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TDAH em cães? Estudo aponta sintomas de hiperatividade e falta de atenção em pets

Um estudo recente despertou a atenção de tutores e especialistas ao indicar que cães podem apresentar padrões de comportamento muito semelhantes ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) descrito em humanos. Essa condição, chamada de “TDAH-like” na literatura científica, engloba características como hiperatividade constante, dificuldade de concentração e impulsividade, que vão além do comportamento considerado normal para determinadas raças.

O tema reacendeu o debate sobre saúde mental em animais de companhia, a necessidade de mais pesquisas e a importância de observar sinais de alteração comportamental nos cães.

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O que significa “TDAH-like” nos cães

Sem diagnóstico oficial

Embora o termo seja usado em estudos, o TDAH não é oficialmente reconhecido como um diagnóstico em medicina veterinária. Os especialistas utilizam a expressão apenas para comparar sintomas caninos com os quadros humanos, de modo a facilitar a análise e compreensão dos padrões de comportamento atípicos.

Crescimento dos estudos

Nos últimos anos, pesquisas de universidades europeias e norte-americanas têm buscado mapear sinais de impulsividade e desatenção em cães, criando escalas de observação que ajudam veterinários comportamentais a identificar possíveis casos.

Principais sintomas observados

Hiperatividade além do normal

Enquanto cães jovens são naturalmente agitados, os animais estudados apresentaram energia incontrolável, dificuldade de permanecer parados e movimentação contínua, mesmo após exercícios físicos intensos.

Impulsividade frequente

Outro sinal identificado é a ação sem autocontrole: pular em pessoas sem comando, destruir objetos repentinamente, correr atrás de estímulos de forma incontrolada ou iniciar brincadeiras de forma abrupta.

Desatenção e distração

Cães com esse padrão também demonstram dificuldade em focar em comandos simples, interrompem atividades com facilidade e se distraem constantemente com sons ou movimentos ao redor.

Outros comportamentos associados

  • Latidos excessivos sem motivo aparente
  • Resistência em obedecer a comandos como “fica” ou “senta”
  • Comportamento destrutivo dentro de casa
  • Irritação rápida e baixa tolerância à frustração

Possíveis causas e fatores de risco

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Genética e predisposição racial

Algumas raças historicamente criadas para caça, pastoreio ou esportes de alta intensidade parecem mais propensas a apresentar comportamentos de hiperatividade. Pesquisadores acreditam que pode existir um componente hereditário.

Ambiente e rotina

A forma como o cão é criado tem papel decisivo. Animais que passam muito tempo sozinhos, sem estímulos físicos e mentais suficientes, apresentam maior tendência a desenvolver sinais semelhantes ao TDAH.

Experiência do tutor

Pesquisas apontam que cães criados por tutores inexperientes ou que utilizam métodos punitivos de adestramento demonstram maior índice de impulsividade e dificuldade de concentração.

Como diferenciar um cão ativo de um cão com TDAH-like

É natural que cães tenham energia e sejam curiosos, especialmente durante a fase de crescimento. A diferença está na persistência, intensidade e impacto no convívio. Se os comportamentos de agitação e desatenção são constantes, atrapalham o bem-estar do animal e comprometem a relação com a família, pode ser um indicativo de TDAH-like.

Diagnóstico veterinário

Avaliação comportamental

O processo de diagnóstico envolve entrevista detalhada com o tutor, observação direta do animal e uso de questionários padronizados adaptados de pesquisas humanas.

Exclusão de outras causas

Antes de considerar um quadro de TDAH-like, é essencial descartar problemas de saúde que podem provocar sintomas semelhantes, como dor crônica, distúrbios hormonais, ansiedade por separação ou falta de socialização.

Manejo e tratamento

Atividade física e estímulo mental

A recomendação inicial é intensificar os exercícios diários e oferecer brinquedos interativos, enriquecimento ambiental e treinamento baseado em reforço positivo.

Treinamento estruturado

Sessões de adestramento curtas e consistentes ajudam a reduzir a impulsividade e melhorar a capacidade de atenção.

Uso de medicação

Em situações graves, veterinários podem indicar medicamentos usados em distúrbios comportamentais caninos, mas sempre com acompanhamento rigoroso.

Limites e precauções

  • Não existe comprovação científica definitiva de que o TDAH em cães seja equivalente ao humano.
  • O uso de medicamentos sem prescrição veterinária é perigoso e pode causar intoxicação.
  • Muitos comportamentos considerados “anormais” podem ser resultado de ambiente inadequado ou falta de estímulo.

O impacto para tutores e veterinários

Importância da conscientização

Reconhecer que cães também podem enfrentar desafios comportamentais ajuda tutores a buscar ajuda profissional em vez de punir o animal.

Papel da pesquisa

Quanto mais estudos forem realizados, mais será possível definir critérios claros para identificar e tratar cães com sintomas semelhantes ao TDAH.

Desafios futuros

Ainda há necessidade de padronizar protocolos, formar veterinários especializados em comportamento e ampliar a conscientização pública sobre saúde mental animal.

Considerações finais

A ideia de que cães podem apresentar comportamentos parecidos com o TDAH humano é relativamente nova, mas já trouxe reflexões importantes sobre como observamos e tratamos nossos pets. Embora não exista um diagnóstico oficial, os sinais de hiperatividade, impulsividade e falta de atenção exigem atenção de tutores e veterinários.

Com acompanhamento adequado, ajustes na rotina e, em casos específicos, tratamento médico, é possível garantir mais qualidade de vida para os cães e tranquilidade para suas famílias.

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