A visão de Hawking sobre astrologia: ciência ou superstição?
Stephen Hawking, conhecido mundialmente por suas contribuições à física teórica e à cosmologia, também se posicionava de maneira clara quando o assunto envolvia crenças sem comprovação científica. Um de seus alvos mais frequentes era a astrologia — o sistema de crença que associa os movimentos dos corpos celestes ao comportamento humano. Para Hawking, a astrologia não passava de uma superstição disfarçada de ciência.
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Astrologia na cultura popular
A persistência da crença
Mesmo com o avanço da ciência, a astrologia segue popular. Horóscopos são publicados diariamente em jornais, sites e redes sociais, e muitas pessoas ainda tomam decisões com base em signos. A sensação de pertencimento e a busca por respostas simples em tempos incertos explicam parte dessa adesão.
A diferença entre astronomia e astrologia
Hawking fazia questão de distinguir os dois termos. Enquanto a astronomia é um campo científico dedicado ao estudo dos astros com métodos empíricos, a astrologia é uma crença que tenta estabelecer relações subjetivas entre constelações e personalidades humanas — sem respaldo científico.
O que Hawking realmente dizia
Ceticismo fundamentado
Stephen Hawking usava sua plataforma para incentivar o pensamento crítico. Em palestras, livros e entrevistas, ele frequentemente defendia que devemos questionar tudo aquilo que não pode ser testado ou reproduzido com evidências concretas — critérios que, segundo ele, a astrologia não cumpre.
Frases emblemáticas
Uma citação famosa atribuída a Hawking resume bem sua visão: “As pessoas precisam aprender a olhar para as estrelas de verdade, não para o horóscopo.” Para ele, o encantamento com o universo deveria inspirar curiosidade científica, e não levar à aceitação de previsões genéricas e infundadas.
Por que Hawking rejeitava a astrologia

Falta de base científica
Para que uma ideia seja considerada científica, é preciso que ela possa ser testada, reproduzida e analisada por diferentes grupos de forma objetiva. A astrologia, por sua natureza subjetiva, falha nesses critérios.
Generalizações perigosas
As interpretações astrológicas são geralmente vagas e adaptáveis a qualquer situação. Isso dificulta a realização de testes rigorosos. Hawking argumentava que essas generalizações apelam à psicologia humana, não à ciência.
O papel da ciência segundo Hawking
A busca por explicações reais
Para Hawking, a ciência deveria ser o instrumento por meio do qual o ser humano compreende o universo. Ele defendia que é por meio de equações, experimentos e observações verificáveis que conseguimos de fato entender as leis que regem a natureza.
A importância do método científico
Ele valorizava profundamente o método científico como ferramenta para separar o real do ilusório. Qualquer teoria, para ser válida, precisa gerar previsões que possam ser confirmadas ou refutadas. A astrologia, segundo ele, não oferece esse tipo de comprovação.
A visão de outros cientistas
Consenso acadêmico
A crítica de Hawking à astrologia não era isolada. Diversos físicos, astrônomos e psicólogos compartilham da mesma visão. Para a comunidade científica, não há evidências que justifiquem a relação entre a posição dos astros e os traços de personalidade humana.
Psicologia e viés de confirmação
Muitos especialistas apontam que a crença na astrologia está ligada ao viés de confirmação: tendência de prestar atenção apenas às informações que confirmam nossas crenças pré-existentes, ignorando o restante.
A astrologia como fenômeno social
Sentido, consolo e pertencimento
Embora sem base empírica, a astrologia oferece às pessoas sensação de conforto e orientação. Em tempos de incerteza ou estresse, recorrer ao horóscopo pode parecer uma forma de obter respostas rápidas — mesmo que imprecisas.
Hawking entendia, mas não aceitava
Hawking reconhecia a necessidade humana de encontrar sentido na existência. No entanto, para ele, isso deveria vir da busca pelo conhecimento real, e não de práticas que apenas reforçam ilusões.
Astrologia nas redes sociais
Influência de algoritmos
A popularidade da astrologia nas redes sociais foi impulsionada por algoritmos que promovem conteúdos de fácil consumo. Perfis com milhões de seguidores publicam “leituras astrais” diárias, reforçando a percepção de que astrologia é algo relevante.
Hawking e a internet
Embora pouco atuante diretamente em redes sociais, Hawking usava meios de comunicação para se posicionar. Suas entrevistas e citações ainda circulam amplamente no ambiente digital, especialmente quando o assunto é ciência versus superstição.
O apelo das previsões personalizadas
A ilusão de exclusividade
Muitas pessoas acreditam que os horóscopos são escritos exclusivamente para elas. No entanto, os textos são propositalmente ambíguos e amplos. Estudos demonstram que a maioria das pessoas se identifica com qualquer descrição positiva, mesmo que não tenha relação com seu signo.
O experimento de Forer
Em 1948, o psicólogo Bertram Forer aplicou o mesmo texto genérico a vários alunos, dizendo que era uma análise individual baseada em seus signos. A maioria avaliou o conteúdo como extremamente preciso. Isso demonstra o quanto a linguagem astrológica é estruturada para parecer válida — independentemente da sua veracidade.
Como Hawking via o futuro da ciência
O papel da educação
Hawking acreditava que o caminho para uma sociedade mais racional passava pela educação científica de qualidade. Ensinamentos baseados em curiosidade, lógica e observação empírica eram, para ele, essenciais.
Incentivo ao pensamento crítico
Ele estimulava as pessoas a questionarem tudo — inclusive suas próprias crenças. Para Hawking, aceitar algo apenas por tradição, popularidade ou conforto emocional era um obstáculo ao progresso humano.
O legado de Hawking
Muito além da física
Stephen Hawking será lembrado por suas contribuições à compreensão dos buracos negros e da origem do universo, mas também por sua defesa firme da ciência como guia do conhecimento humano.
Um convite à reflexão
Sua crítica à astrologia não foi um ataque gratuito à cultura popular, mas sim um chamado para que as pessoas busquem compreender o universo de forma racional, curiosa e questionadora.
Considerações finais
Stephen Hawking via a astrologia como uma crença incompatível com o espírito científico. Para ele, aceitar ideias sem comprovação era um retrocesso diante do potencial humano de compreender o cosmos por meio da razão e da observação. Embora reconhecesse a função social e emocional de certas crenças, seu compromisso era com a ciência. Sua mensagem final permanece atual: olhe para as estrelas, mas com os olhos da razão, não com a ingenuidade do horóscopo.


