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Revolução Constitucionalista de 1932: entenda por que o tema aparece com frequência nos vestibulares

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A Revolução Constitucionalista de 1932 continua a ser um dos assuntos históricos mais cobrados em vestibulares de todo o Brasil. Mesmo após mais de 90 anos do levante, o episódio ocorrido em São Paulo permanece relevante por seu impacto na política nacional, no debate sobre o federalismo e na construção da cidadania no país.

Seja em provas como Enem, Fuvest, UERJ ou vestibulares estaduais, o movimento liderado pelos paulistas contra o governo de Getúlio Vargas é frequentemente explorado por abordar questões de ordem institucional, conflitos políticos e mobilização civil — temas recorrentes nos principais exames de ingresso ao ensino superior.

Leia Mais:

Nélio Nicolai: A revolução trazida por sua liderança:

Por que a Revolução Constitucionalista é um tema tão recorrente?

A importância desse evento histórico vai além do conflito armado. A revolta é símbolo de resistência à centralização do poder instaurada por Vargas após a Revolução de 1930. Os paulistas exigiam a convocação de uma nova Constituição e a realização de eleições democráticas, em um momento de forte tensão entre o governo federal e os estados.

O episódio também é representativo por envolver a população civil, que se engajou ativamente na luta. Esse tipo de participação social costuma ser valorizado por vestibulares que cobram análise crítica e interdisciplinar sobre cidadania e organização política no Brasil.

Além disso, a Revolução de 1932 reúne aspectos militares, jurídicos, sociais e culturais que permitem diferentes abordagens em provas discursivas e objetivas.

Como o tema aparece nas provas

UERJ: análise visual e propaganda política

Em 2013, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) cobrou dos candidatos a leitura e interpretação de dois cartazes de propaganda política ligados à Revolução de 1932. A questão explorava o uso de imagens como instrumento ideológico, exigindo dos alunos conhecimento do contexto histórico e capacidade de análise crítica dos elementos gráficos.

Essa abordagem visual é cada vez mais comum em provas de história, pois conecta o conteúdo factual à análise de linguagem simbólica e política.

Fuvest: contextualização e leitura crítica

Nos vestibulares da Universidade de São Paulo (USP), organizados pela Fuvest, a Revolução de 1932 costuma ser explorada em textos literários, excertos históricos ou análises discursivas. Os candidatos precisam interpretar os materiais à luz dos conflitos entre os estados e o governo central, além de identificar os principais personagens e consequências do levante.

A prova exige domínio da cronologia, capacidade de argumentação e articulação de diferentes fontes históricas.

Enem: transversalidade e interpretação

Embora o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não costume cobrar a Revolução de 1932 diretamente, o tema aparece de forma transversal. Questões que abordam a formação do Estado brasileiro, os limites da democracia ou a organização dos poderes frequentemente exigem conhecimento dos desdobramentos da era Vargas e da resistência paulista.

Além disso, o tema pode aparecer em textos motivadores da redação ou em questões de Geografia e Sociologia.

Vestibulares estaduais e municipais

Universidades de São Paulo, como Unicamp, Unesp e universidades municipais, como a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), frequentemente abordam a Revolução de 1932 em suas provas, seja em questões específicas ou como pano de fundo de perguntas mais amplas sobre o período Vargas.

Temas mais cobrados sobre a Revolução de 1932

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Imagem – Bestofweb/Freepik

A luta por uma nova Constituição

O principal objetivo do movimento era pressionar o governo federal a convocar uma Assembleia Constituinte. Esse ponto costuma ser cobrado para avaliar o conhecimento do aluno sobre o processo de redemocratização e a importância das normas constitucionais para a organização do país.

Mobilização da sociedade civil

Outro aspecto bastante abordado é a participação da população, com destaque para o movimento MMDC, que homenageia os quatro estudantes mortos em um protesto contra o governo Vargas. Os vestibulares exploram como a sociedade se organizou e apoiou financeiramente e fisicamente a revolta.

A atuação militar

As frentes de combate no interior de São Paulo, no Vale do Paraíba, e a resistência nas trincheiras são temas explorados em questões que abordam os aspectos bélicos do conflito, além do uso de armamentos e estratégias de guerra improvisadas pelos paulistas.

Desfecho e consequências

A derrota militar dos paulistas, ainda que rápida, não impediu avanços políticos. Em 1934, uma nova Constituição foi promulgada. Muitos vestibulares exploram essa consequência como exemplo de como uma mobilização regional pode influenciar transformações nacionais.

Dicas para estudar a Revolução Constitucionalista

Conheça o contexto anterior

Antes de estudar 1932, é fundamental compreender a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Entender os motivos da insatisfação paulista ajuda a conectar os eventos e a construir uma narrativa coesa sobre o período.

Estude fontes variadas

Procure analisar imagens, discursos, cartas e reportagens da época. Cartazes de propaganda, por exemplo, são frequentemente utilizados em provas e exigem habilidades de interpretação visual.

Domine a cronologia dos fatos

É importante saber que a revolta começou em 9 de julho de 1932 e terminou em outubro do mesmo ano. Conhecer o papel de líderes como Pedro de Toledo, os principais episódios militares e os desdobramentos políticos é essencial para ir bem nas provas.

Reflita sobre o legado

Alguns vestibulares cobram análises mais interpretativas, exigindo que o estudante reflita sobre o que a Revolução Constitucionalista representa para o imaginário paulista e para a história política brasileira.

Como a Revolução de 1932 é abordada em sala de aula

Muitos professores utilizam a data do feriado de 9 de julho em São Paulo para trabalhar o tema de forma mais aprofundada. Além das batalhas e da política, são discutidas produções culturais, como músicas, filmes e monumentos que fazem referência ao conflito.

Alguns colégios organizam visitas a locais históricos, como o Obelisco do Ibirapuera, que homenageia os combatentes da revolução. Esse tipo de experiência ajuda os alunos a conectarem teoria e realidade, ampliando sua compreensão.

Exemplo de questão sobre o tema

Questão (modelo discursivo):
Leia o excerto abaixo:
“Em 1932, São Paulo se levantou em armas não apenas por interesses locais, mas em nome da ordem constitucional e do respeito às liberdades perdidas.”
Com base no excerto, explique os motivos que levaram à Revolução Constitucionalista e indique um dos seus desdobramentos políticos.

Resposta esperada:
A Revolução de 1932 foi motivada pela insatisfação com o governo provisório de Vargas, que centralizou o poder e não convocou eleições. Os paulistas exigiam uma nova Constituição e a retomada do Estado de Direito. Um dos desdobramentos foi a convocação da Assembleia Constituinte em 1933, que resultou na Constituição de 1934.

Considerações finais

A Revolução Constitucionalista de 1932 permanece como um tema de grande relevância no ensino e nos vestibulares por sua importância histórica, política e simbólica. Entender suas causas, os personagens envolvidos e seus desdobramentos permite que os candidatos não apenas acertem questões, mas desenvolvam uma leitura crítica do Brasil. Para os estudantes, revisar esse conteúdo é essencial para garantir um bom desempenho em exames que valorizam a análise de processos democráticos, conflitos institucionais e mobilização da sociedade civil.


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