Best Of Web

O botão mágico que leva as melhores historias a seu Facebook.

Best Of Web

O botão mágico que leva as melhores historias a seu Facebook.

ração

Venda online de ração para pets bate recorde

Um setor em crescimento acelerado

A alimentação de cães e gatos se tornou um dos principais motores do mercado pet no Brasil. Em 2024, as vendas realizadas exclusivamente por meio do comércio eletrônico ultrapassaram R$ 670 milhões, um marco histórico que revela mudanças profundas nos hábitos de consumo e no funcionamento do varejo do setor.

Esse resultado representa um crescimento de mais de 100% em relação a 2022 e mostra que os tutores estão cada vez mais inclinados a adquirir ração e petiscos sem sair de casa, aproveitando as vantagens que o digital oferece.

Leia Mais:

SinPatinhas: novo cadastro gratuito para pets é lançado pelo governo federal

O que explica esse recorde nas vendas?

Comodidade, preço e fidelização

O avanço da internet nas residências, aliado à expansão de aplicativos e plataformas de compras, facilitou a entrada do consumidor no mundo do e-commerce. Mas, no caso dos produtos para animais, três fatores se destacam:

  • Praticidade: a entrega em domicílio e a possibilidade de programar compras recorrentes tornam a vida dos tutores mais simples;
  • Descontos e promoções: programas de fidelidade com benefícios progressivos estimulam a compra frequente;
  • Variedade: lojas virtuais oferecem marcas, tamanhos e linhas que nem sempre estão disponíveis em lojas físicas.

Expansão do mercado pet no Brasil

O Brasil figura entre os maiores mercados pet do mundo, com milhões de lares compartilhados com cães e gatos. A humanização dos animais de estimação e o crescimento de famílias sem filhos — ou com número reduzido de crianças — contribuem para o aumento nos gastos com produtos voltados aos pets, especialmente alimentação.

Dados reveladores sobre o comportamento de compra

ração
Imagem – Bestofweb/Freepik

Segundo pesquisas de consumo, a penetração das compras digitais de alimentos para pets chegou a 4,5% dos domicílios brasileiros em 2024. Trata-se do maior índice registrado desde 2020, indicando uma consolidação desse canal de vendas.

Ainda de acordo com os levantamentos:

  • Famílias com até quatro integrantes, sem crianças pequenas, concentram a maior parte do crescimento;
  • A combinação entre ração industrializada e alimentação caseira ainda é comum, mas a preferência por rações completas vem ganhando força, especialmente entre donos de gatos;
  • Cães são alimentados com ração pura em mais de 50% dos lares, enquanto os gatos ultrapassam os 60% nesse quesito.

Como isso afeta as lojas físicas?

Queda nas vendas do varejo tradicional

Enquanto as plataformas digitais avançam, pet shops de bairro, agropecuárias e lojas especializadas têm enfrentado dificuldades. Em 2024, o volume de vendas nessas unidades caiu cerca de 40% em comparação com dois anos atrás. A exceção fica por conta das grandes redes que investiram em canais online e serviços híbridos, como retirada na loja e entregas rápidas.

Necessidade de adaptação

Lojas físicas que não investem em presença digital correm o risco de perder espaço rapidamente. A tendência é clara: o consumidor quer conveniência, preços acessíveis e boa experiência de compra — elementos que o e-commerce já consegue entregar com mais eficiência.

Para se manterem relevantes, pet shops tradicionais precisam:

  • Modernizar o atendimento;
  • Oferecer planos de assinatura e entregas periódicas;
  • Usar redes sociais e marketplaces para ampliar o alcance;
  • Criar vínculos com a comunidade, focando em serviços presenciais como banho e tosa.

O futuro do consumo pet no ambiente digital

Expectativa de crescimento contínuo

O mercado sinaliza que as vendas online continuarão crescendo nos próximos anos. O hábito já se consolidou e o cliente aprendeu a confiar nas entregas, nas plataformas e nas marcas. Além disso, muitos consumidores relatam preferir o autoatendimento online à ida frequente a uma loja física.

Oportunidades de inovação

Empresas do setor têm apostado em novos modelos de negócio, como:

  • Assinaturas personalizadas de ração com base na raça, idade e porte do animal;
  • Produtos premium com ingredientes naturais e formulações específicas;
  • Integração entre alimentação, saúde e bem-estar — com plataformas que oferecem desde o alimento até vacinas e planos veterinários.

Marcas de olho em dados e fidelização

O e-commerce também fornece um ativo valioso: o comportamento de consumo do cliente. Com essas informações, marcas conseguem personalizar ofertas, sugerir produtos e manter o tutor engajado com benefícios progressivos. A fidelização digital se torna mais eficaz do que os antigos programas manuais de cartão-fidelidade.

Impactos sociais e econômicos

A força do setor pet na economia

O crescimento das vendas digitais reflete a força de um setor que já movimenta bilhões por ano no país. A geração de empregos, a criação de novas empresas e o surgimento de tecnologias específicas para o mundo animal demonstram que a economia pet é sólida e resiliente.

Inclusão digital e novos perfis de consumo

O avanço das vendas online também revela uma mudança no perfil dos consumidores: tutores mais conectados, mais exigentes e com forte presença nas redes sociais. Esses consumidores influenciam outros, compartilham experiências e reforçam a visibilidade das marcas que entregam valor.

Considerações finais

O marco de R$ 670 milhões em vendas online de comida para cães e gatos em 2024 mostra que o comportamento do consumidor pet mudou — e a mudança veio para ficar. Mais do que uma tendência, o comércio digital de produtos pet já é uma realidade consolidada, que influencia toda a cadeia do setor.

Empresas que quiserem se destacar nos próximos anos precisarão pensar além da ração e do petisco: deverão investir em dados, inovação e relacionamento contínuo com o cliente. Do lado dos tutores, a praticidade e o acesso facilitado continuarão sendo fatores decisivos na hora de encher o pote do melhor amigo.

Rolar para o topo