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Por que furacões e tempestades recebem nomes de pessoas e como isso ajuda na prevenção

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Ao longo da história, eventos climáticos extremos como furacões, ciclones e tempestades tropicais têm causado destruição e impactado a vida de milhões de pessoas. Além da força e da imprevisibilidade desses fenômenos, há um detalhe que chama atenção: o fato de eles receberem nomes próprios. Mas por que isso acontece e qual a importância desse costume para a sociedade?

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A origem da nomeação de furacões

A prática de dar nomes a tempestades não é recente. Registros históricos mostram que, já no século XIX, meteorologistas e navegadores utilizavam nomes informais para se referir a grandes tempestades. Em alguns casos, esses nomes eram inspirados em santos católicos, associados à data em que o fenômeno ocorreu.

No início, o processo não era padronizado. Cada região podia adotar seus próprios critérios, o que gerava confusão, especialmente quando várias tempestades aconteciam ao mesmo tempo. Essa falta de uniformidade dificultava a comunicação entre meteorologistas, autoridades e população.

A padronização internacional

Com o avanço das tecnologias de previsão meteorológica, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) decidiu padronizar o sistema de nomenclatura. A ideia era criar listas pré-definidas com nomes curtos, fáceis de pronunciar e reconhecidos pela população local.

Essa padronização também tinha outro objetivo: evitar erros de comunicação em transmissões de rádio, boletins meteorológicos e anúncios oficiais. Ao identificar um fenômeno com um nome único, as autoridades poderiam transmitir alertas de forma mais clara e direta, minimizando o risco de confusão.

Como os nomes são escolhidos

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Critérios para inclusão na lista

Os nomes utilizados para furacões e tempestades seguem listas oficiais elaboradas por comitês regionais da OMM. Cada região propensa a esses fenômenos tem uma lista própria, que é revisada periodicamente.

Alguns critérios para a escolha incluem:

  • Facilidade de pronúncia nas línguas predominantes da região.
  • Brevidade para agilizar a comunicação.
  • Diversidade cultural, evitando que apenas um tipo de nome seja usado.

Alternância entre nomes masculinos e femininos

Até meados da década de 1970, muitos países utilizavam apenas nomes femininos para identificar furacões. Essa prática mudou após críticas de que ela reforçava estereótipos de gênero. Hoje, a lista alterna entre nomes masculinos e femininos, garantindo equilíbrio e diversidade.

Quando um nome é retirado da lista

Se um furacão ou tempestade causa destruição significativa e mortes, seu nome é retirado permanentemente da lista. Isso ocorre para evitar que eventos traumáticos sejam lembrados de forma negativa sempre que o nome for mencionado novamente.

Exemplos conhecidos incluem Katrina (2005), que devastou Nova Orleans, e Haiyan (2013), que atingiu com força o sudeste asiático.

A importância prática dos nomes

Comunicação e prevenção

Dar nomes a tempestades facilita a comunicação entre órgãos meteorológicos, autoridades de emergência e a população. É muito mais simples e rápido avisar que “o furacão Laura se aproxima” do que citar apenas coordenadas ou descrições técnicas.

Mobilização da população

Pesquisas mostram que a atribuição de um nome a um fenômeno extremo aumenta o nível de atenção das pessoas. Isso pode acelerar a evacuação de áreas de risco e a adoção de medidas preventivas.

Diferença entre furacão, ciclone e tufão

Embora os nomes variem, todos esses termos se referem ao mesmo tipo de fenômeno: um sistema de ventos intensos que se forma sobre oceanos tropicais.

  • Furacão: termo usado no Atlântico Norte e no Pacífico Nordeste.
  • Tufão: nome dado no Pacífico Noroeste.
  • Ciclone: utilizado no Oceano Índico e no Pacífico Sul.

A influência da cultura e da mídia

Os nomes de furacões acabam se tornando parte da memória coletiva. Filmes, músicas e livros já retrataram tempestades nomeadas, reforçando sua presença na cultura popular. Em alguns casos, nomes de tempestades ganham notoriedade global, mesmo em regiões que não foram diretamente afetadas.

O futuro da nomenclatura

Especialistas acreditam que o sistema de nomeação de tempestades continuará sendo essencial, mas poderá passar por ajustes para refletir mudanças sociais e culturais. Existe a possibilidade de maior inclusão de nomes indígenas e de diferentes etnias, valorizando a diversidade cultural das regiões afetadas.

Considerações finais

A nomeação de furacões e tempestades não é apenas um detalhe curioso, mas uma estratégia essencial para salvar vidas e reduzir danos. Esse sistema, cuidadosamente elaborado e revisado, garante clareza na comunicação, facilita a mobilização de recursos e ajuda a manter a população informada. Ao unir ciência, comunicação e cultura, ele mostra que até mesmo na fúria da natureza, a organização e a informação podem fazer a diferença entre o caos e a segurança.

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