Um empreendedor de origem humilde
Ricardo Nunes nasceu em Divinópolis (MG) em 1972 e começou a trabalhar ainda na adolescência. Seu espírito empreendedor surgiu cedo, vendendo produtos de porta em porta e identificando oportunidades no mercado popular. Com uma visão aguçada e senso prático, ele logo percebeu que poderia ir além do comércio informal. Com dedicação, esforço e ambição, transformou obstáculos em trampolins para construir um império varejista a partir do interior de Minas Gerais. (MG) em 1972 e começou a trabalhar ainda na adolescência. Seu espírito empreendedor surgiu cedo, vendendo produtos de porta em porta e identificando oportunidades no mercado popular.
Leia Mais:
ENEM 2025: atenção total na inscrição evita problemas e garante sua vaga
A origem da Ricardo Eletro
O início em uma pequena loja
Em 1989, com apenas 17 anos, Nunes abriu sua primeira loja de eletrodomésticos. O diferencial era simples: vender barato, com agilidade e foco total no consumidor.
Crescimento acelerado
A estratégia de Ricardo era agressiva: margens baixas, giro rápido de estoque e negociação direta com fornecedores. Isso permitiu crescimento rápido em Minas e depois em outros estados.
Decisões estratégicas que mudaram o setor
Foco no atendimento popular
Nunes sempre entendeu bem o consumidor de renda mais baixa, adaptando formas de pagamento, promoções e mix de produtos a esse público.
Expansão orgânica e aquisições
Nos anos 2000, a Ricardo Eletro passou a comprar redes regionais como a Insinuante e a City Lar. Essas decisões deram à empresa presença nacional.
Fusão com a Máquina de Vendas
Em 2011, a Ricardo Eletro fundiu-se com a Insinuante, criando a Máquina de Vendas, então a segunda maior varejista de eletrodomésticos do Brasil, atrás apenas da Via Varejo (Casas Bahia e Ponto).
Inovações em gestão e operação

Logística eficiente
Ricardo apostou na criação de centros de distribuição regionais e em tecnologia de controle de estoque, acelerando a reposição e aumentando a disponibilidade de produtos.
Política de preços agressiva
Sua estratégia de “cobrir qualquer oferta” se tornou marca registrada e influenciou concorrentes. Essa decisão obrigou o setor a reduzir margens e aumentar eficiência.
Modelo de gestão horizontal
Com uma cultura empresarial menos hierárquica, Nunes buscava decisões rápidas e descentralizadas, especialmente no contato com gerentes e supervisores das lojas.
Críticas, crise e reestruturação
Excesso de endividamento
O crescimento acelerado trouxe também riscos. A Máquina de Vendas acumulou dívidas altas e passou por processos de recuperação judicial.
Saída da gestão
Em 2015, Ricardo Nunes deixou a presidência da empresa, dando lugar a gestores profissionais. Mais tarde, voltou como consultor e acionista.
Problemas fiscais
O empresário também enfrentou investigações por supostos crimes fiscais, o que abalou sua imagem e impacto na recuperação da rede.
Impacto no varejo brasileiro
Democratização do consumo
Com sua estratégia de preços acessíveis e formas facilitadas de pagamento, Ricardo Nunes ajudou milhões de brasileiros a ter acesso a eletrodomésticos e eletrônicos.
Pressão sobre grandes redes
Suas práticas agressivas forçaram outras empresas a repensar margens e operações, tornando o setor mais competitivo.
Legado de inovação comercial
Mesmo com quedas, seu legado permanece: foco no consumidor popular, agilidade na tomada de decisão e coragem para expandir de forma ousada.
Considerações finais
Ricardo Nunes é um exemplo de empreendedor brasileiro que, com visão, coragem e muita energia, transformou uma pequena loja em uma das maiores redes do país. Suas decisões moldaram o varejo nacional e seguem como referência para quem deseja empreender com ousadia e foco no consumidor.
Apesar das crises, sua influência no setor é inegável. Ele demonstrou que o sucesso é resultado de leitura aguçada de mercado, execução veloz e disposição para correr riscos calculados em nome da expansão e da inovação.













