A apresentadora e empresária Sabrina Sato revelou em recente entrevista que irá congelar seus óvulos após enfrentar duas perdas gestacionais. Aos 44 anos, mãe de Zoe e casada com o ator Nicolas Prattes, ela optou por pausar os planos de uma nova gravidez para cuidar de si e preservar sua fertilidade para o futuro.
O relato, feito de forma franca e emocional, destaca não só a dor silenciosa das perdas gestacionais, como também a necessidade de priorizar o bem-estar físico e psicológico diante de experiências tão intensas.
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Os bastidores da decisão
O luto silencioso por duas perdas
Sabrina revelou que passou por dois abortos espontâneos recentemente, ambos exigindo internação e procedimentos de curetagem. Embora apenas um tenha sido divulgado anteriormente, a apresentadora compartilhou que o segundo aconteceu pouco tempo depois, agravando o impacto emocional.
Ela descreveu os momentos como “muito difíceis” e afirmou que precisava de um tempo para se recuperar de forma integral antes de tentar novamente.
A reação da família
Zoe, filha de Sabrina, chegou a demonstrar entusiasmo com a possibilidade de ganhar um irmão. Porém, após os acontecimentos, a criança também deixou de tocar no assunto. Segundo Sabrina, isso refletiu o desgaste emocional vivido por todos os envolvidos.
“Chega um momento em que ninguém quer mais falar sobre isso”, declarou a artista, reforçando a importância de respeitar os próprios limites e os da família.
Escolhendo o congelamento como alternativa

Preservação da fertilidade com mais tranquilidade
A escolha pelo congelamento de óvulos é uma estratégia que permite que a mulher preserve seu potencial reprodutivo enquanto se recupera física e emocionalmente. Sabrina afirmou que irá “dar um tempo” nas tentativas de engravidar e que pretende cuidar de sua saúde antes de tudo.
A decisão, segundo ela, não é definitiva nem um afastamento do sonho de aumentar a família, mas sim uma forma de aliviar a pressão interna e externa, respeitando o próprio tempo.
Apoio do parceiro
Durante todo o processo, Sabrina contou com o apoio incondicional do marido, Nicolas Prattes. Ela descreveu o companheiro como presente e sensível, alguém que viveu o luto com ela e a ajudou a encontrar forças para recomeçar com serenidade.
O que é o congelamento de óvulos?
Como funciona o processo
O congelamento de óvulos é um procedimento médico que envolve a estimulação ovariana por meio de hormônios, a coleta dos óvulos maduros e o armazenamento em temperaturas extremamente baixas, geralmente em nitrogênio líquido. Os óvulos podem ser descongelados e utilizados em uma fertilização in vitro no futuro.
Indicações e chances de sucesso
O procedimento é indicado para mulheres que desejam postergar a maternidade por motivos pessoais, profissionais ou de saúde. É mais eficaz quando feito antes dos 35 anos, embora também possa ser realizado após essa idade. No caso de Sabrina, aos 44 anos, o congelamento pode oferecer uma margem de segurança, embora as taxas de sucesso variem com a idade.
Impacto emocional das perdas gestacionais
O que são perdas gestacionais
Abortos espontâneos ocorrem de forma relativamente comum, especialmente no primeiro trimestre de gestação. Muitas vezes, estão associados a alterações genéticas do embrião, alterações hormonais ou outras causas não controláveis.
A dor invisível
O sofrimento após uma perda gestacional é frequentemente negligenciado ou silenciado socialmente. Sabrina usou sua visibilidade para dar voz a um tema que afeta milhares de mulheres, trazendo à tona o lado humano, vulnerável e corajoso da maternidade.
“Foi um processo muito difícil, doloroso. Mas precisei aceitar e me acolher”, disse a apresentadora, com emoção.
Planejamento familiar com autonomia
O direito de decidir quando e como ser mãe
O congelamento de óvulos também simboliza o direito de escolha da mulher sobre seu corpo e suas decisões reprodutivas. Sabrina, ao compartilhar sua trajetória, reafirma a importância do planejamento familiar baseado em autonomia, ciência e equilíbrio emocional.
Um novo olhar sobre a maternidade
Longe da romantização da maternidade, Sabrina traz à luz uma visão mais realista: ser mãe também envolve dúvidas, perdas, medos e pausas. Escolher esperar é um ato de coragem, e não de fraqueza — e sua história inspira outras mulheres a se ouvirem mais.
Apoio psicológico e rede de acolhimento
Terapia como aliada
Durante a entrevista, Sabrina mencionou que procurou acompanhamento psicológico para lidar com o luto e o peso emocional das tentativas frustradas de gravidez. A terapia foi fundamental para ajudá-la a processar os sentimentos e encontrar caminhos de cura.
Conversa aberta e sem tabu
Ao tornar pública sua experiência, Sabrina contribui para quebrar tabus e promover o diálogo aberto sobre perdas gestacionais, fertilidade, e saúde mental feminina. Sua postura tem sido elogiada por profissionais de saúde e por mulheres que enfrentam dilemas semelhantes.
A fertilidade após os 40
Expectativas e limitações
Embora muitas mulheres consigam engravidar naturalmente após os 40 anos, essa faixa etária é acompanhada por uma redução significativa da qualidade e quantidade dos óvulos. Por isso, o congelamento pode ser uma ferramenta valiosa, mesmo com taxas de sucesso reduzidas.
Avanços na medicina reprodutiva
Graças aos avanços da reprodução assistida, procedimentos como fertilização in vitro, inseminação artificial e congelamento de óvulos tornaram-se mais acessíveis e eficazes. O importante é que cada mulher receba orientação adequada e tome decisões informadas.
Representatividade e empoderamento feminino
O exemplo de Sabrina
Ao dividir suas dores, suas escolhas e seus limites com o público, Sabrina reforça a importância da escuta e do respeito ao ciclo de cada mulher. Ela mostra que é possível ser forte e frágil ao mesmo tempo, e que a maternidade não se resume apenas ao ato de gestar.
Influência positiva
A atitude da apresentadora tem impacto direto na vida de milhares de mulheres que vivem sob pressão para engravidar rapidamente ou que sentem vergonha de seus fracassos reprodutivos. Sabrina transforma sua dor em empatia, e sua escolha, em esperança.
Considerações finais
A decisão de Sabrina Sato de congelar seus óvulos após enfrentar duas perdas gestacionais é, acima de tudo, um gesto de autocuidado e consciência. Mais do que pausar um sonho, ela escolheu cuidar de si, respeitar seu tempo e garantir possibilidades futuras com liberdade.
Em um país onde ainda se fala pouco sobre perdas gestacionais e saúde emocional da mulher, sua voz se torna fundamental para ampliar a discussão. Sabrina segue como uma referência de força, sensibilidade e empoderamento, mostrando que a maternidade também pode — e deve — ser vivida com afeto, informação e autonomia.













