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Início Ciência e saúde

Uso excessivo de telas pode comprometer funções do cérebro e reduzir a cognição, apontam especialistas

Por Gisele
21 de julho de 2025 - Updated On 4 de novembro de 2025
uso

Imagem - Bestofweb/Canva

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A era digital e o alerta sobre o uso excessivo de telas

O avanço tecnológico trouxe inúmeros benefícios, mas também acendeu um sinal de alerta entre profissionais da saúde e educação. O uso prolongado de telas — sejam celulares, computadores, tablets ou TVs — está sendo associado a mudanças no funcionamento do cérebro, sobretudo em áreas responsáveis pela atenção, memória e raciocínio lógico.

Estudos recentes sugerem que a exposição contínua a dispositivos digitais pode alterar a forma como o cérebro processa informações, afeta a qualidade do aprendizado e ainda compromete a saúde emocional de crianças, jovens e adultos.

Leia Mais:

“Você está viciado no celular? Veja 9 hábitos que reforçam a dependência digital”

O tempo médio diante das telas: um comportamento que preocupa

Adultos e crianças expostos por longos períodos

Atualmente, é comum que adultos passem entre 7 e 10 horas por dia diante de uma tela. No caso das crianças e adolescentes, esse número é ainda mais alto, somando o tempo de estudo, jogos, vídeos, redes sociais e mensagens. O problema não está apenas no volume, mas na forma como esse uso fragmenta a atenção e interfere em outras atividades fundamentais, como o sono e a socialização.

Efeitos visíveis na infância e adolescência

A infância é um período crucial para o desenvolvimento cerebral. A exposição precoce a conteúdos digitais, principalmente sem supervisão, pode prejudicar o desenvolvimento da linguagem, reduzir a capacidade de concentração e dificultar a regulação emocional. Adolescentes, por sua vez, podem apresentar quadros de ansiedade, irritabilidade e queda de rendimento escolar.

O que acontece no cérebro com o uso excessivo de telas

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Imagem – Bestofweb/Canva

Alterações nas conexões neurais

A constante alternância de estímulos digitais, como notificações, vídeos curtos e mensagens instantâneas, altera os circuitos cerebrais. O cérebro começa a priorizar recompensas rápidas e estímulos visuais intensos, reduzindo o tempo de foco contínuo em atividades complexas, como a leitura de um texto longo ou a resolução de problemas.

Comprometimento da memória e do controle emocional

O córtex pré-frontal, responsável por funções executivas como planejamento, autocontrole e memória de trabalho, é especialmente impactado. Pesquisas de neuroimagem mostram que o uso excessivo de dispositivos está associado à diminuição da espessura dessa área do cérebro, o que pode afetar diretamente a capacidade de tomar decisões e controlar impulsos.

Efeitos sobre a dopamina e o comportamento

Outro aspecto relevante envolve a dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e recompensa. O consumo contínuo de conteúdos digitais estimula a liberação desse composto químico em excesso, criando um ciclo viciante. Isso torna o cérebro menos sensível a atividades comuns, como ler, estudar ou interagir presencialmente.

Principais consequências cognitivas e comportamentais

Dificuldade de concentração

A exposição a múltiplas fontes de estímulo digital reduz a capacidade de manter o foco em uma única tarefa. Essa dificuldade de concentração pode afetar o desempenho acadêmico, profissional e até a qualidade de vida, já que tarefas simples exigem mais esforço e energia mental.

Perda de memória de curto prazo

A memória operacional, responsável por armazenar informações temporárias durante uma atividade, também sofre com o excesso de estímulo. A alternância constante entre aplicativos, abas e mídias impede a consolidação de informações no cérebro, reduzindo a retenção de dados importantes.

Impacto na empatia e nas relações sociais

Com menos interações presenciais, especialmente durante a pandemia e no pós-pandemia, muitos jovens cresceram interagindo mais com avatares do que com pessoas reais. A leitura de expressões faciais, entonações e gestos é prejudicada, o que compromete habilidades socioemocionais, como empatia, escuta ativa e cooperação.

Efeitos em diferentes fases da vida

Primeira infância

Na primeira infância, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara: nada de telas até os dois anos de idade. A partir dessa idade, o tempo deve ser limitado a, no máximo, uma hora por dia, com supervisão constante. Isso porque a exposição precoce afeta o desenvolvimento da linguagem, da coordenação motora e do vínculo afetivo com os pais.

Crianças em idade escolar

Crianças entre 6 e 12 anos são impactadas pelo excesso de telas de forma direta no rendimento escolar e no comportamento. Muitas apresentam agitação, déficit de atenção e maior tendência ao isolamento. A substituição de atividades físicas, leitura e brincadeiras ao ar livre por telas é um dos principais fatores associados a esses efeitos.

Adolescentes

Para os adolescentes, o desafio é ainda maior. Eles usam telas para estudar, interagir socialmente, se entreter e até consumir notícias. O excesso de tempo online está relacionado a problemas de autoestima, ansiedade, comparação social e dependência digital, além de distúrbios do sono e desmotivação escolar.

Adultos

Embora adultos tenham mais controle cognitivo, também são afetados. A produtividade no trabalho sofre com interrupções constantes. Além disso, o uso de telas antes de dormir afeta a produção de melatonina e a qualidade do sono. O resultado é cansaço, irritabilidade e dificuldade para manter o foco ao longo do dia.

Idosos

Os idosos podem se beneficiar das telas para comunicação e entretenimento, mas também estão vulneráveis ao uso exagerado. Os impactos incluem insônia, agravamento de quadros de depressão e aceleração do declínio cognitivo em pessoas já predispostas.

O que dizem os estudos científicos

Pesquisas de neuroimagem

Estudos com ressonância magnética funcional indicam que adolescentes com uso intensivo de celulares apresentam alterações em áreas do cérebro ligadas à regulação emocional e ao controle da atenção. O padrão se aproxima do observado em transtornos como TDAH e ansiedade generalizada.

Revisões sistemáticas e meta-análises

Uma meta-análise publicada por universidades europeias analisou mais de 200 estudos sobre o impacto digital no cérebro infantil e concluiu que há relação direta entre tempo de tela e redução da cognição, especialmente em crianças com menos de 6 anos. O efeito é dose-dependente: quanto maior o tempo, maior o prejuízo.

Experimentos comportamentais

Pesquisadores também observaram que jovens expostos a mais de 5 horas por dia de redes sociais tinham níveis mais elevados de distração, impulsividade e queda na performance em testes de lógica e leitura crítica. O conteúdo fragmentado e superficial prejudica o pensamento analítico e a interpretação profunda.

Medidas recomendadas para mitigar os efeitos

Estabelecer limites claros

As famílias devem definir regras objetivas de tempo e uso. Crianças precisam de supervisão e horários pré-estabelecidos, além de acesso apenas a conteúdos apropriados. Adolescentes podem ser incentivados a alternar tempo online com atividades offline, como esportes, leitura e arte.

Incentivar o uso consciente da tecnologia

É possível promover um uso mais saudável da tecnologia com práticas como o “tempo de tela qualitativo”, em que o conteúdo consumido seja educativo, criativo ou interativo, e não apenas passivo. Evitar telas antes de dormir, durante as refeições e em momentos de convívio também é essencial.

Promover o contato com a natureza

Atividades ao ar livre e o contato com ambientes naturais estimulam outras áreas do cérebro, reduzem a ansiedade e melhoram a qualidade do sono. Passeios em parques, brincadeiras físicas e jogos de tabuleiro são alternativas saudáveis às telas.

Reforçar a educação digital nas escolas

Além da família, a escola tem papel fundamental na formação de uma consciência crítica sobre o uso das tecnologias. Programas de educação midiática e saúde digital podem ajudar os estudantes a reconhecer os efeitos negativos e buscar um equilíbrio entre o mundo real e o virtual.

Considerações finais

O excesso de telas é um fenômeno crescente que exige atenção urgente de pais, educadores, profissionais da saúde e da sociedade em geral. Os impactos no cérebro e na cognição são reais, progressivos e, muitas vezes, silenciosos. No entanto, é possível reverter esse quadro com informação, disciplina, consciência e estímulo a hábitos saudáveis desde a infância. A chave está no equilíbrio.

Tags: cerebrosaúde mental

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