Com certeza quem mais sofreu foram os refugiados sírios. Mas, depois que conseguiram escapar, como fazem para sobreviver?
Uma investigação feita pela BBC revelou que há um comércio ilegal de órgãos no Oriente Médio, que se tornou uma prática de negócios bem sucedido. Sabe-se que há muitos refugiados sírios que estão vendendo seus próprios órgãos para arrecadar dinheiro e manter suas famílias.


Abu Jaafar é um dos refugiados que está participando do tráfico de órgãos. Em entrevista à BBC, ele afirma que sabe perfeitamente que o negócio é ilegal, mas sente que acaba ajudando muitas pessoas necessitadas. Hoje, seu maior objetivo é encontrar pessoas que estão dispostas a vender parte de seu corpo: “Eu exploro as pessoas. Mas tenha em mente que muitos desses refugiados podem ter morrido na guerra, e vender um órgão não é nada comparado com os horrores da guerra”, disse o comerciante.


De acordo com um relatório publicado em junho de 2016, 70% dos refugiados no Líbano vivem bem abaixo da linha de pobreza: “Aqueles que não conseguiram se registrar como refugiados estão com enormes dificuldades”, disse Abu. Alguns refugiados, ainda mais as crianças, estão pelas ruas trabalhando como engraxates ou vendendo doces pelos semáforos. Outras são completamente exploradas e acabam na prostituição. Com isso, a venda de um órgão é a maneira mais rápida e eficaz de se ganhar dinheiro.

De acordo com informações publicadas no jornal britânico Daily Telegraph, aquele país que vender um rim pode arrecadar até 36 mil euros, ou seja cerca de 648 mil pesos mexicanos. Mesmo com a atividade ilegal, eles não tem medo das autoridades por conta do mal-entendido da questão relacionadas justamente aos refugiados.
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Fotos: Reprodução












