Quando se trata de questões referentes ao meio ambiente, muitos de nós temos um péssimo hábito: dizemos nos preocupar, mas é só do próximo que esperamos ação. Você já plantou uma árvore, por exemplo? Reduziu o seu consumo de água? Deixou de usar tantos produtos e materiais que são nocivos à natureza?
São várias as perguntas, mas vamos focar em apenas uma delas – não para seguir questionando, mas sim, para inspirar com a incrível história de um homem que sozinho plantou uma floresta. Difícil de acreditar? Então, vamos lá!
Quando era adolescente, o indiano Jadav “Molai” Payeng decidiu que queria fazer algo para ajudar a natureza e começou a plantar árvores. Contudo, o rapaz tomou gosto pela coisa e passou a plantar pelo menos uma árvore por dia, no mesmo lugar, durante nada mais, nada menos do que 37 anos.

Jadav plantava (e ainda planta) suas sementes em uma região arenosa e mais ou menos deserta, mas com um solo que pode ser aproveitado. Com o tempo, sua ambição ficou maior e ele decidiu que queria criar um habitat para a vida selvagem e que, ao mesmo tempo, serviria como uma lição e um protesto às pessoas que cortam árvores.
Com os esforços de seus 37 anos dedicados a ajudar a vida selvagem, ele construiu um novo ecossistema. Estima-se que a floresta na qual Jadav presta sua solidariedade ambiental se aproxima de um tamanho de 1.360 acres (pouco mais de 550 hectares – não é pouca coisa).

O ponto de partida para a iniciativa tomada pelo indiano foi quando, após uma inundação, ele encontrou um considerável número de cobras mortas. Os répteis falecidos o encorajaram a construir um habitat onde os animais não precisassem se sentir ameaçados ou sob o risco de perderem o seu lar.
“As cobras morreram no calor, sem qualquer sombra de uma árvore. Sentei-me e chorei sobre suas formas sem vida. Foi uma carnificina. Eu avisei o departamento florestal e perguntei-lhes se podiam cultivar árvores ali. Eles disseram que nada cresceria ali. Em vez disso, eles me pediram para tentar cultivar bambu. Foi doloroso, mas eu fiz isso. Não havia ninguém para me ajudar. Ninguém estava interessado”, comentou.
A floresta de Jadav conta hoje com centenas de animais, o que inclui elefantes, rinocerontes, veados e até mesmo um par de tigres, dentre muitas outras espécies: “Vou continuar a plantar até o meu último suspiro”.












