Mais de cem anos se passaram desde a última vez que uma tartaruga bebê foi vista nas Ilhas Pinzón de Galápagos e hoje um pequeno número de filhotes de tartarugas foi visto no lugar novamente. Mas estas pequenas criaturas trazem ainda muitas notícias boas para a espécie, uma vez que seu nascimento pode significar uma grande ajuda para estes animais em perigo crítico, de ter um novo começo e sair da condição de ameaça que as levou muito perto dos limites de sua extinção devido ao efeito e das ações do ser humano.

“Estou espantado que as tartarugas deram-nos a oportunidade de corrigir nossos erros depois de tanto tempo”, disse o investigador James Gibbs que estava presente quando os primeiros ovos eclodiram em Dezembro de 2014.
Quando os navegantes chegaram pela primeira vez à ilha no século 18, inadvertidamente começaram uma catástrofe ambiental que demorou muitas gerações para ser corrigida. Os ratos à bordo dos barcos rapidamente se apropriaram do frágil ecossistema da ilha e fizeram uma festa com os ovos das tartarugas que até então, contavam com poucos predadores. A influência dos ratos foi tão devastadora que nas décadas seguintes nenhuma cria de tartaruga sobreviveu e isso foi o começo de uma rápida viagem à extinção desta espécie. Porém agora, o ser humano procura corrigir este erro e tem ajudado para que as tartarugas retornem à ilha.

Nos anos 60, um grupo de ambientalistas começou um plano para preservar a espécie, que até então só contava com 100 exemplares vivos. Os poucos ovos que encontraram intactos na praia foram coletados e incubados em outra ilha e após o nascimento das tartarugas, eles as criaram por mais 5 anos para garantir sua sobrevivência. Porém os problemas com os ratos na ilha continuavam, de modo que optaram por uma manobra arriscada.
Em 2012 biólogos derramaram veneno, criado somente para atrair os ratos, de helicópteros e funcionou: pela primeira vez em muitos anos puderam declara a ilha como “livre de ratos”. A incrível erradicação dos ratos na lista criou a oportunidade para que as tartarugas pudessem sobreviver novamente na ilha, segundo comentou Gibbs.

“Fizemos um reconhecimento (em Dezembro) para ver se tinha funcionado para as tartarugas e encontramos 10 lugares com ninhos. Esta era a primeira vez em 100 anos que isto ocorria de forma natural e selvagem na ilha”, adicionou. “Dadas às probabilidades de projeção, estou seguro de que existem mais de uma centena de lugares ai”, finalizou.
Visto em: The Dodo












