O universo dos animes recebeu em 2025 uma obra que vem chamando atenção pela proposta ousada e linguagem única: To Be Hero X. Derivado de uma franquia iniciada em 2016, o título não apenas amplia o universo de To Be Hero, mas também se consolida como uma produção que transcende fronteiras, sendo fruto da colaboração entre Japão e China.
Neste artigo, você vai conhecer curiosidades fascinantes sobre o anime, entender os elementos que o tornam tão diferente, e descobrir por que ele tem conquistado fãs ao redor do mundo.
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O universo expandido da franquia
Da comédia escrachada à crítica social
A trajetória começou com To Be Hero, em 2016, uma série curta e bastante humorística que narrava a transformação de um pai solteiro comum em um herói grotesco. Depois veio To Be Heroine, em 2018, mais dramática e centrada em uma jovem que precisa lidar com dilemas complexos em um universo paralelo.
Agora, em To Be Hero X, a história é ainda mais densa, com reflexões sobre fama, reputação e confiança coletiva. Trata-se de uma obra que equilibra drama, ação e uma dose afiada de crítica contemporânea.
A confiança é o que dá poder aos heróis
Um dos elementos centrais de To Be Hero X é a ideia de que os superpoderes dos personagens vêm diretamente da confiança que o público deposita neles. Ou seja, heróis não nascem com dons especiais, mas se tornam poderosos à medida que conquistam a opinião pública.
Quando o prestígio some, os poderes também desaparecem
A popularidade pode ser efêmera. No anime, basta uma queda na reputação — como uma crise de imagem nas redes sociais — para que o herói perca seus poderes. É uma metáfora clara sobre o mundo atual, em que a fama depende de constantes validações sociais.
O título de “X”: uma incógnita poderosa
No topo do sistema de classificação de heróis, encontra-se o misterioso “X” — uma figura quase mítica que alcançou o nível máximo de confiança pública, sem pertencer a nenhuma organização ou agência.
O personagem é envolto em mistério: sua origem, objetivos e identidade são mantidos em segredo por boa parte da narrativa. Esse suspense instiga o espectador e movimenta a trama principal, baseada em um sistema competitivo que atualiza os rankings de dois em dois anos.
O elenco de voz impressiona
A qualidade da dublagem japonesa de To Be Hero X é um dos destaques. A produção escalou nomes de peso, como:
- Mamoru Miyano (voz de X)
- Kana Hanazawa (voz de Queen)
- Yūichi Nakamura (voz de Ghostblade)
- Ayane Sakura, Inori Minase e Natsuki Hanae, entre outros
Esse elenco não só reforça o peso da produção como ajuda a dar profundidade emocional aos personagens, com performances marcantes que contribuem para o tom dramático da obra.
Trilha sonora de tirar o fôlego
Para acompanhar o clima de tensão e intensidade de To Be Hero X, a trilha sonora foi pensada com extremo cuidado. Um dos nomes envolvidos é Hiroyuki Sawano, conhecido por seu trabalho em Attack on Titan e Gundam.
Outros compositores notáveis incluem:
- Kohta Yamamoto
- Hidefumi Kenmochi
- Daiki (AWSM.)
- Ryuichi Takada (MONACA)
A abertura, “INERTIA”, e o encerramento, “KONTINUUM”, são peças-chave na ambientação emocional da série.
Uma produção internacional

To Be Hero X é fruto de uma coprodução entre bilibili, Aniplex e BeDream, reunindo talentos de estúdios japoneses e chineses. A animação foi realizada por:
- Studio LAN
- Paper Plane Animation
- Pb Animation Co. Ltd
A união das duas culturas traz à tona um estilo híbrido, que mescla a estética japonesa tradicional com o dinamismo de obras chinesas modernas.
Não precisa ver as temporadas anteriores
Embora faça parte da mesma franquia, To Be Hero X funciona de forma independente. Quem não assistiu aos títulos anteriores não terá dificuldade para compreender a trama, pois a série apresenta novos personagens, um novo universo e um arco narrativo inédito.
Para os fãs antigos, há referências e easter eggs. Já para os novatos, é uma excelente porta de entrada para esse universo.
Crítica à sociedade da aparência
Um dos aspectos mais instigantes de To Be Hero X é sua crítica ao culto da imagem. Ao mostrar heróis que dependem do olhar público para se manterem relevantes, o anime convida à reflexão sobre temas como:
- A influência das redes sociais
- O cancelamento digital
- A superficialidade da fama
- A pressão por manter uma imagem perfeita
Em tempos em que a reputação é moeda social, a série propõe uma pergunta: até onde vale a pena manter uma máscara para agradar os outros?
Personagens marcantes e visual impactante
Cada personagem possui um design único e expressivo, que comunica não apenas sua função narrativa, mas também sua personalidade. A direção de arte explora contrastes, cores vibrantes e traços marcantes, resultando em uma identidade visual própria e facilmente reconhecível.
Lançamento global com acesso facilitado
To Be Hero X foi lançado simultaneamente em diversas plataformas de streaming, o que aumentou sua base de fãs internacional. Com dublagens e legendas em diferentes idiomas, a série alcança espectadores de todo o mundo — uma estratégia inteligente diante do crescimento do consumo global de anime.
Impacto e recepção da crítica
Desde sua estreia, To Be Hero X tem recebido elogios por sua originalidade, roteiro inteligente e críticas sociais bem construídas. Fãs destacam o equilíbrio entre ação, humor e reflexão como um diferencial em relação a outros títulos do gênero.
Plataformas especializadas e fóruns de anime já colocam a série entre os melhores lançamentos do ano, prevendo prêmios e reconhecimento internacional.
Considerações finais
To Be Hero X é mais do que um anime sobre superpoderes. É uma obra que dialoga com o mundo moderno, usando elementos fantásticos para discutir a natureza da confiança, o impacto da exposição pública e os desafios de ser verdadeiro em uma sociedade que valoriza aparências.
Com uma produção técnica de alto nível, personagens cativantes e um universo repleto de possibilidades, a série tem tudo para se consolidar como uma referência entre as grandes produções desta década.
Se você ainda não começou a assistir, talvez esta seja a sua chance de conhecer uma obra que vai além da ação e mergulha nos dilemas da nossa era digital.


