Um dos homens mais procurados de São Paulo, suspeito de assassinar o menino Joaquim é preso na Espanha. Pai chora ao saber
Em 2013, uma tragédia comoveu o Brasil: o garoto Joaquim Ponte, de apenas 3 anos, vivia com sua mãe, a psicóloga Natália Ponte e o padrasto, o técnico de informática Guilherme Longo, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e desapareceu no dia 5 de novembro de 2013. E quando foi encontrado, cinco dias depois, seu corpo estava no Rio Pardo, na cidade de Barretos.
Guilherme confessou ter matado a criança por estrangulamento – embora a investigação diga que ele matou o menino, que era diabético, com uma injeção de insulina – em setembro do ano passado e logo passou a ser considerado foragido pela Justiça.
De acordo com as autoridades, Longo se escondeu na Grande São Paulo, depois fugiu para o Uruguai (munido de documentos falsos e o passaporte de um primo) e na sequência foi para Barcelona, na Espanha, onde foi localizado por uma equipe de reportagem do Fantástico, da TV Globo.
O suspeito de assassinato foi encontrado após uma denúncia de uma chilena na página “Justiça Joaquim”, criada pelo pai do menino, Arthur Paes, no Facebook. E ele não segurou as lágrimas ao descobrir a prisão de Longo por meio de uma reportagem.
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O pai de Joaquim, Arthur Paes, não conteve a emoção ao saber da prisão de longo – Foto: TV Globo / Reprodução
Guilherme estava proibido por decisão judicial de deixar o Brasil, mas o fez usando o nome de seu primo, Gustavo Triani. Na Europa, o rapaz procurava por emprego próximo ao albergue onde estava hospedado e foi este o caminho que a equipe da Globo seguiu para poder identificá-lo.
Por WhatsApp, um produtor encaminhou uma mensagem para Longo pedindo para que eles pudessem se encontrar para tratar a respeito de uma oferta de trabalho. Quando a equipe o avistou, o encontro logo foi cancelado e imediatamente a Globo avisou a polícia no Brasil. E estando na lista de Difusão Vermelha da Interpol, Longo pôde ser preso mesmo em território estrangeiro.
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Guilherme Longo, no momento em que foi preso pela Interpol na Espanha – Foto: TV Globo / Reprodução
Em Barcelona, o padrasto de Joaquim está preso em uma penitenciária local e aguarda o término do processo de extradição para o Brasil, o que pode levar até um ano para ser finalizado.
Gustavo Triani, o primo cujo nome estava sendo usado por Longo, disse para o Fantástico que nunca autorizou que ele usasse seu nome e seus dados e alegou que desde 2013 os dois não tiveram mais contato.
Confira abaixo a reportagem completa realizada pelo Fantástico:

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo oferecia uma recompensa de R$ 50 mil para quem fornecesse qualquer informação que os ajudasse a chegar até o suspeito. Ele chegou a ser considerado um dos homens mais procurados do Estado, até sua prisão na capital catalã.
Denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, Longo pode ter uma pena de até 30 anos de prisão, enquanto Natália Ponte, por suposta omissão, também foi denunciada.


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Guilherme Longo, no momento em que foi preso pela Interpol na Espanha – Foto: TV Globo / Reprodução