Você já ouviu falar sobre espinha bífida? Ela ocorre no começo da gravidez e é quando a espinha dorsal e a medula espinhal não se desenvolvem adequadamente. Geralmente a condição é operada após o nascimento, mas deixa sequelas. As crianças, em muitos casos, acabam não podendo caminhar, sofrem de acumulação de líquido no cérebro, falta de controle da bexiga e precisam usar cateter, dentre outras complicações.
Bebê tem condição grave:
Lexi Royer, de 28 anos, e seu marido, Joshua, 29, estavam juntos há anos e sempre quiseram ter um filho. Mas Lexi teve problemas de saúde que tornaram uma gravidez pouco provável. Além disso, ela sofreu um aborto e depois disso não conseguiu mais engravidar. Quando descobriram que estavam finalmente esperando um bebê, ambos não conseguiam conter a alegria. Mas, logo nas primeiras ultrassons um problema sério com o bebê foi detectado. A partir dai, eles apenas ouviram notícias ruins: descobriram que o bebê tinha uma espinha bífida e poucas chances de sobreviver.

O aborto lhes foi dado como opção, mas essa poderia ser a única chance do casal ter um filho. Eles decidiram pesquisar sobre a condição e encontraram um procedimento que os médicos em sua cidade natal, San Diego, realizavam, chamado cirurgia fetoscópica. As consultas no local posteriormente mostraram que o pequeno teria boas chances de ter uma boa qualidade de vida; só que essa cirurgia precisava ser feita com o bebê ainda na barriga da mãe. Mesmo sabendo dos riscos, Lexi, juntamente com os profissionais, decidiu seguir com a opção experimental na 24ª semana de gestação.
Os cirurgiões responsáveis fizeram uma grande incisão no abdômen da mãe, e levantaram seu útero,-ainda ligado internamente, e abriram duas fendas pequenas. Em uma delas, inseriram um “fetoscópio”, um pequeno telescópio equipado com uma câmera, luz e uma garra. A segunda fenda foi para outros instrumentos em miniatura. O procedimento demorou cerca de três horas. A recuperação foi dolorosa, mas agora Lexi aguarda o filho com boas expectativas:

“O procedimento não é obrigatório, mas eu definitivamente sinto que é a coisa certa para nós. Ver o ultrassom e como ele está se saindo bem, movendo os tornozelos e os pés, é um momento muito feliz”, disse. O parto deve acontecer em janeiro. Desejamos que esse pequeno venha ao mundo com muita saúde. Ele já é um guerreiro!
Foto: Reprodução/ Beatrice de Gea/The New York Times
Fonte: Uol












