O Holocausto na Alemanha é um acontecimento que dispensa maiores apresentações. Sob o comando de Adolf Hitler e do Partido Nazista, tropas do país foram responsáveis pelo genocídio (assassinato em massa) de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Ainda assim, mesmo em meio a todo o cenário de tragédia, os resquícios do fatídico evento reservam histórias que mostram o quanto algumas pessoas são dignas de nobreza, apesar de tudo o que sofreram ou viram amigos e parentes sofrerem.
Ben Stern, de 95 anos, hoje mora na Califórnia, Estados Unidos, mas pode dizer que viu de perto o Holocausto. E conseguiu sobreviver para contar. Retirado de sua própria casa pelos soldados nazistas, Ben viveu na Polônia durante a Segunda Guerra, onde ficava em guetos e campos de concentração. Contudo, anos após o ocorrido, ele é capaz de proporcionar um listo gesto de humanidade e solidariedade: ele divide sua casa com uma estudante alemã chamada Lea Heitfeld, 31 anos, e que é neta de nazistas. “Eu resolvi fazer o oposto do que ele fizeram”, diz Ben.
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Foto: Reprodução
Foto: ReproduçãoA atitude de Stern não passa despercebida pela estudante, que sabe o quanto seus antepassados o fizeram sofrer. Emocionada, ela valoriza o fato do judeu polonês não se importar em dividir seu lar com ela: “Eu acho o coração dele incrível, ainda mais abrindo a sua casa para alguém que o lembre de tanta dor.”
E o melhor de tudo é que a relação entre os dois forma de maneira amistosa e gentil. Eles são amigos e passam bastante tempo juntos. Ben, inclusive, a acompanha até a faculdade. E para ele, mais do que retribuir o ódio do passado, o mais importante é conscientizar os jovens a respeito do Holocausto. De acordo com sua filha, Charlene Stern, “quando os nazistas vieram, a única arma que ele tinha era continuar sendo humano”.
Por todas as circunstâncias, o gesto de Ben é de uma nobreza indescritível, não é mesmo?
Foto de Capa: Washington Post
