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TDAH: como identificar os sinais, obter diagnóstico e entender os impactos do transtorno

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido como TDAH, é uma condição de origem neurológica que compromete funções como concentração, controle dos impulsos e organização. Ele pode aparecer na infância e, muitas vezes, se estende até a fase adulta. Estima-se que o transtorno afete aproximadamente 5% das crianças em idade escolar e entre 2% e 4% dos adultos.

Pessoas com TDAH enfrentam desafios frequentes para manter o foco, seguir rotinas, evitar distrações e controlar impulsos. Os sintomas variam de acordo com a idade e podem gerar impactos relevantes na vida pessoal, acadêmica e profissional.

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Quais são os sintomas do TDAH?

Em crianças

Os sinais do TDAH costumam surgir entre os 4 e 7 anos de idade. Os mais comuns são:

  • Dificuldade em manter a atenção em tarefas simples
  • Esquecimento constante de objetos e compromissos
  • Agitação física, como correr ou se mexer excessivamente
  • Impaciência para esperar a vez em brincadeiras ou conversas
  • Interrupções frequentes em diálogos ou atividades

Esses comportamentos vão além do que se espera para a idade e tendem a se repetir em diferentes ambientes, como casa e escola.

Em adolescentes

Na adolescência, alguns sintomas mudam de forma, mas continuam presentes:

  • Problemas para se organizar com prazos escolares
  • Tendência à procrastinação
  • Baixa tolerância à frustração
  • Falta de atenção em atividades que exigem concentração contínua
  • Impulsividade em decisões e comportamentos

O adolescente com TDAH pode enfrentar dificuldades acadêmicas, baixa autoestima e desenvolver quadros de ansiedade ou depressão se não for diagnosticado e apoiado adequadamente.

Em adultos

Muitos adultos que convivem com o transtorno não foram diagnosticados na infância. Nessa fase, os sinais podem ser mais sutis e, por vezes, confundidos com características de personalidade. Os principais sintomas incluem:

  • Dificuldade crônica de organização
  • Atrasos frequentes e esquecimentos
  • Sensação de inquietude interna
  • Falta de foco em tarefas prolongadas
  • Dificuldade em seguir rotinas ou manter empregos
  • Impulsividade em decisões financeiras, profissionais ou emocionais

O diagnóstico na vida adulta pode ajudar a pessoa a compreender muitos dos desafios que enfrentou ao longo da vida e buscar estratégias para lidar melhor com eles.

Quais os tipos de TDAH?

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Imagem – Bestofweb/Canva

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TDAH é dividido em três apresentações:

1. Tipo predominantemente desatento

A pessoa apresenta mais sintomas relacionados à falta de atenção. Costuma ser confundido com distração comum, especialmente em meninas, o que dificulta o diagnóstico.

2. Tipo predominantemente hiperativo-impulsivo

Caracteriza-se por comportamentos como agitação constante, impulsividade e necessidade de movimento. É mais facilmente identificado na infância.

3. Tipo combinado

Nesse caso, a pessoa apresenta tanto sintomas de desatenção quanto de hiperatividade e impulsividade. É a forma mais comum do transtorno.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do TDAH é clínico, ou seja, não existe um exame de sangue ou imagem que confirme a presença do transtorno. O profissional — que pode ser um psiquiatra, neurologista ou psicólogo especializado — irá considerar:

  • Histórico do paciente desde a infância
  • Frequência e intensidade dos sintomas
  • Impacto dos comportamentos no dia a dia
  • Entrevistas com familiares ou professores
  • Questionários padronizados de avaliação

Para ser confirmado, os sintomas precisam estar presentes há pelo menos seis meses e se manifestar em mais de um ambiente (como casa e trabalho, ou casa e escola).

O que pode causar o TDAH?

O TDAH tem forte base genética. Estudos indicam que cerca de 75% dos casos têm origem hereditária. Outros fatores também podem influenciar o desenvolvimento do transtorno:

  • Exposição a álcool, nicotina ou drogas na gestação
  • Parto prematuro ou complicações no nascimento
  • Baixo peso ao nascer
  • Estresse severo ou traumas na infância

Apesar dessas associações, não há uma causa única para o TDAH. Trata-se de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Quais os impactos do TDAH na vida?

Na infância e adolescência

O transtorno pode afetar o desempenho escolar, dificultar a socialização com colegas e abalar a autoestima. Crianças e adolescentes com TDAH costumam ouvir críticas constantes sobre sua distração ou comportamento agitado, o que pode gerar frustração e insegurança.

Na vida adulta

Adultos com TDAH não tratado podem enfrentar dificuldades para manter empregos, concluir tarefas, cumprir horários e organizar rotinas. Também é comum que tenham relacionamentos instáveis, tomem decisões impulsivas e apresentem histórico de fracassos repetidos. Em muitos casos, o transtorno está associado à ansiedade, depressão, baixa autoestima e uso abusivo de substâncias.

Existe tratamento para o TDAH?

Sim. O tratamento do TDAH costuma combinar abordagens:

Terapia medicamentosa

Medicamentos estimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, são amplamente utilizados. Eles atuam regulando neurotransmissores cerebrais como a dopamina. Em alguns casos, são indicadas medicações não estimulantes. A prescrição deve ser feita por um profissional habilitado, após avaliação detalhada.

Psicoterapia

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das mais eficazes. Ela ajuda o paciente a desenvolver estratégias para lidar com distração, impulsividade, organização e autoestima.

Intervenção educacional e adaptação ambiental

No caso de crianças e adolescentes, o apoio da escola e da família é essencial. Adaptações na rotina, uso de agendas visuais, reforço positivo e estrutura previsível favorecem o desenvolvimento. Em adultos, ferramentas de produtividade, lembretes e técnicas de gerenciamento de tempo são grandes aliadas.

É possível ter qualidade de vida com TDAH?

Sim. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio multidisciplinar, pessoas com TDAH podem ter uma vida equilibrada e produtiva. Reconhecer suas dificuldades, respeitar seus limites e buscar estratégias adaptativas faz toda a diferença.

Considerações finais

O TDAH é um transtorno real e frequente, que pode causar prejuízos significativos se não for identificado e tratado. Saber reconhecer os sintomas, buscar ajuda especializada e adotar medidas terapêuticas é essencial para transformar desafios em superações. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de minimizar impactos e melhorar a qualidade de vida em todas as fases. Afinal, entender o TDAH é o primeiro passo para conviver melhor com ele.

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