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Teste do pezinho ajuda a prevenir sete doenças graves em recém-nascidos

Simples, rápido e fundamental. Assim é o teste do pezinho, exame que deve ser realizado entre o 3º e o 5º dia de vida de todos os recém-nascidos no Brasil. A coleta, feita a partir de algumas gotas de sangue no calcanhar do bebê, tem o poder de detectar doenças sérias antes mesmo do surgimento dos sintomas, possibilitando tratamentos precoces e eficientes.

Instituído no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2001, o teste é parte essencial da chamada triagem neonatal, e representa um marco na prevenção de enfermidades que, sem diagnóstico rápido, podem gerar sequelas graves ou até levar à morte.

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O que é o teste do pezinho?

Como é feito o exame

O teste é realizado com a coleta de uma pequena quantidade de sangue do calcanhar do bebê, geralmente em hospitais ou postos de saúde. Essa amostra é enviada a laboratórios especializados, que analisam a presença de alterações genéticas, metabólicas ou infecciosas.

Quando deve ser feito

O ideal é que o exame seja realizado entre o 3º e o 5º dia após o nascimento. Antes disso, o organismo do bebê ainda está em adaptação, o que pode comprometer os resultados. Depois desse período, corre-se o risco de atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.

Por que é tão importante

Mesmo que a criança pareça saudável, algumas doenças silenciosas só se manifestam tardiamente. Com o teste do pezinho, é possível iniciar o tratamento antes de surgirem sintomas graves, aumentando as chances de controle e qualidade de vida.

Sete doenças que o teste identifica

O exame oferecido gratuitamente pelo SUS atualmente cobre sete doenças principais, todas com potencial de causar complicações severas se não forem tratadas a tempo.

Hipotireoidismo congênito

É a ausência ou funcionamento inadequado da glândula tireoide. Sem tratamento, pode levar a retardo mental e crescimento comprometido. Com o diagnóstico precoce, a reposição hormonal garante desenvolvimento normal.

Fenilcetonúria

Doença metabólica causada pela incapacidade de quebrar a fenilalanina, um aminoácido presente em vários alimentos. Se não tratada, provoca lesões cerebrais. O controle é feito por meio de dieta especial e acompanhamento nutricional.

Fibrose cística

Afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo, causando acúmulo de muco e dificultando a respiração e a absorção de nutrientes. Com diagnóstico precoce, é possível adotar medicamentos, fisioterapia e suplementação para melhorar a qualidade de vida.

Doença falciforme e outras hemoglobinopatias

Trata-se de alterações nos glóbulos vermelhos, que causam anemia e crises de dor. A triagem permite o início de um acompanhamento com medicamentos, vacinas e orientação para evitar crises.

Deficiência de biotinidase

Distúrbio hereditário que impede a utilização adequada da biotina (vitamina B7). Pode causar convulsões, problemas de pele e audição. O tratamento é feito com suplementação vitamínica, simples e eficaz.

Hiperplasia adrenal congênita

Afeta a produção de hormônios pelas glândulas adrenais, podendo causar desidratação severa e problemas no desenvolvimento sexual. A reposição hormonal evita complicações e permite crescimento saudável.

Toxoplasmose congênita

Infecção transmitida da mãe para o bebê durante a gestação. Pode afetar a visão, audição e o sistema nervoso. Com o tratamento iniciado cedo, as chances de complicações são drasticamente reduzidas.

Vantagens do diagnóstico precoce

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Intervenção imediata

Com o diagnóstico em mãos logo após o nascimento, é possível começar o tratamento nos primeiros dias de vida, o que muitas vezes impede o avanço da doença.

Menos internações e sequelas

Ao detectar a condição antes da manifestação dos sintomas, o tratamento precoce ajuda a evitar crises, complicações, internações prolongadas e até mortes.

Apoio contínuo

As crianças com diagnóstico confirmado são encaminhadas para programas de acompanhamento, com profissionais especializados que monitoram a evolução da doença e orientam os cuidadores.

Papel do SUS e dos profissionais de saúde

Como o SUS oferece o exame

O teste é gratuito e universal, estando disponível em todas as maternidades da rede pública, unidades básicas de saúde e hospitais conveniados. A logística inclui coleta, envio da amostra para laboratórios e notificação dos resultados.

A importância da orientação médica

Profissionais da saúde, como obstetras, enfermeiros e pediatras, têm papel essencial na educação das famílias sobre a importância do teste e sobre a necessidade de retorno para reavaliação, caso o exame indique alguma alteração.

Campanhas de conscientização

Dia Nacional do Teste do Pezinho

Comemorado em 6 de junho, o Dia Nacional do Teste do Pezinho é uma oportunidade para reforçar a importância desse exame. Neste período, ocorrem campanhas em maternidades, nas redes sociais e na mídia, alertando pais e responsáveis sobre os prazos e os cuidados com a saúde do recém-nascido.

Iniciativas educativas

Hospitais, prefeituras e organizações de saúde também promovem treinamentos para equipes médicas, produção de materiais informativos e mobilizações para aumentar a cobertura do teste.

O que os pais precisam saber

Não perca o prazo

O teste deve ser feito entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. Se for realizado fora desse período, a precisão dos resultados pode ser prejudicada.

Confirme a realização

Mesmo em hospitais particulares, verifique se o teste foi feito e se a amostra foi enviada corretamente. Guarde o comprovante da coleta.

Acompanhe o resultado

Se o laboratório identificar alguma alteração, será necessário repetir o exame ou fazer novos testes para confirmar o diagnóstico. Não ignore os convites para reavaliação.

Limitações e próximos avanços

Detecção restrita

O teste tradicional cobre sete doenças, mas há versões ampliadas na rede privada que podem identificar até 50 enfermidades. No entanto, nem todas são clinicamente relevantes, e a escolha deve ser feita com orientação médica.

Propostas de ampliação

Tramitam projetos para ampliar a cobertura do teste básico no SUS, incluindo novas doenças como atrofia muscular espinhal (AME). A ampliação exige investimentos, atualização dos protocolos e capacitação das equipes.

Considerações finais

O teste do pezinho é uma das ferramentas mais importantes da saúde pública brasileira na prevenção de doenças graves na infância. Ele representa um direito da criança e um dever do Estado, garantindo a chance de um desenvolvimento saudável desde os primeiros dias de vida.

Realizado de forma simples e gratuita, o exame salva vidas, evita sequelas e contribui para uma sociedade mais saudável e informada. Por isso, é essencial que pais, profissionais da saúde e gestores públicos unam esforços para garantir que todos os bebês tenham acesso a essa triagem vital no tempo correto. Uma simples picada no calcanhar pode mudar o futuro de uma criança.

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