Letra feia de médicos pode estar perto do fim
Você provavelmente já ouviu falar que médicos tem letra feia, não é mesmo? Talvez até tenha recebido uma receita em que não entendeu nada. Mas isso pode estar perto do fim.
É claro que estes “garranchos” nem deveriam existir. Uma lei nacional de 1973 garante que estes papéis dados pelos médicos devem ser legíveis e totalmente compreensíveis pelos pacientes. Mas não é bem isso que acontece.
Para tentar resolver este erro, alguns estados como o Mato Grosso do Sul, obrigam os profissionais da saúde a imprimirem as receitas. Mas isso não é padronizado e se torna um verdadeiro problema, como conta o presidente do Conselho Regional de Farmácias de São Paulo, Pedro Eduardo Menegasso, O farmacêutico que não entende a receita precisa tirar a dúvida com o médico. Mas vários não deixam contato nas receitas. Eles se recusam a, por exemplo, deixar o telefone”, comentou.

Possível solução
As receitas digitais podem acabar com o problema dessas letras feias. A Nexodata, por exemplo, é um programa para clínicas que permite que o médico imprima a receita ou até a envie para farmácias da região. No local, o paciente apenas digitaria seu CPF e o farmacêutico teria acesso aos dados e a receita do mesmo.
Esta ferramenta já é usada por 15 mil médicos no Brasil, o que é realmente muito pouco se considerarmos que mais de 430 mil médicos podem prescrever receitas no país.
Outros problemas
Mas o único problema não é a letra feia, como revela o oftalmologista Rubens Belfort Neto, da Escola Paulista de Medicina, “Com a receita em papel, qualquer um pode ir em uma papelaria e mandar fazer o bloco e o carimbo. Agora, com o receituário eletrônico, existe a assinatura digital do médico, certificada pelo Conselho Regional de Medicina. Isso dá uma segurança muito maior ao paciente”, revelou.
Ele ainda alertou que o Brasil deve seguir o exemplo de outros países, “Em vários países do mundo já é possível fazer prescrição eletrônica. Sem nenhum papel o paciente pode conseguir o medicamento na farmácia. Hoje é possível retirar alguns medicamentos sem papel no Brasil. No entanto, medicamentos mais complexos, como tarja preta, ainda precisam de papel”.
Realmente, a prescrição eletrônica ajudaria muito a todos, não é mesmo?
Fotos: Reprodução Internet
Fonte: UOL












