Não sendo o bastante todo o sofrimento que enfrenta por ser portadora de cinco doenças crônicas, Laura Press, uma britânica mãe de dois filhos, relatou uma situação constrangedora vivida após receber uma nota bem mal educada deixada em seu carro.
Usuária de um crachá que permite a ela o uso de estacionamento gratuito, a mulher, ao voltar das compras com as filhas, viu no pára-brisas de seu veículo um bilhete no qual era pedido para que ela parasse de fingir que era deficiente, no qual era dito que seu “número do crachá foi tomado”.
Revoltada, Laura chamou a gerência do supermercado onde estava para averiguar o porquê daquele bilhete estar ali. E ao checarem as câmeras, viram que a nota foi deixada por um homem idoso.
A mãe fez questão de expor o ocorrido como forma de conscientização a respeito doenças que são graves, mas que acabam por não serem vistas. “Eu gostaria que as pessoas pensassem além do fato de eu não ter uma cadeira de rodas ou uma bengala. Eles simplesmente acham que você está tomando o lugar de uma pessoa mais doente ou necessitada.

Laura fez questão de ressaltar que por ser portadora de doenças sérias, ela precisa de acesso fácil a banheiros ou a áreas onde tenha maior movimentação de pessoas.
“Eu tenho urticária idiopática crônica e urticária espontânea crônica, o que significa que se eu segurar minha bolsa por muito tempo, por exemplo, minhas mãos incham. (…) Eu também tive que enfrentar uma histerectomia (remoção de parte do útero) por causa de uma endometriose (problema nos ovários) e para prevenir um prolapso do útero”, disse a mãe. “Devido a isso, fiquei com danos nos nervos, tenho que tomar esteroides e medicamentos diários, além das injeções”, completou.

A britânica revelou que a sua saúde é tão frágil que é preciso, inclusive, tomar cuidado com tudo o que consome, “porque cada alimento é como laxante”, e concluiu dizendo que não é obrigada a se explicar para ninguém. “Alguns dias eu não posso nem sair da casa porque eu estou muito mal. Muitas vezes eu tenho que cancelar compromissos já combinados com as pessoas, mas, felizmente, meus amigos entendem”.
Um porta-voz do supermercado se manifestou a respeito do ocorrido: “Na Asda reconhecemos que nem todas as deficiências são visíveis e é por isso que lançamos uma campanha para conscientizar a respeito das ‘doenças invisíveis’. Queremos que todos os nossos clientes se sintam confortáveis comprando conosco e esperamos que nosso apoio contínuo faça alguma diferença e contribua de alguma forma para que as pessoas entendam essa delicada questão”.












