Rapaz encontra cheque em branco assinado. Mas repare no que ele faz após colocá-lo em seu bolso
Se eu te perguntasse a respeito de ser ou não possível confiar na honestidade das pessoas, o que você me responderia? Em um cenário de tanta corrupção, oportunismo, golpes e afins, é difícil manter essa confiança, não é mesmo? Contudo, um caso ocorrido em uma lotérica na cidade de Botucatu (SP), pode fazer com que você mude de ideia.
Foi durante uma costumeira ida ao local que Geovani Luis de Souza, um auxiliar administrativo de 26 anos, encontrou um cheque em branco assinado pelo correntista. Para os oportunistas de plantão, o achado poderia ser tão significativo quanto ganhar na loteria (sem trocadilhos). No entanto, esse não era o caso de Geovani.
Sem hesitar, o rapaz usou suas redes sociais para anunciar que encontrou aquele cheque e que gostaria de devolver ao seu legítimo dono. Inclusive, ele avisou o banco. “Nunca havia acontecido algo parecido comigo. Fui acompanhar a minha chefe e achei o cheque no balcão onde se faz as apostas. Logo avisei o banco e postei em vários grupos no Facebook. Enquanto não encontrei o dono eu não sosseguei”, disse o auxiliar ao portal G1.

O tempo de espera para que o dono fosse encontrado não foi superior a três horas. A procura deu resultado e o banco encontrou o responsável pelo cheque, um homem chamado Miguel Rosa e que trabalha como pedreiro. “Ele me agradeceu muito e me disse que só iria dar falta do cheque quando fosse no posto abastecer o carro”, contou Geovani, que revelou ter encontrado a filha de Miguel na rede social, Rafhaella de Oliveira Rosa, que se mostrou comovida com a ação do rapaz.
“Meu pai trabalha como pedreiro e ele tem uma vida muito corrida. Às vezes, acaba não percebendo as coisas. Na hora, ele deve ter ficado sem reação, pois é algo que precisa ser guardado muito bem. Graças a Deus o cheque caiu em mãos muito honestas”, relatou a jovem ao G1. “Não o conheci pessoalmente, mas agradeço de coração pela generosidade. Hoje é difícil encontrar exemplos assim na vida. Meu pai é simples, é o ganha-pão dele e é com isso que ele sustenta a família. Faria muita falta”, completou.
Geovani afirmou também que a devolução do cheque o deixou aliviado e com a sensação de dever cumprido: “Em nenhum momento pensei em ficar com o cheque, pois minha mãe sempre me ensinou a ser honesto acima de tudo. Ela é faxineira e sempre me deu bons exemplos. É uma sensação de dever cumprido e sinto que a minha alma está leve, pois eu não mexi no que não é meu. Não fiz isso para me vangloriar, não. Apenas, segui o que meu coração mandou”.
Um lindo exemplo a ser seguido, não é mesmo? Apesar de tudo, ainda dá para acreditar nas pessoas.


