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Segredos chocantes do Monte Everest que poucos conhecem

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A face oculta do “teto do mundo”

O Monte Everest é um símbolo global de superação e resistência. Com 8.848,86 metros de altitude, atrai aventureiros em busca do feito máximo do montanhismo. Mas por trás da glória, há uma realidade marcada por riscos extremos, dilemas éticos e impactos ambientais profundos. Este especial revela os bastidores das expedições, expondo histórias que raramente chegam ao grande público.

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Um cemitério congelado

Corpos que nunca voltaram

Desde a primeira escalada bem-sucedida, centenas de alpinistas perderam a vida na montanha. As condições extremas tornam o resgate quase impossível: o frio congela, o vento soterra e a altitude exige esforço sobre-humano. Muitos corpos permanecem à vista, servindo como tristes marcos para outros montanhistas.

O que dizem as estatísticas sazonais

As mortes se concentram em períodos de maior movimento, quando a janela de clima favorável atrai grandes grupos. O aumento de pessoas na rota eleva o risco, principalmente em áreas técnicas como cascatas de gelo e arestas expostas.

A zona da morte

Acima de 8.000 metros, a falta de oxigênio compromete as funções vitais. A região, conhecida como “zona da morte”, acelera a deterioração física e mental. Pequenos erros, como uma luva molhada ou um cilindro de oxigênio vazio, podem ser fatais.

Sherpas: os heróis invisíveis

Risco desproporcional, reconhecimento desigual

Nenhuma expedição seria possível sem os Sherpas. Eles transportam cargas, fixam cordas e guiam os clientes. Porém, enfrentam riscos elevados, realizando múltiplas subidas e descidas por temporada. Apesar de avanços em seguros e remuneração, o reconhecimento ainda não é proporcional ao perigo que enfrentam.

Um trabalho técnico e cultural

Além da força física, os Sherpas possuem conhecimento tradicional sobre o clima e a geografia da montanha, o que muitas vezes salva vidas.

Congestionamento no cume

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Monte Everest // Créditos: depositphotos.com / martinm303

Quando minutos decidem vidas

O curto período de clima estável cria engarrafamentos em trechos estreitos próximos ao topo. Esperar demais consome oxigênio e energia, aumentando as chances de tragédia. Em alguns casos, o objetivo de alcançar o cume supera a prudência, resultando em decisões arriscadas.

Preparação e tática

Manter ritmo constante, checar o equipamento e respeitar orientações de guias ajuda a evitar atrasos perigosos. Saber recuar é, muitas vezes, a decisão mais inteligente.

Impacto ambiental

Lixo e fezes no gelo

O Everest sofre com o acúmulo de lixo das expedições: tendas, cilindros de oxigênio, embalagens e até dejetos humanos ficam espalhados. Apesar de campanhas de limpeza, a logística para remover resíduos é complexa e cara.

Uma montanha que precisa de manejo

Propostas como depósitos caução para garantir a retirada do lixo e auditorias ambientais estão em debate para reduzir o impacto.

Degelo e rotas instáveis

O aquecimento global está derretendo o gelo mais rápido, criando fendas e alterando rotas tradicionais. Com isso, o risco de quedas e avalanches aumenta, e restos mortais antes ocultos começam a aparecer.

Negócios, custos e oxigênio

O mercado de serviços e o cilindro

Escalar o Everest pode custar mais de 300 mil reais, incluindo guias, equipamentos, licenças e oxigênio. O mercado movimenta milhões, mas também enfrenta denúncias de abusos, como superfaturamento e má gestão de recursos essenciais.

Planejamento financeiro e de segurança

Verificar a reputação da empresa, confirmar seguros de resgate e entender o plano de aclimatação são passos essenciais antes de contratar uma expedição.

Dilemas éticos e responsabilidades

Salvar ou cume?

Resgates em alta altitude são complexos e arriscados. Há relatos de montanhistas que não puderam ajudar colegas em perigo por risco à própria vida. Esse dilema ético continua sendo tema de debate entre alpinistas e organizações.

Como escalar com consciência

Boas práticas para expedicionários

Escolher operadores que priorizem segurança, recolher todo o lixo, apoiar programas de limpeza, respeitar os guias locais e não insistir em subir em condições adversas são atitudes que preservam vidas e a montanha.

Considerações finais

O Everest continuará sendo um ícone do montanhismo, mas suas histórias mais sombrias mostram que a glória do cume vem acompanhada de sacrifícios humanos e ambientais. Conhecer esses bastidores é fundamental para que futuras expedições combinem coragem com responsabilidade, garantindo que a montanha continue desafiando — e inspirando — o mundo.

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