre países vizinhos também reforçam os laços diplomáticos e culturais, incentivando o turismo regional e promovendo a troca de experiências entre cidadãos dos países envolvidos.
Outros documentos que podem ser exigidos
Mesmo sem a exigência de passaporte, é importante lembrar que os países podem solicitar outros documentos no momento da entrada. Entre eles:
- Comprovante de hospedagem (reserva de hotel ou carta convite)
- Passagem de retorno ao Brasil
- Comprovante de recursos financeiros para a estadia
- Seguro viagem (obrigatório em alguns países)
- Certificado internacional de vacinação contra febre amarela (em alguns casos)
Recomenda-se consultar os sites oficiais das embaixadas ou consulados do país de destino com antecedência.
Diferenças entre países membros e associados ao Mercosul
Membros plenos
Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia formam o núcleo do Mercosul. Entre esses países, a entrada com RG é totalmente consolidada, sem necessidade de passaporte, e há possibilidade de permanência por até 90 dias como turista, prorrogáveis em alguns casos.
Países associados
Chile, Colômbia, Peru e Equador, apesar de não serem membros plenos, participam de acordos similares de mobilidade regional e também aceitam o RG como documento de entrada. No entanto, as exigências podem ser ligeiramente diferentes e variam conforme o momento político e as políticas migratórias de cada nação.
Dúvidas comuns sobre viajar com RG
Posso viajar com cópia autenticada do RG?
Não. Cópias, mesmo que autenticadas, não são aceitas pelas autoridades de imigração. O documento original é obrigatório.
E se meu RG estiver plastificado ou com foto infantil?
Se o RG estiver com a foto muito desatualizada, mesmo que emitido há menos de 10 anos, existe o risco de ser recusado. O ideal é garantir que a imagem permita identificação visual clara e que o documento esteja íntegro.
Crianças podem viajar com RG?
Sim. No entanto, menores de idade devem viajar com autorização dos pais ou responsáveis legais, se estiverem desacompanhados de um deles ou de ambos. A autorização deve seguir os modelos exigidos pela Polícia Federal e, em geral, ser reconhecida em cartório.
Planejamento é essencial para evitar imprevistos
Embora o RG ofereça uma alternativa simplificada ao passaporte, ele não substitui a necessidade de planejamento. Afinal, cada país pode alterar suas exigências de entrada a qualquer momento, principalmente em períodos de instabilidade política, sanitária ou econômica.
Verificar as condições atualizadas, manter o RG em boas condições e contar com um seguro viagem são medidas simples que fazem toda a diferença no sucesso da viagem.
Considerações finais
Viajar sem passaporte é uma opção real e viável para milhões de brasileiros, graças aos acordos estabelecidos com países sul-americanos. Com um RG válido e atualizado, é possível explorar uma rica variedade de destinos, culturas e paisagens com menos burocracia e mais economia.
Porém, mesmo com essa facilidade, é essencial se preparar, entender as exigências de cada país e manter toda a documentação em ordem. Assim, você garante uma viagem tranquila e segura, aproveitando o melhor que a América do Sul tem a oferecer.













