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As profissões inusitadas que a inteligência artificial deve criar nos próximos anos

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A chegada da inteligência artificial ao cotidiano das empresas e das pessoas está mudando, em ritmo acelerado, o modo como trabalhamos. Se por um lado há temor quanto à substituição de funções humanas, por outro, surgem oportunidades para novas carreiras — muitas delas inimagináveis até pouco tempo atrás. O futuro do trabalho, portanto, será marcado não só pela extinção de cargos tradicionais, mas pela criação de profissões totalmente novas, voltadas à convivência e ao uso ético da tecnologia.

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Um novo mercado moldado por dados, algoritmos e criatividade

O avanço da IA generativa, que simula a linguagem humana, cria imagens, vídeos, sons e até códigos, está dando origem a um novo ecossistema de trabalho. Nessas novas funções, não basta saber lidar com máquinas: é necessário compreender a lógica dos algoritmos, saber como orientar a tecnologia, supervisionar seu comportamento e, acima de tudo, manter a humanidade nas decisões.

A seguir, conheça as principais profissões malucas, curiosas ou promissoras que a IA poderá criar nos próximos anos — e também os empregos que correm o risco de desaparecer.

Profissões que a inteligência artificial deve criar

Especialista em ética de IA

Com os sistemas automatizados tomando decisões que afetam vidas reais — como concessão de crédito, triagens médicas e contratações — será essencial a atuação de profissionais que assegurem que os algoritmos sejam justos, transparentes e livres de preconceitos. Esses especialistas atuarão na criação de diretrizes éticas, testes de imparcialidade e revisões constantes do comportamento das IAs.

Ajustador de confiança digital

Responsável por verificar se o conteúdo gerado por inteligência artificial é legítimo, confiável e preciso. Em tempos de desinformação, esse profissional será essencial para validar relatórios, documentos e diagnósticos produzidos por sistemas automatizados.

Tradutor de linguagem de IA

O papel deste profissional será “decodificar” o que a IA diz, escreve ou recomenda, convertendo termos técnicos em linguagem acessível para clientes, executivos e equipes operacionais. Em um mundo onde cada vez mais decisões são feitas por algoritmos, interpretar corretamente suas mensagens será estratégico.

Criador de prompts

Também conhecido como engenheiro de prompts, esse profissional é responsável por formular comandos específicos que guiem os modelos de IA a produzirem respostas mais relevantes. Saber fazer perguntas do jeito certo será uma habilidade valorizada — especialmente em áreas como marketing, jornalismo, educação e atendimento ao cliente.

Mecânico de algoritmos

Apesar do nome informal, essa função envolve a tarefa de identificar falhas, inconsistências ou bugs em sistemas inteligentes. Quando uma IA começa a dar respostas erradas, se comportar de forma estranha ou apresentar instabilidade, é esse profissional que entra em ação para “consertar” o sistema por dentro.

Curador de conteúdos gerados por IA

À medida que textos, vídeos e imagens forem cada vez mais criados por inteligência artificial, será necessário ter alguém capaz de revisar, corrigir e garantir que esse conteúdo seja original, adequado e livre de distorções. Esse curador também terá papel importante na proteção contra deepfakes e manipulações.

Treinador de emoções para IA

Em ambientes que exigem empatia — como psicologia digital, atendimento ao cliente ou ensino — será necessário ensinar os sistemas de IA a se expressarem com mais sensibilidade. Esses treinadores programarão a IA para responder com diferentes tonalidades emocionais, respeitando contextos e necessidades humanas.

Designer de convivência homem-máquina

O avanço das IAs conversacionais e robôs físicos vai exigir profissionais que projetem interfaces intuitivas, naturais e éticas para essa convivência. O objetivo é garantir que as interações com máquinas sejam agradáveis, compreensíveis e seguras.

Conselheiro de luto digital

Com o surgimento de avatares de falecidos e simulações de voz com IA, profissionais serão chamados para orientar famílias sobre os limites éticos e emocionais dessas tecnologias. Esse papel também envolverá apoio psicológico para lidar com perdas em ambientes virtuais.

Profissões que estarão em alta com a IA

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Cientista de dados

Profissional responsável por interpretar grandes volumes de dados e transformá-los em informações úteis para o treinamento e supervisão de sistemas de IA.

Engenheiro de IA e machine learning

Esses especialistas desenvolvem os modelos matemáticos e computacionais que permitem que as IAs funcionem. Trata-se de uma das carreiras mais valorizadas atualmente e com demanda crescente.

Analista de cibersegurança

Com o aumento da presença digital e da interconexão de sistemas, a proteção contra ataques cibernéticos se tornará ainda mais crucial — especialmente para as IAs.

Consultor de transformação digital

Profissional que auxilia empresas na implementação responsável de tecnologias inteligentes, conciliando ganhos de produtividade com impacto social e humano.

Educador especializado em IA

À medida que as escolas incorporam ferramentas baseadas em IA, cresce a necessidade de professores que compreendam essas tecnologias e saibam integrá-las ao processo de aprendizagem.

Profissões em risco com a automação

Enquanto algumas funções ganham relevância, outras podem ser gradualmente substituídas por algoritmos, softwares e robôs. Confira algumas das mais vulneráveis:

Operadores de telemarketing

Soluções de atendimento com IA já estão respondendo perguntas, resolvendo problemas e até realizando vendas com naturalidade.

Motoristas profissionais

Veículos autônomos estão em estágio avançado de testes e, em alguns países, já circulam em áreas controladas. Caminhoneiros, taxistas e entregadores podem ser diretamente impactados.

Caixas de supermercado e atendentes de balcão

Comércios adotam cada vez mais sistemas de autoatendimento e pagamento digital, reduzindo a necessidade de pessoal humano em funções operacionais.

Redatores de conteúdo genérico

Textos básicos — como resenhas de produtos, resumos automáticos e descrições técnicas — já podem ser criados com eficiência por IAs, o que ameaça trabalhos mais repetitivos no setor editorial.

Trabalhadores administrativos

Funções como preenchimento de planilhas, triagem de currículos, geração de relatórios e agendamentos podem ser facilmente automatizadas, reduzindo postos em setores de apoio.

Como se preparar para as novas demandas

Apesar das incertezas, é possível se antecipar às transformações e construir um caminho seguro no mercado do futuro. Veja algumas dicas:

1. Desenvolva habilidades humanas
Empatia, criatividade, pensamento crítico, adaptabilidade e comunicação interpessoal continuarão sendo essenciais — e difíceis de replicar por máquinas.

2. Entenda como a IA funciona
Mesmo que você não atue diretamente na área técnica, ter noções de como a inteligência artificial opera ajudará a se posicionar melhor em qualquer profissão.

3. Aprenda a trabalhar com dados
A leitura, interpretação e uso estratégico de dados são competências indispensáveis. Desde marketing até saúde, os dados estão no centro das decisões.

4. Invista em aprendizado contínuo
O mundo do trabalho será cada vez mais dinâmico. Estar aberto a aprender, desaprender e reaprender será o diferencial entre se manter relevante ou ficar para trás.

O equilíbrio entre humanos e máquinas

A chegada das IAs ao ambiente de trabalho não deve ser vista como uma sentença de desemprego em massa, mas como uma oportunidade de evoluir. Funções vão desaparecer, sim — mas outras, talvez mais interessantes e criativas, surgirão.

A chave será adaptar o olhar para essas mudanças. Em vez de competir com a tecnologia, o profissional do futuro deve aprender a colaborar com ela, entendendo seu papel e explorando o que a inteligência artificial não consegue fazer: ser genuinamente humana.

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