É um sentimento devastador pensar o quanto a vida de algumas crianças é sofrida. Desde cedo, muitas delas já precisam encarar de frente situações como miséria, preconceito, trabalho infantil, maus-tratos, e por aí em diante.
Uma realidade cruel e constante na vida de muitas dessas pobres almas indefesas é o abuso sexual infantil. E várias das vítimas, por medo, sofrem caladas. Ou quando não, deixam sinais que nem sempre sabemos reconhecer.
Dentre estes sinais, podemos destacar os desenhos. Para qualquer criança, desenhar é sonhar, se libertar, transferir a imaginação para uma folha de papel. Mas para outras, é um desabafo, um recado, um pedido de socorro. Em meio a simplicidade de um traço, se esconde uma história.
Abaixo estão 11 desenhos de crianças que enfrentaram alguma experiência de abuso dentro da própria casa. A coragem para que os pequenos pudessem se expressar veio do auxílio de psicólogos e psiquiatras, e o resultado é algo que, com certeza, vai te comover.
Desenho #1

À primeira vista, uma imagem forte e impactante. Só de bater o olho você já é capaz de identificar a criatura desenhada, não é mesmo?
Pois essa é a visão que um menino chamado Fernando tem do próprio pai: um homem alcoolizado, viciado em jogos de azar e que abusava do filho. É chocante.
Desenho #2

É com a expressão marcada por medo e pânico que Andreu, de 8 anos, se desenhou. Desde os 4 anos ele sofre abuso do próprio padrasto.
E um detalhe interessante, de acordo com os psicólogos: o menino desenhou os botões da camisa e o zíper da calça, representando os locais específicos de sua roupa que eram alvo do abusador.
Desenho #3
Apenas batendo o olho no desenho, é difícil compreender seu significado, não é verdade? Então, vamos lá. Repare bem que dentre todas as pessoas desenhadas por Elena, de 6 anos, duas são maiores do que as outras. Elas representam sua vó e sua mãe, e destacando-as, a criança mostra que ao lado das duas ela se sente segura e protegida.
Já no cantinho esquerdo, Elena se desenhou com o pai, que abusa dela.
Desenho #4

Victor, de 7 anos, é o autor do desenho acima. Os traços simples contam uma terrível história: ele era obrigado pelo pai a praticar sexo oral. Consegue imaginar o impacto disso na mente de uma criança tão nova?
Desenho #5

Novamente um desenho cuja figura lembra o mal. Os olhos avermelhados representam o estuprador de David, de 8 anos. O menino também destacou em sua imagem o órgão genital do criminoso e palavras de baixo calão que ouviu durante o ato do abuso.
Desenho #6

A mensagem de Isabel, de 8 anos, é forte. A garotinha registrou o momento do abuso sexual que ela sofreu de seu pai. E como se não bastasse a crueldade, junto à porta, seu irmão mais novo era obrigado a assistir tudo.
Desenho #7

Além de ser abusada pelo pai, Marina, de apenas 5 anos, foi submetida a assistir filmes pornográficos. Em seu desenho, ela ilustra um trecho de um destes filmes.
Desenho #8

Ester, uma garotinha de 9 anos é a autora deste desenho. Ela mostra a posição na qual era obrigada a ficar quando sofria abuso do pai.
Sem palavras…
Desenho #9
O desenho de Toni, de 6 anos, já fala por si só, não é verdade? O estuprador do menino é representado pela figura de um monstro, no qual se destaca seu órgão sexual.
Desenho #10

Com apenas 10 anos de idade, Andrea já foi submetida a um grande trauma. Sua imagem representa os momentos de seu abuso, quando o estuprador a obrigava a tocá-lo e a ser tocada por ele.
E para cada grito de ‘não’ vindo dela, ele respondia com ‘sim’. A pequena não tinha escapatória.
Desenho #11
O último abuso não representa nada de caráter sexual, mas da mesma forma, é muito grave e impactante. Miriam, uma garotinha de 9 anos, sofreu durante toda sua vida com abuso moral e psicológico. E ela sempre esteve diante do preconceito sofrido por sua mãe, que engravidou quando tinha apenas 15 anos.
A menina se desenhou envolta por uma barreira. Vítima de preconceito racial vindo dos colegas, ela se sente diferente, deslocada. É muito triste.
Como dito, todos os casos acima foram contados com o auxílio de profissionais que buscam ajudar as crianças. Não temos, infelizmente, a informação de como cada uma das situações se resolveu.
O fato é que é inacreditável imaginar que há pessoas capazes de proporcionar momentos tão cruéis na vida de pobres crianças. E tudo por um momento doentio de prazer? É repulsivo demais.


