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Tecnologia de sensor de glicose usada pelo filho de Marília Mendonça chama atenção no Brasil

Um pequeno adesivo no braço de Léo, filho da cantora Marília Mendonça, despertou a curiosidade de milhares de brasileiros. O menino, diagnosticado com diabetes tipo 1 ainda na infância, usa um sensor de glicose de última geração para monitorar seus níveis de açúcar no sangue sem precisar de agulhas constantes. A tecnologia, antes restrita a poucos pacientes, agora está mais acessível e é uma aliada fundamental no controle da doença, principalmente entre crianças e jovens.

Dispositivos como os sensores de glicose representam um marco na forma como diabéticos lidam com a própria saúde. Com leitura em tempo real e alertas automáticos, eles evitam crises graves e ajudam a manter o controle diário da glicemia de forma mais precisa. Neste artigo, você entenderá como funciona essa tecnologia, quais os principais modelos disponíveis no Brasil e como ela está transformando a rotina de milhares de famílias.

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O que é um sensor de glicose?

Monitoramento contínuo sem picadas

Sensores de glicose, também chamados de CGM (do inglês, Continuous Glucose Monitoring), são dispositivos que medem os níveis de glicose de forma contínua, sem a necessidade de perfurar os dedos diversas vezes ao dia. Eles utilizam um pequeno filamento inserido sob a pele que capta a concentração de glicose no fluido intersticial — o líquido que envolve as células do organismo.

Tecnologia simples e indolor

O sensor é geralmente fixado com um adesivo na parte superior do braço ou abdômen e permanece no local por dias. A aplicação é rápida e quase indolor. Uma vez instalado, ele envia informações ao celular ou a um receptor, permitindo que o paciente acompanhe seus níveis de açúcar de forma dinâmica e contínua.

Para quem é indicado?

Embora seja utilizado por pessoas com diferentes tipos de diabetes, o monitoramento contínuo é especialmente indicado para diabéticos tipo 1, que necessitam de controle rigoroso. Crianças, como Léo Mendonça Huff, filho da cantora falecida Marília Mendonça, se beneficiam muito do uso, pois não precisam passar por múltiplas picadas diariamente.

Como os sensores ajudam no controle da diabetes

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Acompanhamento em tempo real

A grande vantagem dos sensores é oferecer leituras frequentes, geralmente a cada cinco minutos. Isso permite detectar variações súbitas de glicemia e agir com rapidez, evitando crises de hipoglicemia (glicose baixa) ou hiperglicemia (glicose alta).

Alertas de emergência

Alguns modelos emitem alertas sonoros quando os níveis de glicose saem da faixa ideal. Isso é essencial em situações como sono profundo, prática de esportes ou momentos em que a criança não consegue verbalizar sintomas.

Redução do desgaste emocional

Muitos pais relatam que o uso do sensor diminui o estresse diário e melhora a qualidade de vida da criança. Além disso, permite que os cuidadores acompanhem os dados remotamente, algo fundamental em ambientes escolares ou durante viagens.

Principais modelos de sensor disponíveis no Brasil

FreeStyle Libre

Fabricado pela Abbott, o FreeStyle Libre é um dos sensores mais populares no país. Ele oferece monitoramento de até 14 dias e funciona com aproximação do leitor ou celular. É simples de usar e não requer calibragem com picadas diárias. Seu ponto fraco é a ausência de alertas automáticos — o usuário precisa escanear o sensor para verificar os dados.

Dexcom G6

Considerado um dos sensores mais modernos do mundo, o Dexcom G6 envia dados continuamente para o smartphone, sem necessidade de escaneamento. Ele oferece alertas automáticos, iniciando a medição após 2 horas da aplicação. Apesar de não estar amplamente disponível em farmácias brasileiras, pode ser adquirido com receita médica ou por importação. É o modelo utilizado por Léo, filho de Marília Mendonça.

Medlevensohn Smart CGM

Desenvolvido por uma empresa nacional, o sensor da Medlevensohn é mais recente no mercado e também realiza leituras automáticas a cada 15 minutos. É compatível com smartphones e apresenta bom custo-benefício. Pode ser adquirido com menor burocracia e já é comercializado em redes de farmácia e clínicas de endocrinologia.

Comparativo entre os principais sensores

ModeloLeitura automáticaAlerta em tempo realDuração médiaAcesso no Brasil
Dexcom G6Sim, contínuaSim10 diasImportado
FreeStyle LibreNão (precisa escanear)Não14 diasNacional
Medlevensohn SmartSim, a cada 15 minSim14 diasNacional

Benefícios do uso em crianças e jovens

Menos picadas, mais tranquilidade

A rotina de um paciente com diabetes tipo 1 costuma envolver 6 a 10 picadas por dia. O sensor reduz drasticamente essa necessidade, proporcionando alívio físico e emocional para a criança e seus responsáveis.

Monitoramento compartilhado

Sensores como o Dexcom e Medlevensohn permitem que os dados sejam compartilhados em tempo real com outros celulares. Isso possibilita que pais, médicos e cuidadores acompanhem remotamente as leituras e tomem decisões mais seguras.

Estímulo à autonomia

Com acesso aos gráficos e alertas, muitas crianças aprendem desde cedo a identificar seus próprios sinais de hipo ou hiperglicemia. Isso promove responsabilidade e independência no controle da saúde.

Obstáculos e desafios enfrentados pelos usuários

Custo elevado

Apesar de serem cada vez mais comuns, os sensores ainda possuem custo elevado. Um kit mensal pode ultrapassar R$ 500, o que o torna inacessível para grande parte da população. Algumas operadoras de saúde já incluem cobertura parcial ou total para usuários com laudo médico.

Disponibilidade

Alguns modelos, como o Dexcom, não são vendidos diretamente em farmácias no Brasil, exigindo compra internacional. A importação pode incluir taxas, prazos longos e necessidade de receita médica.

Adaptação e aprendizado

O uso da tecnologia exige certo conhecimento sobre interpretação de gráficos e configuração de alertas. A adaptação pode levar alguns dias, principalmente em crianças muito pequenas.

Futuro do monitoramento glicêmico

Sensores não invasivos

Pesquisas em andamento trabalham no desenvolvimento de sensores que medem a glicose por meio da pele ou do suor, sem inserção subcutânea. Esses dispositivos ainda não estão disponíveis comercialmente, mas prometem revolucionar o controle do diabetes nos próximos anos.

Integração com bombas de insulina

O futuro caminha para dispositivos integrados, que não apenas monitorem a glicose, mas também apliquem insulina automaticamente conforme a necessidade. Algumas tecnologias já realizam isso em sistemas híbridos, conhecidos como “pâncreas artificial”.

Considerações finais

O avanço dos sensores de glicose representa uma mudança significativa na vida de pessoas com diabetes tipo 1, especialmente crianças. O uso por Léo, filho da cantora Marília Mendonça, trouxe visibilidade para uma tecnologia que oferece segurança, praticidade e mais liberdade para pacientes e familiares.

Entre os principais modelos disponíveis, FreeStyle Libre, Dexcom G6 e Medlevensohn Smart se destacam por suas características específicas. Enquanto alguns exigem escaneamento, outros funcionam de forma completamente automática. Cabe a cada família, junto ao endocrinologista, escolher o modelo que melhor atende às necessidades clínicas e financeiras do paciente.

O cenário é promissor. Com a expansão do acesso e a evolução tecnológica, sensores cada vez mais eficientes e menos invasivos devem se tornar padrão no tratamento do diabetes, promovendo mais qualidade de vida e autonomia para milhares de brasileiros.

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