No canal da atriz Giovanna Ewbank no YouTube, GIOH, a apresentadora Sabrina Sato revelou ser portadora de um distúrbio que assola muitos brasileiros: o déficit de atenção. O transtorno, que é mais comum em crianças, afeta diretamente a capacidade de concentração do paciente, além de causar hiperatividade.
A ex-BBB admitiu que a doença justifica seu comportamento, que ela mesma define como desatento e distraído: “Sou péssima com minha confusão, me atrapalho em tudo”, comentou a apresentadora do Programa da Sabrina, da TV Record.
Apesar de existirem medicamentos específicos para o controle do transtorno, a mestiça contou que evita o consumo de qualquer um deles por medo de causarem alguma mudança em seu comportamento: “No meu caso, eu tenho medo da mudança que pode causar. No sentido de diminuir a criatividade”.
Os remédios realmente têm impacto na personalidade?
Ao portal Vix, o psiquiatra Diego Tavares, pesquisador do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (GRUDA) do Instituto de Psiquiatria da USP, comenta que o receio de Sabrina é compartilhado por outros pacientes, mas que não há a necessidade de haver a preocupação, pois os medicamentos modernos não causam esse tipo de efeito colateral.
“Na verdade, a maior parte dos pacientes morre de medo de que os remédios mudem suas ações. Mas isso não existe mais. Hoje, o remédio atua apenas no sintoma”, diz o especialista.

Ainda que a questão da personalidade não seja afetada, a ressalva fica por conta de outros efeitos colaterais. Os inibidores da recaptação de serotonina podem causar nervosismo e agitação, enquanto os ansiolíticos que fazem parte da composição podem fazer com que cansaço, perda de memória, sonolência excessiva, falta de coordenação motora e dificuldade de concentração e atenção sejam sintomas que se manifestem.
Déficit de atenção
É pouco comum que o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) atinja em adultos, pois é durante a formação do cérebro da criança que o distúrbio começa a se manifestar. Tavares explica que o surgimento do problema na fase adulta costuma estar associado a transtornos de bipolaridade e de ansiedade.

O especialista chama atenção também para o fato de muitas vezes o diagnostico ser banalizado, pois muitas pessoas ao se identificarem com alguns dos sintomas automaticamente acreditem que sofrem com a condição. E a consequência disso acaba sendo o uso irresponsável de medicamentos por pessoas que não portam do distúrbio, o que pode se tornar algo grave.
Fotos: ReproduçãoFoto de capa: Raphael Castello / Agnews












