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Turistas escapam por pouco após desabamento de torre histórica na China

Torre histórica de 650 anos desaba na China e provoca correria entre turistas

Uma torre secular localizada na cidade de Chuzhou, na província chinesa de Anhui, desabou parcialmente na tarde de segunda-feira, 19 de maio de 2025. O monumento, conhecido como Torre do Tambor de Fengyang, tinha mais de seis séculos de existência e era um dos principais atrativos turísticos da região. Vídeos do momento do desabamento rapidamente viralizaram, mostrando turistas correndo para escapar dos destroços.

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Estrutura ruiu sem vítimas, mas gerou pânico

Apesar do susto, ninguém ficou ferido. As imagens gravadas por visitantes mostram o colapso parcial da cobertura do edifício, que causou uma nuvem de poeira e assustou dezenas de pessoas. Testemunhas relataram que houve um forte estalo antes da queda, seguido do desprendimento das telhas e partes do telhado, especialmente do lado leste da torre.

A torre do tambor de Fengyang

Um monumento da era Ming

Erguida em 1375, durante a Dinastia Ming, a Torre do Tambor era uma das maiores e mais antigas do país. Servia originalmente como estrutura de aviso à população, utilizando sons de tambores e sinos para marcar as horas, anunciar eventos e emitir alertas militares. Com o tempo, se tornou símbolo cultural e patrimônio histórico da cidade de Fengyang.

Características arquitetônicas

A base da torre tinha cerca de 72 metros de comprimento, com uma altura de quase 16 metros. A construção misturava alvenaria sólida e madeira tradicional, com telhado de telhas curvas típicas da arquitetura chinesa clássica. Ornamentações detalhadas completavam o estilo imponente do monumento, considerado um dos últimos grandes exemplares da engenharia Ming ainda de pé.

Restauração recente levanta questionamentos

Obra de reforma foi concluída há pouco mais de um ano

Em setembro de 2023, a Torre do Tambor passou por uma ampla obra de restauração financiada pelo governo local. O projeto contou com investimento de mais de 3,4 milhões de yuans (cerca de R$ 2,4 milhões) e foi finalizado em março de 2024. O objetivo era preservar a estrutura histórica e reforçar sua segurança para os visitantes.

Investigação sobre possíveis falhas

O colapso, no entanto, levantou suspeitas sobre a qualidade da reforma. Autoridades da cidade de Chuzhou anunciaram que engenheiros e especialistas em patrimônio histórico estão avaliando o local para entender se houve falhas técnicas, uso de materiais inadequados ou negligência na execução das obras. A prefeitura também determinou a suspensão temporária das visitas a outros prédios históricos da região até a conclusão da análise.

Turistas registraram tudo

Cenas de pânico e correria viralizam

Os vídeos do incidente viralizaram nas redes sociais chinesas e rapidamente ganharam destaque internacional. Neles, é possível ver as telhas se desprendendo do topo da torre, com uma nuvem de poeira tomando o local. Muitos turistas correm, outros filmam e alguns se protegem atrás de pilares. A cena, apesar de não ter resultado em feridos, gerou indignação e protestos nas plataformas digitais.

Relatos de quem estava presente

Segundo uma turista que estava em uma loja ao lado da torre, o som da estrutura cedendo foi alto e repentino. “Parecia uma sequência de explosões, como se a torre estivesse desmoronando por dentro”, disse. Ela afirmou que saiu correndo assim que viu pedaços do telhado voando em direção à rua.

Impacto cultural e reação nas redes

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Imagem – cookiestudio/Freepik

Perda para o patrimônio chinês

O desabamento parcial da Torre do Tambor representa um duro golpe para o patrimônio histórico da China. Além do valor arquitetônico, a torre é um símbolo identitário da cidade de Fengyang. Sua queda, mesmo que parcial, foi tratada por moradores e autoridades como uma tragédia cultural.

Debate sobre preservação do passado

O episódio reacendeu debates sobre a preservação do patrimônio histórico na China. Internautas criticaram a pressa na entrega da obra de restauração e exigem uma apuração rigorosa para que o caso não se repita em outros pontos turísticos. Historiadores alertam que muitos edifícios antigos no país enfrentam riscos semelhantes, principalmente devido à falta de manutenção contínua.

Tendência entre jovens: turismo histórico em alta

A torre vinha se destacando nos últimos anos por atrair um público cada vez mais jovem, interessado em turismo cultural e roteiros históricos. Grupos escolares, famílias e viajantes autônomos buscavam o local para aprender mais sobre a história imperial chinesa. A expectativa, agora, é que parte desse fluxo migre para cidades vizinhas até que a torre seja recuperada.

Medidas emergenciais e próximos passos

Isolamento da área e vistoria técnica

Logo após o colapso, a área ao redor da torre foi isolada pela polícia local. Técnicos do Departamento Municipal de Cultura e Patrimônio foram acionados para avaliar a estrutura remanescente. O objetivo é impedir novos desabamentos e evitar acidentes com curiosos ou moradores que ainda circulam pela área.

Restauração será reavaliada

O governo municipal de Chuzhou anunciou que a restauração da torre será revista. Caso sejam encontradas falhas graves no projeto anterior, uma nova licitação será aberta para contratar uma equipe especializada. Ainda não há previsão de reabertura do local ao público.

Apoio do governo central

O Ministério da Cultura e Turismo da China afirmou, em nota oficial, que acompanhará o caso de perto e oferecerá suporte técnico para garantir que a Torre do Tambor seja restaurada com segurança e fidelidade histórica. O ministério também informou que revisará protocolos de inspeção em obras de restauração realizadas em outras cidades com monumentos antigos.

Considerações finais

O colapso da Torre do Tambor de Fengyang representa mais do que uma falha estrutural — é um alerta para a urgência de preservar, com responsabilidade, os bens culturais de valor incalculável. Felizmente, não houve vítimas, mas o episódio deixa uma lição clara sobre a importância da fiscalização, do planejamento adequado e da execução rigorosa em obras que envolvem a memória histórica de um povo.

Enquanto aguardam as conclusões da investigação, turistas, historiadores e a população local lamentam a perda de um pedaço visível da história da China.

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