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Estudo mostra que horários de sono irregulares elevam o risco de hipertensão, dizem especialistas

Dormir pouco faz mal. Dormir demais pode prejudicar também. Mas um novo alerta entrou no radar dos especialistas: dormir em horários muito diferentes ao longo da semana pode ser um fator-chave para desenvolver hipertensão. Uma pesquisa recente mostra que a irregularidade no horário de deitar e acordar desorganiza o relógio biológico, desregula funções essenciais e aumenta o risco de pressão alta. A seguir, entenda o que a ciência descobriu sobre o sono, o que médicos têm recomendado e como pequenas mudanças de rotina podem proteger o coração.

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O que a pesquisa descobriu

Variações horárias no sono importam

Os pesquisadores acompanharam por meses milhares de voluntários com rotinas e faixas etárias distintas. A análise mostrou que quanto maior a variação nos horários de sono, maior a probabilidade de apresentar hipertensão. Isso significa que mesmo quem dorme 7 ou 8 horas por noite não está protegido se cada dia for para a cama em um horário completamente diferente.

Risco aumentado

A desorganização do relógio interno altera mecanismos envolvidos no controle da pressão. Como resultado, pessoas com maior irregularidade no sono demonstraram índices superiores de pressão elevada, aumentando o risco futuro de infartos e AVCs.

Por que horários irregulares afetam o coração?

O sono tem papel fundamental na autorregulação do organismo. Durante a noite, processos metabólicos e cardiovasculares são ajustados para garantir equilíbrio ao longo do dia.

O relógio biológico entra em caos

O corpo trabalha em ritmo. Quando o horário de dormir muda constantemente, o ciclo circadiano perde o sincronismo. O coração e os vasos sanguíneos deixam de acompanhar corretamente os períodos de descanso e atividade.

Como o organismo reage

  • Aumenta a produção de hormônios do estresse
  • Há maior rigidez nas artérias
  • O corpo não reduz a pressão durante a madrugada
  • O metabolismo sofre desequilíbrio
    Esses fatores, somados, elevam o risco de hipertensão.

Não é só dormir bem: é dormir com regularidade

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Muita gente acredita que basta atingir a quantidade ideal de horas dormidas. O estudo mostra que a regularidade pesa tanto quanto a quantidade. Variar entre dormir cedo durante a semana e virar a noite no fim de semana, por exemplo, pode ser tão prejudicial quanto uma noite mal dormida.

Dormir pouco ou demais também prejudica

Além da irregularidade, o excesso ou a falta de sono também se mostraram associados a maior risco de pressão alta. O recomendado é manter entre 7 e 9 horas diárias para adultos.

Quem deve ficar mais atento?

Alguns grupos sofrem impacto ainda maior:

GrupoMotivo de atenção
Hipertensos e pré-hipertensosPodem ter agravamento do quadro
Quem trabalha em turnosRotinas naturalmente instáveis
Quem compensa sono no fim de semanaDesbalanço do relógio biológico
Pessoas com ronco e apneiaNoites mal dormidas mesmo por longas horas

O fator comum entre eles é a constante quebra da rotina do sono.

Como ajustar a rotina de sono

A boa notícia: existem medidas simples para reduzir o risco e melhorar a qualidade do descanso.

Regras de ouro

  • Manter um horário fixo para deitar e acordar todos os dias
  • Reduzir o uso de telas antes de dormir
  • Dar preferência a ambientes silenciosos, escuros e confortáveis
  • Evitar refeições pesadas, álcool e cafeína à noite

Quando buscar ajuda

Se houver ronco intenso, paradas respiratórias durante o sono, cansaço extremo ao acordar ou sono fragmentado, é recomendável buscar orientação médica para descartar apneia ou outros distúrbios.

Por que isso importa para a saúde pública

A hipertensão é responsável por altas taxas de hospitalização, mortes e custos no sistema de saúde. Modificar hábitos que contribuem para o problema é uma estratégia de prevenção de grande alcance. Incluir o sono como peça central das políticas de saúde pode reduzir complicações e salvar vidas.

Impactos sociais

  • Menos gastos com medicamentos
  • Menos afastamentos por doenças cardiovasculares
  • Melhor qualidade de vida da população

O que ainda falta entender?

Embora as evidências sejam fortes, pesquisadores destacam que ainda existem perguntas sem resposta:

  • Qual o limite ideal de variação diária no sono?
  • Crianças e idosos são mais sensíveis à irregularidade?
  • Há perfis genéticos mais vulneráveis?
    A ciência segue investigando esse campo, que mostra ser fundamental para a prevenção cardiovascular.

Considerações finais

A fórmula de um sono realmente saudável não envolve apenas quantidade e conforto. O corpo precisa de ritmo. Dormir cada noite em um horário diferente parece inofensivo, mas o impacto é real e atinge diretamente a saúde do coração. Manter horários regulares para deitar e acordar é uma ação simples que pode reduzir o risco de hipertensão e contribuir para uma vida mais longa e equilibrada.

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