Hassan é um menino sírio de apenas 7 anos, mas que já enfrenta um drama de gente grande. E não é dos conflitos de seu país que estou falando. O garotinho sofre com uma rara e incurável doença genética chamada epidermólise bulhosa. A condição causa sérias lesões na pele e nas mucosas, o que pode levar o paciente a desenvolver graves infecções e até mesmo câncer.
Em 2015, Hassan viveu um drama. O menino precisou ser internado às pressas em um hospital infantil de Bochum, na Alemanha. O pequeno sírio não reagia bem a nenhum tratamento e já tinha perdido mais de 60% da sua pele. E o quadro só piorava.
Conforte as alternativas para controlar a doença se tornavam cada vez mais escassas, uma equipe médica o conduziu a um tratamento nunca antes testado em humanos. A técnica envolvia a implantação de uma nova pele – cultivada em laboratórios com células-tronco – em cada uma das regiões onde o garoto era mais afetado.
Apesar de arriscada, a cirurgia teve prosseguimento. Hassan já havia perdido 80% de sua pele. Era grave. Assim, o novo tecido foi implantado em seus braços, pernas e em toda a região das costas. Feito isso, a expectativa era saber como o menino reagiria à operação.
E no final das contas, dois anos após o procedimento cirúrgico, o sírio parece uma outra pessoa. Sem ter desenvolvido nenhuma lesão ou passado por qualquer efeito colateral, a menino apresentou uma incrível reação ao tecido de pele recebido. Hoje, ele pode brincar, estudar e fazer muitas coisas que a sua condição não permitia. O transplante foi um sucesso e em fevereiro deste ano, ele recebeu alta hospitalar.
Confira como está Hassan hoje em dia em reportagem do Fantástico:













