Rotas de GPS já levaram pessoas à morte. Confira dicas de especialistas e evite que sua vida seja posta em risco

Definitivamente, o GPS é uma invenção que veio para facilitar muito a vida dos motoristas. No entanto, mesmo sendo ele a salvação em muitos casos, ele também pode ser o responsável por sérios problemas.

Em 2015, um grave caso envolvendo falha em um aparelho GPS custou a vida da empresária Regina Múrmura, de 69 anos. No Rio de Janeiro, em Niterói, ela e o marido, Francisco, traçaram seu caminho para uma pizzaria sendo orientados pelo aplicativo Waze. No entanto, por um erro na rota indicada, o casal foi parar em uma favela – Morro do Caramujo – e a mulher foi baleada por criminosos. A atriz e humorista Fabiana Karla teve seu carro alvejado na mesma região em que Regina foi assassinada. Ela seguia com a família para Pendotiba e ninguém ficou ferido.

Um outro caso semelhante aconteceu no mesmo ano envolvendo o alpinista Ulisses da Silva Cancela, de 36, que também no Rio de Janeiro, desta vez em Petrópolis, foi assassinado com um tiro na cabeça após entrar por engano em uma comunidade enquanto seguia as orientações de seu GPS.

1. O casal Francisco e Regina Múrmura – Foto: El País / Reprodução

E a pergunta que fica no ar é: como se prevenir e não enfrentar situação semelhante? De acordo com especialistas, existem algumas recomendações que devem ser tomadas.

Primeiro de tudo, sempre é importante manter o GPS com sua base de dados atualizadas, afinal, determinados fatores nas ruas costumam mudar. De acordo com Júlio Ribeiro, gerente de conteúdo geográfico, em entrevista ao R7, casos como mudança de mão, fechamentos de acessos, dentre outras situações semelhantes, podem fazer com que seja traçada uma rota alternativa que jogue o motorista em uma área totalmente desconhecida por ele ou que ofereça algum risco. “Na hora de escolher um determinado produto, é importante verificar se a empresa responsável costuma atualizar os mapas com frequência”, diz Ribeiro.

Outro fator o qual os motoristas devem ficar muito atentos é a questão das ruas homônimas. Não é incomum que, principalmente em grandes centros, mais de uma rua tenha o mesmo nome. Sendo assim, é muito importante que o usuário do GPS saiba o nome do bairro ou tenha uma noção das redondezas do local onde ele quer ir. Quando mais informações forem colhidas, menor a chance da rua errada se tornar o destino da rota. Além disso, como ressalta Ribeiro, o ideal é que o motorista coloque o endereço antes de começar a viagem e não durante, para que não tenha sua atenção comprometida.

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2. O alpinista Ulisses da Costa Cancela, alvejado em uma favela do Rio – Foto: Reprodução

Normalmente, os GPS oferecem opções de caminho para que o motorista escolha qual é a mais adequada:

Mais curto: Rota indicada para quem tem algum conhecimento na região e consegue identificar se alguma parte do trecho é ou não perigosa.

Mais rápida: Um caminho que leva em consideração o trânsito. Pode oferecer uma rota que seja até mais longa, mas que na teoria, ajude a levar menos tempo para que o motorista chegue a seu destino.

Mais fácil: A opção recomendada por Ribeiro e que é a mais adequada para locais que você não conhece. Ela dá preferência para as ruas principais e com maior sinalização, evitando ruelas sempre que possível.

É recomendado também que, estando em locais estranhos, você procure a orientação de órgãos públicos. Principalmente quando você desconfiar que está em um local no qual você não pretenderia passar.

1. Imagem: Reprodução

Nunca confie cegamente no GPS e procure, antes de ir para algum destino, buscar o máximo de informações possíveis.